Mais de um mês após ser demitido via site oficial, atleta concede entrevista e se emociona ao comentar a saída do Flamengo: 'Fui muito humilhado'
Emoção tomou conta de Renato durante a entrevista coletiva (Foto: Richard Souza)
Na tarde desta segunda-feira, Renato concedeu entrevista coletiva para falar sobre o assunto. O jogador recebeu os jornalistas no escritório do empresário dele, Cláudio Guadagno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Falou por uma hora e meia, emocionou-se várias vezes, principalmente ao falar das filhas, da mãe e da torcida rubro-negra. Ao entrar na sala, pediu a palavra e só depois de um longo pronunciamento começou a responder perguntas. O jogador negou qualquer tipo de problema de relacionamento com companheiros, dirigentes ou o técnico Jorginho, comandante na época de sua saída. Afirmou que por muitas vezes desde o desligamento chorou escondido da esposa (Karina) e das filhas (Karen, Rebeka e Renata) e repetiu o que seu advogado dissera há duas semanas: sente-se humilhado pelo Flamengo.
- Fui muito humilhado, exposto. Fiquei muito triste, jamais pensei que aconteceria comigo. São 15 anos como profissional, mas dez anos de futebol em times amadores, brigando pelo pão de cada dia. É a primeira vez que isso acontece comigo. Realmente fiquei muito chateado, chorei muito em casa, com minha família. Pelo carinho que tenho pelo Flamengo desde 2005, o respeito e gratidão pelo Flamengo são eternos. Isso jamais sairá da minha cabeça e do meu coração. A todo momento dei respeito e fui respeitado. Só nesse momento que aconteceu uma coisa dessa, uma forma desrespeitosa, poderia ser diferente. Até porque cheguei no Flamengo em 2005 e em nenhum momento deixei de me esforçar, fazer tudo que estava determinado pelo meu contrato. Ou até mais. Muitas vezes acabei abrindo mão de muita coisa para poder ajudar de alguma forma. Mas são coisas que fazem parte da vida, que aconteceram. Você ser mandado embora de um clube, de um trabalho, é normal. Mas até agora vocês não sabem e nem eu sei o que aconteceu.
Aos 35 anos, o jogador até falou em encerrar a carreira, mas logo depois afirmou que ainda tem condições de jogar em alto nível. A saída conturbada o pegou de surpresa, mas Renato pretende voltar ao Flamengo.
- Um dia, se tiver que voltar, espero que não demore muito, que eu volte ao clube. Um dia eu volto. Pode ser daqui a cinco anos, dez anos, com cabeça branca. Quero encerrar meu ciclo no Flamengo de alguma forma.
Renato Abreu coça a testa durante a entrevista coletiva que concedeu (Foto: Richard Souza)
Desde o início do Brasileirão, Renato se envolveu em algumas situações polêmicas. Vaiado contra a Ponte Preta, após perder um pênalti, não reagiu bem e questionou a posição da torcida. Na partida seguinte, diante do Atlético-PR, marcou o gol do empate por 2 a 2 e tirou a camisa durante a comemoração. A atitude gerou um puxão de orelhas por parte da diretoria por conta da obrigação da exposição dos patrocinadores. Por fim, na derrota para o Náutico, em Florianópolis, foi expulso após tentar concluir uma cobrança de escanteio com a mão.
Internamente, a diretoria acredita que Renato Abreu boicotou o trabalho do ex-treinador Jorginho e o somatório de suas atitudes resultou na demissão. Ele nega.
- É só olhar para minha carreira aqui no Rio e ver se alguma vez eu fiz alguma coisa assim. Estão dizendo que briguei com o Jorginho quando fui substituído contra a Ponte Preta. Não é verdade. É normal o jogador não querer sair do jogo. Depois do ocorrido, pedi desculpas ao Jorginho e ao grupo. Isso vocês podem falar com ele. O que aconteceu ficou para trás. Não tive desgaste com ele. Ele jogou futebol e entende a cabeça do jogador. Aquilo aconteceu e acabou. Estão especulando. Podem perguntar se em algum clube tive problema com treinador.
O antigo camisa 11 foi demitido logo após a apresentação de Mano Menezes (Foto: Richard Souza)
- Falaram em tirar a camisa. Qual jogador nunca tirou a camisa na comemoração? Entrei no jogo e nem me dei conta naquela hora. Alegaram que me chamaram atenção. Tudo mentira. Ninguém falou comigo sobre isso.
Confira os principais trechos da entrevista:
Sonho de voltar ao Maracanã pelo Fla
- A última coisa que queria era acontecer isso. Estava com muita vontade de entrar com minha outra filha no Maracanã, ter uma foto. Isso me tiraram. Meu sonho era encerrar minha carreira no Flamengo. A vida segue. Isso não vai me impedir de levantar a minha cabeça, seguir em frente, mesmo com toda a decepção, com tudo que aconteceu. Vou procurar trabalhar da mesma forma, em todos os lugares. Vou ser profissional como sempre fui.
Processo da saída
- No começo do ano, tinha uma viagem para fazer e pediram para eu me apresentar. Estava com tudo certo para resolver alguns problemas pessoais. Já que era no tempo de folga, ia para resolver. Na época, pediram para eu me apresentar porque seria muito importante. Convenci a minha esposa e não fomos. Mas na pausa para a Copa das Confederações eu fui lá. Quando voltei, assim que botei o pé no aeroporto, meu empresário me ligou dizendo que eu estava demitido. E disse que tinha de esperar o grupo viajar para ir buscar minhas coisas. Chorei, pois a primeira coisa que pensei foi em entrar com minhas filhas no Maracanã. Queria saber do meu empresário o que tinha acontecido, mas ele disse que não tinham alegado. Sou um jogador de identificação com o clube, assim como o Leonardo Moura. Não esperaram eu me apresentar para falar olho no olho. Eu queria saber o que aconteceu, pelo menos isso. Para deitar minha cabeça no travesseiro e saber o que fiz. Essa resposta estou esperando até agora. Fiquei muito mal duas semanas seguidas. Minha esposa não percebia, mas fiquei. Não brincava com minhas filhas. Chorei no banheiro muitas vezes. Você vê a declaração do presidente do Flamengo dizendo que foi por parte técnica? Como pode isso se até momento eu era o vice-artilheiro do time? Como você pode ser escalado como titular. Uma pessoa fala uma coisa, que foi pela expulsão, pela camisa, por briga pelo treinador, outro fala por parte técnica. Na mesma entrevista o presidente disse que sou um dos melhores batedores de falta do país e depois disse que saí por deficiência técnica. É uma contradição.
Chegada do Mano influenciou?
- Eu acredito que não. Vi a declaração dele quando chegou, que só ia tirar base do que aconteceria com ele para definir o grupo de trabalho. Se ele tivesse tempo para ouvir, ele veria o meu lado. Foi ele que me deu a única oportunidade de vestir a camisa da Seleção. Isso sou grato pelo resto da vida. Não sei se ele teve alguma interferência no que aconteceu, não sei se falaram com ele alguma coisa, se alguém do Flamengo falou algo com ele ou algum outro treinador. Acredito que não. Eu quero acreditar que não foi ele.
Contato com a diretoria
Renato Abreu fica com os olhos marejados durante a entrevista coletiva (Foto: Richard Souza)
Problemas com Jorginho
- Nunca tive problema com treinador nenhum. Se quiserem entrevistar todos os técnicos que conversaram comigo. Isaías Tinoco, que foi gerente do clube, o Marcos Braz, tive um pequeno problema, mas pode perguntar se tive algum problema em relação a trabalho. O que aconteceu com o Jorginho foi algo normal de jogo. No outro dia, o Jorginho sempre teve o hábito de falar sobre o jogo, e diante do grupo pedi desculpa. Acabou ali. Ele era o comandante, disse que tinha errado até o momento. Mas a minha vontade era estar junto com o time para poder ajudar. O que aconteceu acontece com muitos jogadores e que não aconteceria mais. O Jorginho saiu, né? E logo em seguida eu saí. Não deu para entender. Um tinha que ter ficado pelo menos. Se o errado era eu, não poderiam demitir o Jorginho. Dentro das condições que ele poderia fazer, ele fez. Foi uma sequência de resultados, de três jogos seguidos, estávamos ele e eu nesses resultados. São coisas pequenas que aconteceram comigo dentro do clube. Com seis anos de clube, poderiam ter um pingo de respeito e chegar e falar. Mas isso não foi a gota d’água. Tanta gente fez muito mais e não aconteceu nada disso. Se foi um gol de mão, tirar a camisa, o futebol vai acabar. Lá dentro do futebol é calor, intensidade o tempo todo, você não planeja tirar a camisa, botar a mão na bola, para poder fazer o gol. Seria muito otário com toda a tecnologia que tem hoje. Isso não tem sentido. É uma coisa que estão querendo alegar, mas isso não cola. O que eu fiz pelo Flamengo, eu acho que merecia um pouquinho mais de respeito. Não quero ser mais respeitado que Adílio, Zico, Nunes. Mas quero ser respeitado como profissional. Se meu trabalho tivesse sido ruim, minha passagem teria sido interrompida na primeira passagem (em 2005). Mas foi o contrário. Cheguei em fevereiro de 2005, tinha um ano de contrato com o Flamengo e teria mais um ano de contrato com o Corinthians. Flamengo fez esforço para eu voltar, abri mão de três salários que eu tinha e não me importei. Me senti muito feliz e acolhido dentro do Flamengo naquela época. Tinha por respeito voltar ao clube que estava me dando esse carinho.
Contatos com a diretoria
- A primeira coisa que me disseram é que era demissão. Demissão? Nem afastado. O que aconteceu de lá para cá, recebi três telegramas do Flamengo para me reapresentar ao clube e treinar afastado. Isso depois de 20 dias. O último dizia que se eu não me apresentasse eu teria problema. Eu tinha me apresentar ou ia correr riscos. Foram as únicas coisas que tentaram me dizer. Mas nenhum diretor, ninguém do Flamengo, me ligou para me falar o que aconteceu, para bater um papo. Houve uma única vez que fui chamado para rescindir contrato. Estava tudo apalavrado, certinho, chegou na hora o Flamengo não aceitou acertar o que era meu. Eu não estava pedindo nada a mais. Tinha seis meses de contrato, não poderia abrir mão do meu salário até o fim do ano. Jamais vou abrir mão. Alguém abre mão do salário aqui? Em outras situações até abri, mas dessa forma? Ser demitido? Foi aí que a diretoria, parte jurídica do clube, disse que nada estava acertado. É isso até o momento.
Relação com Pelaipe
- Sempre foi de profissionalismo puro. Nunca tive problema. Eu tinha projeto dentro do Flamengo. Sempre tive carinho pela base do Flamengo todinha. Sempre que podia batia uma bola, uma falta com os meninos, brincava com eles. O próprio Pelaipe disse que no fim do meu contrato me encaixaria para trabalhar dentro do clube. Minha relação sempre foi tranquila. Se fiz algo para ele, não estou sabendo. Não sei o que fiz para ele. Em todos os momentos que ele me pediu ajuda, a passar uma palavra para o time, sempre me coloquei à disposição. Sempre que fui à sala dele, foi para conversar. Não sei se ele teve algo com isso, mas poderia dizer quem eu era para o clube. A gente sabe que algumas coisas são inexplicáveis. Não sei se pediram a opinião de alguém. Em outras situações, que aconteceram com o próprio Pelaipe, da minha assessoria, fiz questão de apresentar quem eram. Houve um desentendimento com uma pessoa no saguão do hotel antes de um jogo, conversei com ele para dar um tempo. Estava ali para apartar, minimizar.
Relação da diretoria com os jogadores
- Sempre falei que a diretoria estava tentando fazer o melhor, de forma certa, leal, que eram sérios. Eu acreditava nisso aí. Até na clareza da forma que falavam com a gente, se pronunciaram em algumas reuniões, falavam que o salário ia sair. A única coisa que pedia era clareza para termos um planejamento de vida, a gente depende do salário. E sempre se mostraram claros. Muita coisa aconteceu e sempre acolhemos com respeito e carinho. Nunca cobrei salário na frente de vocês, talvez uma única vez, em 2006. Sempre foram transparentes, mas não vimos essa transparência agora. Poderiam dizer que tenho salário alto, que o clube não tem condições de cumprir. Mas nem isso. Só na primeira passagem tive aumento. Desde que voltei praticamente colocaram a mesma coisa.
Medidas judiciais
- É o que meu advogado falou. Fui muito humilhado, exposto. As pessoas sabem quem eu sou. Passou talvez para 40 milhões de torcedores do Flamengo e de outros times, uma imagem que eu não sou. Disseram que sou briguento, que arrumo confusão com jogadores, que sou mau caráter. Fui muito humilhado nessa situação. A imagem que vocês têm minha, é de ser briguento dentro do campo. Mas só quem está lá dentro pode dizer. O rosto não é dos mais bonitos, mas pela sua expressão na televisão acabam te julgando. Me colocaram como um filho da p..., como um cara que não respeita ninguém. Mas isso eu não sou. O que acontece no campo é lá dentro. Jamais eu levei para fora.
Futuro
- Até nisso respeitei o clube para esperar o momento, falei que não conversaria enquanto não resolvesse.
Contato do Atlético-MG
- Até agora não (Atlético-MG procurou). Mas olha aí, o Cuca foi meu treinador. Mais uma prova de que não tive nenhum problema. Estou esperando a rescisão do contrato para poder ouvir algum outro clube.
Vasco procurou?
- Houve especulação. Tem muita gente querendo que eu trabalhe num time no Rio, muitos querendo que trabalhasse no Vasco, torcedores de outros clubes. Quero resolver minha situação com o clube. Estou feliz pelo carinho de todos. A grande maioria da torcida do Flamengo sempre esteve do meu lado. É difícil falar um pouquinho, pois foi uma relação muito forte. Tenho um carinho enorme por eles. O que está acontecendo não tem nada com os torcedores. Em nenhum momento passou pela minha cabeça sair do Flamengo.
Volta ao Flamengo
- Tenho certeza de que um dia eu volto para o Flamengo.
Despedida do clube
- Foi muito emocionante ver a despedida do Pet, Júnior, Zico. Não sei se sou ídolo, mas estava construindo uma história legal no Flamengo. Na primeira entrevista, disse que não prometeria título, mas dedicação. E essa história eu construí um pouquinho. Quando saí depois da primeira passagem, tive 13 propostas, algumas melhores que a do Flamengo. Pelo carinho que tinha, pelo trabalho, fiz questão de voltar para o clube. Carinho muito grande pela torcida, pelas pessoas que me acolheram lá dentro. É emocionante ouvir muitos pedindo, é emocionante ver o carinho deles comigo. Fiz a operação no coração, foram carinhosos quando voltei em 2010. O que escrevi dentro do clube, podem interromper, mas ninguém apaga. Quando alguém for lembrar das faltas, das mascotes, será inevitável falar, mesmo que não gostem. São 15 anos como profissional, queria só mais um tempinho. Sofri muito para chegar aqui. Tenho que agradecer, principalmente minha mãe (pausa emocionado), meu pai. Mãe, estou bem. Não sei se vou parar, acho que tenho ainda muita coisa para queimar. Obrigado aos torcedores do Flamengo e aos dos outros clubes. Só escuto que os diretores do Flamengo fizeram uma sacanagem comigo. Que eles deveriam sair e não eu.
Ligou para Pelaipe ou Wallim?
- Ligar eu não liguei. Não tenho direito de ligar para tirar satisfação, mas sim me dar satisfação. Sou empregado do clube. Quando uma empresa demite alguém, você é chamado e te demitem. Isso não teve. Seria mais elegante chegar e falar para mim que fui mandado embora. Até porque não tenho nada contra ninguém. Não me senti no direito de ligar, quem tinha de dar uma satisfação para mim é a pessoa que me mandou embora. Pelo menos me chamar. Não sei se Pelaipe poderia fazer isso. Mas mesmo assim procurei saber, esperar se alguém ia me ligar. Mas em nenhum momento se manifestaram.
Relação com Wallim
No detalhe, a mão de Renato: o jogador negou desavenças com a diretoria (Foto: Richard Souza)
Campanha da torcida pela saída dele
- São 40 milhões de torcedores, tirar 10%, sempre vai ser questionado. Se pegaram esse gancho, não sei. Acredito que não.
Jorginho disse que havia X-9 no grupo
- Eu peço para vocês ligarem agora para o Jorginho e perguntar se eu sou X-9. Nunca precisei boicotar trabalho de ninguém para ser titular da equipe, entregar alguém para me beneficiar. Nem na minha vida pessoal preciso disso. Não uso da minha imagem nem para pegar fila em banco. Tudo que tinha para falar com qualquer jogador, desde o Ronaldinho Gaúcho, que é um fenômeno, sempre cheguei nele e em outras pessoas e falei frente a frente. Não tenho motivo para chegar na sua frente e te elogiar e falar de você pelas costas. Eu tenho duas pernas e dois braços. Não preciso ficar dependendo de ninguém. Vou trabalhar.
Mensagem ao torcedor
- Quero agradecer aos torcedores do Flamengo, apoiando na rede social, ajudando, me querendo em campo. Quero agradecer profundamente ao Flamengo pelo que fez por mim. Por ter me acolhido, cheguei desconhecido ao futebol carioca e me acolheram. Muitas coisas que aconteceram dentro do Flamengo, minha relação com a torcida foi mais por carinho, por afeto que eu tinha. Pelo que eu tenho. Você conseguir o respeito deles não é fácil, não. Vocês sabem. Onde fui com o Flamengo sempre fui respeitado. De Norte a Sul. Não teve um lugar que não fui com a torcida que ela não me ajudou. Não estou fazendo contra o Flamengo. Se estou entrando na Justiça, procurando meus direitos, isso que está acontecendo não é minha culpa. Eu queria chegar no fim do ano, agradecer ao presidente pelo carinho, queria muito encerrar a carreira no Flamengo. Só que não aconteceu. Foi a pessoa que tomou essa decisão contra mim. Não sei se tem alguma coisa pessoal, meu carinho por vocês (torcedores) é eterno. Os anos vão passar, vai ter momentos bons, vão ganhar títulos, outro jogador que bata faltas, com liderança, mas nada vai apagar o que eu fiz dentro do clube. Nos priores momentos do clube, sempre estive presente para ajudar. A máscara (do urubu) está lá em casa, minhas camisas de épocas difíceis e felizes. Está lá a camisa da Copa do Brasil. As taças e prêmios que conquistei com o Flamengo. Isso ninguém apaga. Tenho certeza de que o conselho do Flamengo inteiro sabe do que eu fiz pelo clube. Um dia, se tiver que voltar, espero que não demore muito, que eu volte ao clube. Um dia eu volto. Pode ser daqui a cinco anos, dez anos, com cabeça branca. Quero encerrar meu ciclo no Flamengo de alguma forma. Não me julguem pelo que não sabem. Antes, procurem saber a minha história (emocionado).
* Colaborou Thiago Benevenutte, estagiário.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2013/08/renato-abreu-muito-triste-jamais-pensei-que-aconteceria-comigo.html
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