Em visita à casa dos pais, em Uberaba, líbero da seleção brasileira lembra início da carreira no vôlei e as tentativas de fazer balé e aulas de pintura
Quando Camila Brait começou a jogar vôlei sob o comando de uma
professora de educação física da escola onde estudava, em Sacramento -
cidade com pouco mais de 25 mil habitantes - ela sequer chegava a
sonhar que um dia seria uma das melhores líberos do Brasil e que
integraria a seleção brasileira de vôlei. Durante visita à casa dos
pais, em Uberaba, a líbero do Osasco conversou com o GloboEsporte.com
e relembrou a trajetória no esporte, iniciada na infância, além do
receio do pai, que quase a afastou de vez das quadras, mas foi
convencido pela esposa, ex-jogadora de vôlei, que viu em Camila a
possibilidade de realizar um sonho antigo.
Do interior de Minas para o mundo
Nascida em Frutal, Camila iniciou no vôlei sob o comando de uma professora de educação física da escola onde estudava, em Sacramento. Das aulas esportivas para o convite para integrar o time da cidade. Foi então que as vitórias começaram. Aos 15 anos, a líbero trocou a casa dos pais por Uberlândia, onde passou pelas equipes do Sesi e Praia Clube.
A ligação com o esporte é antiga e corre nas veias. A mãe, Cleides
Brait, e uma tia também jogaram vôlei na escola, mas foram impedidas
pela mãe de dar continuidade ao esporte. Cleides se recorda que a
história quase se repetiu com Camila, mas a sensação de ver a filha
realizar um sonho falou mais alto.
- No começo o pai dela não queria. Daí eu falei para ele não cometer o mesmo erro que minha mãe cometeu. Ele ficou mais animado e, com minha irmã que mora em Uberlândia, foi mais fácil para a gente administrar isso – contou.
Em seguida, com 17 anos, Camila foi representar o São Caetano. Nesse período, a atleta teve que conviver com uma nova realidade e a saudade de casa aumentava com o passar dos dias.
- Minha mãe sempre me ensinou a fazer comida e eu me virava. Lá eu
morava com sete meninas, todas bagunceiras. Então, eu ficava quase
louca. Eu ficava muito irritada, sentia muita falta dos meus pais.
Depois foi passando e tudo foi dando certo – disse.
Depois de casa cheia, em Osasco, Camila dividiu moradia com a antiga professora que a descobriu. Daí para morar sozinha foi um curto espaço de tempo. Com 25 anos recém-completos e um casamento recente, ela constitui agora a própria família.
Enquanto o sorriso de Camila fica mais saudoso a cada trecho da trajetória, a mãe transborda orgulho e, com os olhos cheios de brilho, confessa que às vezes é difícil acreditar em tudo.
- Me sinto realizada. É um sonho que eu tinha, mas minha mãe não deixou. Daí teve esse acontecimento da Camila, pois não foi algo que a gente premeditou. Quando teve a primeira convocação dela, por volta de 2006, foi uma expectativa e emoção muito grande. De vez enquanto cai a ficha: são tantas meninas que gostariam de estar ali, e ela está com mérito e esforço dela – falou.
Mil caminhos e um destino
São muitas medalhas e troféus guardados na casa dos pais, em Uberaba. Na própria casa, a líbero Camila Brait, que joga pela seleção brasileira e pelo Osasco (onde mora atualmente) guarda mais prêmios. A quantia total ela desconhece, mas neste ano já foram quatro conquistas: Grand Prix, Vôlei Master, Torneio de Alassio e Sulamericano.
Até o mascote da família prestigia as conquistas
mais recentes da líbero (Foto: Alex Rocha)
Mesmo com uma carreira premiada, a escolha pelo esporte não foi
simples. A atleta se recorda que a mãe tentou estimular sapateado, jazz,
pintura, balé e muitas outras atividades. A indecisão acompanhou
Camila durante grande parte da infância.
- A situação mais divertida foi no balé, quando eu tinha uns sete anos. Eu fiquei um mês, aí minha mãe me empurrava cada vez mais e eu chegava chorando em casa. Quando eu entrei no vôlei, aos nove anos, disse pra minha mãe que era isso que eu ia querer, mas se não desse certo eu ia tentar handebol ou estudar – contou.
E mesmo com o problema de escolhas solucionado, Camila teve que enfrentar um adversário: a falta de altura.
- Eu queria ser atacante, mas desse tamanho não dá. Joguei de levantadora, aí a Bethânia, que foi quem me descobriu, falou que ou eu jogava de líbero ou parava de jogar. No começo eu não queria muito, porque eu não gostava de tomar bolada, mas acostumei – recordou.
Do interior de Minas para o mundo
Nascida em Frutal, Camila iniciou no vôlei sob o comando de uma professora de educação física da escola onde estudava, em Sacramento. Das aulas esportivas para o convite para integrar o time da cidade. Foi então que as vitórias começaram. Aos 15 anos, a líbero trocou a casa dos pais por Uberlândia, onde passou pelas equipes do Sesi e Praia Clube.
Cercada pelos pais, Camila exibe medalhas das últimas
conquistas(Foto: Alex Rocha)
- No começo o pai dela não queria. Daí eu falei para ele não cometer o mesmo erro que minha mãe cometeu. Ele ficou mais animado e, com minha irmã que mora em Uberlândia, foi mais fácil para a gente administrar isso – contou.
Em seguida, com 17 anos, Camila foi representar o São Caetano. Nesse período, a atleta teve que conviver com uma nova realidade e a saudade de casa aumentava com o passar dos dias.
Na casa dos pais, a coleção de fotos traz todos momentos
até a convocação para a seleção (Foto: Alex Rocha)
Depois de casa cheia, em Osasco, Camila dividiu moradia com a antiga professora que a descobriu. Daí para morar sozinha foi um curto espaço de tempo. Com 25 anos recém-completos e um casamento recente, ela constitui agora a própria família.
Enquanto o sorriso de Camila fica mais saudoso a cada trecho da trajetória, a mãe transborda orgulho e, com os olhos cheios de brilho, confessa que às vezes é difícil acreditar em tudo.
- Me sinto realizada. É um sonho que eu tinha, mas minha mãe não deixou. Daí teve esse acontecimento da Camila, pois não foi algo que a gente premeditou. Quando teve a primeira convocação dela, por volta de 2006, foi uma expectativa e emoção muito grande. De vez enquanto cai a ficha: são tantas meninas que gostariam de estar ali, e ela está com mérito e esforço dela – falou.
Mil caminhos e um destino
São muitas medalhas e troféus guardados na casa dos pais, em Uberaba. Na própria casa, a líbero Camila Brait, que joga pela seleção brasileira e pelo Osasco (onde mora atualmente) guarda mais prêmios. A quantia total ela desconhece, mas neste ano já foram quatro conquistas: Grand Prix, Vôlei Master, Torneio de Alassio e Sulamericano.
Até o mascote da família prestigia as conquistas
mais recentes da líbero (Foto: Alex Rocha)
- A situação mais divertida foi no balé, quando eu tinha uns sete anos. Eu fiquei um mês, aí minha mãe me empurrava cada vez mais e eu chegava chorando em casa. Quando eu entrei no vôlei, aos nove anos, disse pra minha mãe que era isso que eu ia querer, mas se não desse certo eu ia tentar handebol ou estudar – contou.
E mesmo com o problema de escolhas solucionado, Camila teve que enfrentar um adversário: a falta de altura.
- Eu queria ser atacante, mas desse tamanho não dá. Joguei de levantadora, aí a Bethânia, que foi quem me descobriu, falou que ou eu jogava de líbero ou parava de jogar. No começo eu não queria muito, porque eu não gostava de tomar bolada, mas acostumei – recordou.
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