quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Com seleção 'estrangeira', Babi pede apoio: 'Quem não quer jogar em casa?

Goleira diz que meninas da seleção foram jogar fora por não ter incentivo dentro do Brasil: 'Aqui, chega uma hora que precisamos escolher: ou jogo ou trabalho'

Por Guarulhos, SP

Das 16 meninas, 13 estão longe de casa. Com a falta de apoio ao handebol dentro do Brasil, a maior parte da seleção feminina precisou arrumar as malas e buscar um lugar em equipes europeias. O título mundial, porém, surge como esperança. Com o ouro conquistado na Sérvia, Babi, eleita melhor goleira da competição, espera que a situação melhore até os Jogos de 2016.

- Quem não quer jogar em casa? Só tivemos que sair porque não havia apoio suficiente. O que buscamos não é o reconhecimento individual de cada uma. Queremos que todos possam viver nesse esporte no Brasil. Acho que merecemos essa atenção. E a Liga Nacional, muito mais.
Babi afirma que o país tem uma grande safra de talentos dentro de casa. Mas, com uma Liga Nacional enfraquecida, boa parte das atletas precisa sair do Brasil para poder seguir no handebol.

Desembarque handebol 23 (Foto: Marcos Ribolli) 
Babi festeja a medalha conquistada na Sérvia 
(Foto: Marcos Ribolli)

- O Brasil tem muitas equipes, muita menina boa. Mas não tem incentivo. Aqui, chega uma hora que precisamos escolher: ou eu jogo ou trabalho, porque preciso viver. O que esperamos agora é que a vida e o trabalho sejam uma coisa só – afirmou.

O título mundial veio depois de muito trabalho. Mas, apesar da conquista, a goleira afirma que ainda há um longo caminho rumo ao objetivo principal: os Jogos Olímpicos de 2016.


- Acho que estamos passando por um processo há muitos anos. O mais importante é que tivemos os pés no chão o tempo todo. A partir de agora, vai ser tudo mais difícil. Porque manter o que fizemos até agora vai ser mais difícil. Mas estamos preparadas. Sabemos dos desafios e nosso objetivo é a medalha de ouro em 2016.

A campanha na Sérvia foi perfeita. A equipe do técnico Morten Soubak, que permaneceu na Europa para ficar com a família, conquistou o primeiro título verde e amarelo na modalidade no último domingo, ao superar as sérvias, donas da casa, por 22 a 20.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/handebol/noticia/2013/12/com-selecao-estrangeira-babi-pede-apoio-quem-nao-quer-jogar-em-casa.html

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