Ponteira, que passará pela terceira cirurgia na carreira, nega problemas com técnico Zé Roberto: 'Posso pegar o telefone e ligar a qualquer momento'
Mari durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro(Foto: Danielle Rocha)
- Não sei falar disso ainda. Não tenho problema nenhum com a seleção e nem com o Zé. Ele deixou as portas abertas. Este ano não tem como pensar nisso porque vou estar me recuperando. Não sei se quero fazer outro ciclo olímpico, tenho que pensar. E vou ter tempo para isso. Quando estiver pronta, estou à disposição dele. Ainda não conversamos porque não tivemos oportunidade, não surgiu assunto. Eu sei que posso pegar o telefone e ligar para ele a qualquer momento, e sei que ele vai falar comigo. O que também quero deixar claro é que eu nunca disse que ia jogar pela Alemanha. Falei que eu tinha essa possibilidade por ter passaporte alemão, mas não me sentiria bem vestindo uma outra camisa que não a amarelinha - disse.
Aos 29 anos, Mari vai passar pela terceira cirurgia séria na carreira. Lembra que quando passou pela primeira, em 2005, muitos acreditaram que pela gravidade ela não voltaria a jogar como antes. É nesse poder de recuperação e de surpreender as previsões que ela se apega para enfrentar o problema. Em 2010, quando se viu fora do Mundial por conta da lesão no joelho, chegou a pensar que não conseguiria mesmo pisar novamente numa quadra. Mas aí, o bom humor entrou em cena. Wolverine, personagem do X-Men, com superpoder de regeneração, também.
- A primeira vez foi muito assustadora porque tudo é novo. A segunda vez é duro, você sabe que vai ter que passar por tudo de novo, mas eu já sei o que fazer, e a cabeça está mais tranquila. A rotina vai ser de correr atrás, o dobro até porque a musculatura demora a voltar. O processo é dolorido, mas esse é o meu trabalho, e eu dependo do meu joelho para fazê-lo. Então, tenho que tentar fazer esse processo da melhor maneira possível. Não vou deixar de jogar vôlei por isso. É como fazer o motor de um carro. Depois de feito, ele volta a andar de novo. Ainda é cedo para não falar em não jogar em alto nível. Eu tenho uma poder de recuperação rápido e as pessoas brincam que sou como Wolverine. E a cada vez que volto de uma cirurgia eu ganho algo - brinca.
Mari escolheu o Rio como local de sua recuperação e ficará sob orientação do preparador físico Marco Antônio Jardim e do fisioterapeuta Guilherme Tenius, o Fiapo, profissionais da equipe comandada por Bernardinho. Depois da passagem turbulenta pela Turquia, como ela mesma define, quer voltar a jogar no Brasil. O contrato por lá vai até maio. Por enquanto, diz ainda não estar negociando com ninguém.
- Foi bastante turbulento lá. Eu tive uma lesão grave na coxa quando cheguei. Foi um estiramento de 6cm no quadríceps e levou um bom tempo para cicatrizar. E aí veio esse acidente (a quadra estava empoeirada e ela escorregou num ataque). Joguei pouco e tinha também o limite de duas estrangeiras por jogo. Quando chegou a minha hora, aconteceu isso. Mas não me arrependo de nada. Tudo valeu a pena lá. Até pela questão do amadurecimento. Mas a minha pontuação agora está baixa, porque não fui às Olimpíadas, e fica mais fácil de eu jogar aqui - afirmou, referindo-se ao sistema de ranqueamento das jogadoras feito pela Confederação Brasileira de Vôlei para nivelar os times.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/03/mari-pronta-para-nova-superacao-e-pensando-em-voltar-selecao.html
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