sábado, 21 de dezembro de 2013

Diretoria e patrocinador travam queda de braço na escolha do novo técnico

Renato Gaúcho tem custo total mais alto, mas com apoio da Unimed gasto mensal não aumentaria. Com Ney Franco, custo do clube cresceria 50%

Por Rio de Janeiro

Carrossel RENATO GAUCHO, TITE e NEY FRANCO - Fluminense (Foto: Infoesporte)Ney Franco e Renato Gaúcho são os mais cotados para ser o novo treinador do Fluminense (Foto: Infoesporte)
 
A escolha do novo treinador do Fluminense passa por uma queda de braço que vem esquentando os bastidores do clube. Enquanto o presidente Peter Siemsen quer Ney Franco, o presidente da Unimed, Celso Barros, bate o pé e, internamente, avisa que só coloca a mão no bolso por Renato Gaúcho. Cristóvão Borges, o terceiro da lista depois que Enderson Moreira fechou com o Grêmio, seria o único que o clube teria condições de pagar sem o dinheiro da empresa e sem aumentar os seus gastos com comissão técnica, que giram em torno de R$ 300 mil mensais.

Esse era aproximadamente o valor que a diretoria tricolor pagava para Vanderlei Luxemburgo - em um cenário semelhante ao que acontece agora. Na ocasião, Barros fez pressão pela saída de Abel Braga e, da mesma forma, avisou que só investiria na contratação de Luxemburgo, que tinha rejeição da cúpula da diretoria. Com o time em situação crítica no Brasileiro, Siemsen baixou a guarda e se vê novamente contra a parede agora.

 
Renato Gaúcho fez o pedido mais alto entre as opções. O total dos gastos com o treinador giraria em torno dos R$ 550 mil mensais - o pedido foi um dos motivos de não ter renovado com o Grêmio. Cristóvão Borges seria a escolha mais barata, custando cerca de R$ 150 mil por mês. A opção desejada por Siemsen, Ney Franco, significaria um custo de aproximadamente R$ 450 mil mensais e, dessa forma, sem a Unimed, o clube aumentaria em cerca de 50% os seus gastos com treinador para ter o profissional preferido da diretoria. Com Renato, apesar de o custo total ser mais alto, o Fluminense gastaria o mesmo valor de antes, e a Unimed bancaria o restante.

Celso Barros se movimenta nos bastidores. Na última quinta-feira, conversou com Renato Gaúcho, ouviu os valores desejados e deixou o acerto encaminhado. Mas disse ao treinador que a decisão final seria de Siemsen. Enquanto deixa a responsabilidade pela escolha com o dirigente, restringe a autonomia com a ameaça de frear os investimentos, o que não se resume à escolha do treinador, mas também dos jogadores a serem escolhidos pelo profissional que for contratado.

No meio do fogo cruzado, o diretor executivo Felipe Ximenes está de certa forma de mão atadas na questão, dependendo da postura que a diretoria adotará no caso. Contratado por Siemsen, enquanto seu antecessor, Rodrigo Caetano, tinha o respaldo de Barros, ele também apoia a escolha de Ney Franco. A reportagem do GloboEsporte.com tentou contato com Siemsen e com Barros, sem sucesso.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/12/diretoria-e-patrocinador-travam-queda-de-braco-na-escolha-do-novo-tecnico.html

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