Maior campeão, seleção só não venceu em 1964, quando não participou. Bernardinho avisa: 'Se perdermos, vai ter uma grande matéria falando disso'
A seleção brasileira de vôlei que ficou com a vice-colocação da Liga
Mundial 2013, em Mar del Plata, na Argentina, está em Cabo Frio, no Rio
de Janeiro, para a disputa do Campeonato Sul-Americano. Se no torneio
anterior tinha rivais tradicionais, como Itália, Rússia e Bulgária, na
competição sul-americana o Brasil é o grande favorito. Até hoje, o país
conquistou 28 das 29 edições do torneio - sendo que em uma delas, em
1964, não participou e o título ficou com a Argentina, país-sede na
ocasião.
O nível da competição, que começa nesta terça-feira e ainda conta com Argentina, Chile, Colômbia e Paraguai, está muito distante da Liga Mundial, onde os russos levantaram o caneco. Por isso, o alerta estará ligado.
Mas o elenco comandado por Bernardinho
não se ilude. Se a derrota acontecer, a cobrança será grande e o grupo
que se prepara para as Olimpíadas do Rio, em 2016, certamente sofrerá
questionamentos. O treinador sabe bem disso e quer seriedade.
- O Sul-Americano tem menos força quando se olha a nível mundial. Mas é
um campeonato importante porque são forças da América do Sul que se
elevaram. É importante essa interação, essa troca para que as outras
equipes possam crescer também. Se ganharmos o Sul-Americano, não vai ter
muito espaço na mídia. Mas, se perdermos, vai ter uma grande matéria
falando disso.
Temos que ter um trabalho sério e forte para que possamos sair com um passo a mais dado nesse ciclo, ainda mais preparados para 2016 - comentou Bernardinho, hexacampeão do torneio como técnico da seleção masculina.
Mais que manter a hegemonia sul-americana, um título para o Brasil garante uma vaga no Mundial da Polônia, em 2014, e da Copa dos Campeões, no final do ano, no Japão, torneio que ocorre a quatro anos, um depois das Olimpíadas, e vencido três vezes pela seleção.
Para o Sul-Americano, Bernardinho conta com o mesmo grupo da Liga Mundial, com exceção de Eder Carbonera e Thiago Alves, um por lesão no joelho e o outro, no cotovelo. Ao todo, são 15 atletas em Cabo Frio, porém mais um precisará ser cortado e dois ficarão fora do banco de reservas a cada partida.
A estreia do Brasil seria contra o Chile. Porém, a Venezuela enfrentou problemas no voo e não conseguiu embarcar para Cabo Frio. Sendo assim, o país não vai participar do torneio. A Confederação Sul-Americana fez alterações no formato da competição e a transformou no sistema de pontos corridos.
Agora os comandados de Bernardinho pegam o Paraguai, na terça-feira, às 20h30m (de Brasília), no Ginásio Poliesportivo Alfredo Barreto, mesmo lugar onde a equipe nacional enfrentará a Colômbia, também às 20h30m, no dia seguinte. Os brasileiros completam a disputa com confrontos contra Chile, às 20h30m de sexta, e contra a Argentina, às 21h45m de sábado.
'Rivalidade do futebol' com a Argentina esquenta Sul-Americano
Se o nível de competitividade do Campeonato Sul-Americano de vôlei é menor que o da Liga Mundial, a rivalidade com a Argentina serve para esquentar o torneio. Os hermanos, que terminaram em sexto na competição anterior e jogaram a fase final em Mar del Plata por serem o país-sede, são encarados como os maiores adversários.
- Na América do Sul, eles são o outro time que tem grande qualidade. São garotos novos, mas é um time muito bom, assim como o nosso. A rivalidade é tão grande no futebol quanto no vôlei - alertou o ponteiro Lucarelli, de apenas 21 anos.
- A Argentina tem plenas condições de bater o Brasil jogando bem, em um dia bom. É o primeiro campeonato pós-Liga Mundial. Precisamos ter tranquilidade - completou Bernardinho.
De volta ao time após a recuperação de uma cirurgia nas costas, o
meio-de-rede Sidão se mostrou contente por estar em contato com a
torcida brasileira em Cabo Frio. Ele afirmou que, apesar do nível mais
baixo que a Liga Mundial, a rivalidade com os argentinos faz com que a
seleção tenha ainda mais vontade de sair vitoriosa.
- Sabemos que é um nível um pouco mais baixo, mas a concentração não cai. A visibilidade é pouca, mas se a gente der mole, vira uma coisa grande. Estamos preparados para vencer todas as outras equipes. Dentre os rivais, a Argentina é um time mais competitivo, é mais perigoso. Temos que entrar para matar todos, mas a Argentina é a mais perigosa - comentou o atleta, que renovou contrato recentemente com o Sesi-SP.
O jovem Isac, de apenas 23 anos, fez coro à opinião de Sidão. Para ele, a Argentina sempre dá mais trabalho ao Brasil que, na Liga Mundial, venceu os hermanos duas vezes por 3 sets a 0, ainda na fase de grupos.
- A Argentina é sempre um trabalho maior, né? Eles jogam para ganhar do Brasil, existe muita rivalidade. Eles têm um bom time. O principal adversário são eles.
O vôlei argentino vive uma espécie de renovação como o Brasil. Para se ter uma ideia, o jogador mais velho da equipe é Alexis González, do Ciudad de Bolivar, com 32 anos. O ponteiro Rodrigo Quiroga, que defendeu o Minas na última Superliga masculina de vôlei, e o levantador Luciano de Cecco são os principais atletas. O jogador do Minas, por exemplo, é sobrinho do medalhista de bronze mundial e olímpico, Raúl Quiroga, e também capitão da seleção.
Além disso, fora de quadra a Argentina tem o auxílio e a experiência do lendário Marcos Milinkovic, que atua como assistente do técnico Javier Weber. O ex-atleta foi MVP das Olimpíadas de Sydney, em 2000, e do Mundial de 2002, quando também foi o maior pontuador. Ele venceu a Liga dos Campeões 1999/2000 pelo Sisley Treviso, a Copa da Itália em 2000 pelo Livorno e a Top Team Cup, em 2005, com a camisa do Olympiacos.
Confira a tabela completa do Campeonato Sul-Americano:
Terça-feira, 06/08
17h30 - Argentina x Chile
20h30 - Brasil x Paraguai
Quarta-feira, 07/08
17h30 - Chile x Paraguai
20h30 - Brasil x Colômbia
Quinta-feira, 08/08
17h30 - Colômbia x Chile
20h30 - Argentina x Paraguai
Sexta-feira, 09/08
17h30 - Argentina x Colômbia
20h30 - Brasil x Chile
Sábado, 10/08
18h45 - Colômbia x Paraguai
21h45 - Brasil x Argentina
Observação: O torcedor que já adquiriu seu ingresso para o jogo entre Brasil e Chile previsto para esta terça-feira e se sentir prejudicado pode procurar representantes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) ou da T4F, responsável pela venda dos ingressos, na bilheteria do ginásio de jogo, para ressarcimento.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/08/campeao-de-28-das-29-edicoes-brasil-quer-evitar-sustos-no-sul-americano.html
O nível da competição, que começa nesta terça-feira e ainda conta com Argentina, Chile, Colômbia e Paraguai, está muito distante da Liga Mundial, onde os russos levantaram o caneco. Por isso, o alerta estará ligado.
Brasil fará estreia no Sul-Americano, em Cabo Frio, contra o Chile (Foto: Gabriel Fricke)
Se perdemos, vai ter uma grande matéria falando disso. Temos que ter um trabalho sério e forte"
Bernardinho
Temos que ter um trabalho sério e forte para que possamos sair com um passo a mais dado nesse ciclo, ainda mais preparados para 2016 - comentou Bernardinho, hexacampeão do torneio como técnico da seleção masculina.
Mais que manter a hegemonia sul-americana, um título para o Brasil garante uma vaga no Mundial da Polônia, em 2014, e da Copa dos Campeões, no final do ano, no Japão, torneio que ocorre a quatro anos, um depois das Olimpíadas, e vencido três vezes pela seleção.
Para o Sul-Americano, Bernardinho conta com o mesmo grupo da Liga Mundial, com exceção de Eder Carbonera e Thiago Alves, um por lesão no joelho e o outro, no cotovelo. Ao todo, são 15 atletas em Cabo Frio, porém mais um precisará ser cortado e dois ficarão fora do banco de reservas a cada partida.
A estreia do Brasil seria contra o Chile. Porém, a Venezuela enfrentou problemas no voo e não conseguiu embarcar para Cabo Frio. Sendo assim, o país não vai participar do torneio. A Confederação Sul-Americana fez alterações no formato da competição e a transformou no sistema de pontos corridos.
Agora os comandados de Bernardinho pegam o Paraguai, na terça-feira, às 20h30m (de Brasília), no Ginásio Poliesportivo Alfredo Barreto, mesmo lugar onde a equipe nacional enfrentará a Colômbia, também às 20h30m, no dia seguinte. Os brasileiros completam a disputa com confrontos contra Chile, às 20h30m de sexta, e contra a Argentina, às 21h45m de sábado.
'Rivalidade do futebol' com a Argentina esquenta Sul-Americano
Se o nível de competitividade do Campeonato Sul-Americano de vôlei é menor que o da Liga Mundial, a rivalidade com a Argentina serve para esquentar o torneio. Os hermanos, que terminaram em sexto na competição anterior e jogaram a fase final em Mar del Plata por serem o país-sede, são encarados como os maiores adversários.
- Na América do Sul, eles são o outro time que tem grande qualidade. São garotos novos, mas é um time muito bom, assim como o nosso. A rivalidade é tão grande no futebol quanto no vôlei - alertou o ponteiro Lucarelli, de apenas 21 anos.
- A Argentina tem plenas condições de bater o Brasil jogando bem, em um dia bom. É o primeiro campeonato pós-Liga Mundial. Precisamos ter tranquilidade - completou Bernardinho.
Brasil terá pela frente um dos 'rivais do futebol', a Argentina, que vive renovação (Foto: Gabriel Fricke)
- Sabemos que é um nível um pouco mais baixo, mas a concentração não cai. A visibilidade é pouca, mas se a gente der mole, vira uma coisa grande. Estamos preparados para vencer todas as outras equipes. Dentre os rivais, a Argentina é um time mais competitivo, é mais perigoso. Temos que entrar para matar todos, mas a Argentina é a mais perigosa - comentou o atleta, que renovou contrato recentemente com o Sesi-SP.
O jovem Isac, de apenas 23 anos, fez coro à opinião de Sidão. Para ele, a Argentina sempre dá mais trabalho ao Brasil que, na Liga Mundial, venceu os hermanos duas vezes por 3 sets a 0, ainda na fase de grupos.
- A Argentina é sempre um trabalho maior, né? Eles jogam para ganhar do Brasil, existe muita rivalidade. Eles têm um bom time. O principal adversário são eles.
O vôlei argentino vive uma espécie de renovação como o Brasil. Para se ter uma ideia, o jogador mais velho da equipe é Alexis González, do Ciudad de Bolivar, com 32 anos. O ponteiro Rodrigo Quiroga, que defendeu o Minas na última Superliga masculina de vôlei, e o levantador Luciano de Cecco são os principais atletas. O jogador do Minas, por exemplo, é sobrinho do medalhista de bronze mundial e olímpico, Raúl Quiroga, e também capitão da seleção.
Além disso, fora de quadra a Argentina tem o auxílio e a experiência do lendário Marcos Milinkovic, que atua como assistente do técnico Javier Weber. O ex-atleta foi MVP das Olimpíadas de Sydney, em 2000, e do Mundial de 2002, quando também foi o maior pontuador. Ele venceu a Liga dos Campeões 1999/2000 pelo Sisley Treviso, a Copa da Itália em 2000 pelo Livorno e a Top Team Cup, em 2005, com a camisa do Olympiacos.
Confira a tabela completa do Campeonato Sul-Americano:
Terça-feira, 06/08
17h30 - Argentina x Chile
20h30 - Brasil x Paraguai
Quarta-feira, 07/08
17h30 - Chile x Paraguai
20h30 - Brasil x Colômbia
Quinta-feira, 08/08
17h30 - Colômbia x Chile
20h30 - Argentina x Paraguai
Sexta-feira, 09/08
17h30 - Argentina x Colômbia
20h30 - Brasil x Chile
Sábado, 10/08
18h45 - Colômbia x Paraguai
21h45 - Brasil x Argentina
Observação: O torcedor que já adquiriu seu ingresso para o jogo entre Brasil e Chile previsto para esta terça-feira e se sentir prejudicado pode procurar representantes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) ou da T4F, responsável pela venda dos ingressos, na bilheteria do ginásio de jogo, para ressarcimento.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/08/campeao-de-28-das-29-edicoes-brasil-quer-evitar-sustos-no-sul-americano.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário