Jogadora nasceu em Ferraz de Vasconcelos e conheceu o basquete na escola, aos 13 anos. Draftada em 2012, ela vai jogar nos EUA em 2014
Com Damiris, Brasil ganhou vaga para o
Mundial (Foto: Samuel Velez /
FIba Americas)
Nascida em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, Damiris já acumula conquistas pela seleção, entre elas o vice-campeonato da Copa América sub-18, nos Estados Unidos, o terceiro lugar no Mundial sub-19, no Chile, o título da Copa América (adulto) e outro terceiro lugar no Pan-Americano de Guadalajara, também jogando pelo time adulto.
O começo
A relação da pivô com o basquete começou na escola pública em que estudava, sob incentivo da professora Telma, que foi a responsável por incluí-la no esporte. A atleta conta que o fato de ser bastante alta chamava a atenção, principalmente na sala de aula, e que, antes disso, não praticava esporte algum. Nessa época tinha 13 anos e cursava a sexta série do ensino fundamental. Eu não imaginava que fosse ir tão longe, chegar à seleção brasileira.
Damiris
Damiris começou a jogar profissionalmente aos 18 anos, quando saiu de casa e foi defender o clube de Janeth Arcain, em Santo André. Mas ela não sabia que esse seria o salto principal para seu desenvolvimento no esporte.
Depois disso, ela fez boas temporadas no Jundiaí, antes de seguir para a Espanha, para o Celta de Vigo Baloncesto, Ourinhos e Maranhão, até chegar ao Americana, equipe que defende atualmente e conquistou o título Paulista no mês de novembro.
Draft
A ferrazense foi draftada em abril do ano passado pelo Minnesota Lynx, atual campeão da WNBA (liga norte-americana feminina). O objetivo da pivô é se transferir para o novo time após disputar a Liga de Basquete (campeonato nacional) pelo o Americana, até abril de 2014.
- Vou jogar a Liga aqui e quando terminar vou para WNBA, mas depende dos jogos, porque ainda não saiu a tabela. Meu contrato lá fora vai terminar no começo de 2016, dando certinho para as Olimpíadas. Vamos ver o que vai dar até lá. Eu tive uma experiência no exterior quando joguei na Espanha. Embora tenha sido por uma temporada, eu evoluí muito e foi fantástico para o meu basquete. Mas a WNBA é a melhor liga do mundo. Bate o frio na barriga, claro. Mas o legal é que tenho o apoio da minha familia - contou ela.
Damiris se firmou na seleção brasileira de
basquete (Foto: AFP)
- O Linx é um time bom, que eu vou ter que ralar muito para poder ter meu espaço. Mas isso vai ser bom porque vou evoluir mais ainda, principalmente nos treinamentos. Treinar com a galera e com os técnicos de lá vai fazer com que eu cresça muito - ressaltou.
Em casa
Quando não está viajando com suas parceiras de treino, seja pela seleção brasileira ou pelo Americana, Damiris vai ao encontro dos familiares em Ferraz de Vasconcelos. É lá que ela reencontra seus entes queridos, como as irmãs inseparáveis, a avó, os tios e os primos.
- Ferraz é o meu cantinho de quando estou de folga. É lá que eu nasci e que a grande maioria da minha família, de pai e mãe, mora. Minhas irmãs também - disse.
Damiris foi criada pelos tios Aparecida e
José (Foto: Arquivo Pessoal)
- O esporte lá (em Ferraz) é bem pobre. Falta investimento e muita coisa. Eu lembro que dentro do ginásio tinha treino de tênis e de basquete, só que o tênis era três vezes por semana e, todas as vezes que eu ia jogar, não tinha aula. Acho que, de todas as vezes que fui, consegui fazer um único treino. Na escola, os professores incentivavam muito, mas faltava incentivo também da prefeitura. Não adianta a criança querer treinar e não ter bola, por exemplo - frizou.
Futuro
Não é por sorte que Damiris se firmou na seleção brasileira. Olhando para trás, a jogadora reconhece que tudo o que conquistou no basquete se deu através de muito esforço, dedicação e apoio.
- É tudo gratificante e fruto de muito treino e trabalho. Principalmente porque tive técnicos que pegaram muito no meu pé e me ajudavam (Vitor e Luizão). Falavam para eu fazer 50 vezes tal exercício e eu fazia 100. O técnico da seleção me dá muita liberdade, me passa confiança. Gosto muito dele. Evoluí mesmo. Para 2014, espero continuar defendendo meu país, que é o que eu mais adoro, e ser bem sucedida no basquete, que eu amo - concluiu a pivô.
*Colaborou Thayana Alvarenga, sob a supervisão de Petterson Rodrigues
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário