Atacante alvinegro tem atuação mais completa, faz gols mas também cria jogadas para companheiros. Meio-campo abre caminho para vitória do Bota
No clássico de domingo, as características de Rafael Marques sobressaíram. Com uma atuação mais completa, fez os gols de que o time precisava, mas também criou chances para os companheiros. Como pivô, fez parceria envolvente com Vitinho. Quando a bola chegava ao camisa 20 de costas para o gol, ele estava pronto para servir alguém ou girar e finalizar (veja no vídeo acima). Para completar, também ajudou no combate, com quatro desarmes.
Duelo no meio campo favorece o Botafogo
O duelo que se decidiu no ataque começou a ser vencido pelo Alvinegro no meio-campo. No intervalo, Juninho reclamou do espaço entre as linhas de ataque e meio do time vascaíno. O Botafogo se aproveitou bem disso e poderia ter saído com placar melhor do que os 2 a 1 do primeiro tempo. Com uma marcação adiantada, sempre com quatro homens na frente do grande círculo (geralmente Seedorf, Lodeiro, Rafael Marques e Vitinho), dificultava a saída de bola do rival. E, quando ela se aproximava da área de Jefferson, rapidamente Marcelo Mattos, Gabriel e Lodeiro ajudavam a fazer uma forte barreira.
Juninho, por sua vez, ajudava a formar o buraco que mencionou no intervalo. O meia muitas vezes deu o primeiro combate, à frente até mesmo de André. Pedro Ken voltava para ajudar a cobrir a lateral, e Eder Luis nem sempre fechava o espaço deixado pelo meia. Por ali, Lodeiro e Seedorf tinham liberdade, e Vitinho encontrava corredores para avançar até a entrada da área. Com esse constante deslocamento, não é de se estranhar que Juninho tenha sentido dores musculares e reclamado do desgaste após o jogo.
O
Botafogo com sua marcação adiantada dificultou a saída de bola do
Vasco. Do outro lado, Juninho muitas vezes deu o primeiro combate à
frente de André, abrindo espaço mais atrás (Foto: Editoria de Arte)
Duelo pelas laterais e a aveinda deixada por Nei
Seedorf não parou do lado esquerdo alvinegro por acaso. No primeiro tempo o Botafogo praticamente se restringiu ao setor direito, com a chegada de Vitinho e os avanços de Gilberto. O Vasco, por sua vez, tentava aproveitar os espaços deixados, com Yotún e Pedro Ken. O meia tentou algumas vezes e conseguiu três oportunidades pelo setor. E o jogo ficou por ali, já que do outro lado Eder Luis não conseguia encaixar as jogadas.
Na etapa final, o Botafogo descobriu como era mais fácil explorar o campo livre deixado pelo lateral-direito Nei, que insistiu em afunilar para o miolo da zaga, embolando com Renato Silva e Rafael Vaz. Foi por ali que o time chegou ao terceiro gol, com Rafael Marques, e de onde Seedorf passou a organizar o jogo. Pedro Ken foi deslocado para ajudar, mas o dano já estava feito. Além do gol, foram três jogadas de linha de fundo por ali, fora outras que nasceram no setor e caíram para o meio.
Pedro Ken aproveita espaços deixados por Gilberto. No segundo tempo,
Botafogo chega à vitória nas costas do lateral Nei, que insistia em
afunilar pelo meio da zaga (Foto: Editoria de Arte)
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númerosVitinhoO meia-atacante soltou mais a bola perto da área. Ainda assim, das suas dez finalizações, em quatro ele tinha companheiro mais bem colocado.
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JuninhoArma do Vasco, a bola parada do meia foi bastante executada no clássico: 18 vezes, seja em córner ou falta. Cinco delas criaram chance de gol.
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NeiNei foi mal na marcação, sobretudo no segundo tempo. Terminou o jogo com cinco faltas cometidas, o maior número entre os 28 jogadores.
* Dorival ainda busca o jeito ideal de jogar, e o Vasco passou por algumas formações durante o jogo. Começou mais preso, soltou-se um pouco com a entrada de Wendel no lugar de Guiñazu, e no segundo tempo colocou o lateral Fagner no lugar do volante Sandro Silva, atuando praticamente com três zagueiros.
* André tentou dois toques de calcanhar nos primeiros 16 minutos de jogo. Depois que o Botafogo fez 1 a 0, ele desistiu de tentar as jogadas.
* O Vasco conseguiu bons resultados quando pegou o time do Botafogo de surpresa. No primeiro gol, Eder Luis ganhou espaço para fazer a jogada depois de uma roubada de bola de Pedro Ken. No segundo, o lateral cobrado rapidamente por Yotún - uma jogada tradicional do Botafogo - abriu o caminho.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/08/analise-rafael-marques-supera-andre-em-duelo-de-estilos.html
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