A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Torcida que protesta antes, durante e depois do jogo. Atacante que faz
gol e não comemora. Meia que custou caro e passa os 90 minutos no banco
de reservas. Técnico contestado e chamado de burro. No meio de tudo
isso, o São Paulo venceu o Oeste por 3 a 2 neste domingo, num vazio e
chuvoso Morumbi, e retomou a liderança do Campeonato Paulista. Nem
parece. Com tantos problemas a serem resolvidos, o Tricolor mal celebrou
o resultado em um jogo estranho, com mais sustos do que o previsto.
Paulo Henrique Ganso não começou jogando, nem foi utilizado durante partida. Passou o tempo todo no banco e viu a torcida criticar Ney Franco. Além dos gritos de “burro”, faixas com “Cadê o esquema tático?” e “PH Ganso e Cañete no banco?”. Questões que técnico e time não conseguiram responder de forma satisfatória neste domingo.
O resultado levou o Tricolor aos 26 pontos, na liderança do estadual. A Ponte Preta também tem 26, mas com uma vitória a menos que o time do Morumbi (8 a 7). O Oeste permanece com 14, em 12º. O São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, contra o São Bernardo, às 22h (horário de Brasília), no ABC paulista. No mesmo dia, o Oeste recebe o Bragantino, às 19h30, em Itápolis.
Zagueiros marcam, mas sono custa caro
Pressionado, Ney Franco foi questionado antes mesmo da partida começar. Pela torcida, que protestou em frente ao Morumbi, e por todos que queriam entender a escalação do ataque, em formação inédita: Luis Fabiano centralizado, Wallyson aberto pela direita, Ademilson pela esquerda, e Ganso e Aloísio no banco de reservas. Ney queria abrir o jogo pelas pontas e furar a previsível retranca do Oeste.
Nas duas primeiras jogadas, sinais de que o esquema poderia dar certo. Em trocas rápidas de passes, o São Paulo chegou facilmente à meta de Jailson, que salvou o Oeste em finalizações de Wallyson e Rodrigo Caio. Apesar do início animador, o ritmo caiu demais. Com chuva, então, ficou mais difícil. O Tricolor trocou passes com paciência, procurando o melhor momento de superar a defesa rival.
O domínio foi claro, mas o São Paulo precisou de sua zaga para tentar matar o jogo ainda no primeiro tempo. Após jogada inteligente de Ademilson, Edson Silva apareceu sozinho, em posição legal e na pequena área, para fazer 1 a 0, aos 17 minutos. Pouco depois, aos 30, Rafael Toloi ficou com “inveja” do companheiro de defesa e subiu ao ataque para cabecear com perfeição uma falta cobrada por Jadson: 2 a 0.
Mesmo com a vitória parcial, o Tricolor não chegou a inspirar 100% de confiança. Jadson foi bem e criou as principais jogadas. Luis Fabiano quase não foi notado, muito marcado. A torcida percebeu a preguiça em alguns momentos e começou a gritar “Libertadores é obrigação”. O sono teve seu preço: aos 46 minutos, quando o jogo já parecia resolvido, Edson Silva falhou e deixou Ligger sozinho para cabecear após cruzamento vindo da esquerda: um 2 a 1 amargo para o São Paulo administrar.
Sustos, gols e cobranças
A desconfiança da torcida entrou em campo no segundo tempo, com um São Paulo mais retraído e permitindo avanços do fraco Oeste. Os sustos que o time de Ney Franco tomou foram frequentes demais para quem é líder do Paulistão e ainda busca classificação à segunda fase da Libertadores. Um chute de Serginho e outro de Wanderson quase encontraram o caminho do gol. E os protestos começaram.
De novo, o “Libertadores é obrigação”, mostrando que o são-paulino não liga tanto assim para o estadual. Dentro de campo, alguns também pareciam não se importar tanto assim. Um clima estranho, mesmo com o time vencendo.
Tão estranho que Luis Fabiano, enfim, fez seu gol aos 24 minutos, aproveitando passe em profundidade de Douglas e finalizando de pé esquerdo, sem chances para Jaílson. O centroavante não comemorou, sequer esboçou um sorriso. Apenas abraçou os companheiros e continuou jogando.
O gol devolveu a tranquilidade ao São Paulo, mas não ao seu torcedor, que queria ver Ganso em campo. A esperança acabou quando Cañete foi chamado para substituir Jadson, a terceira alteração do time no jogo. Os quase 8 mil tricolores não perdoaram: “burro, burro”. A situação não melhorou quando Rogério Ceni falhou numa reposição de bola, armou o contra-ataque para o Oeste e viu Wanderson diminuir o placar aos 32 minutos: 3 a 2.
Do banco, Ganso se agasalhou após o aquecimento e viu a equipe criar mais chances, mas não ampliar o placar. Uma vitória obrigatória, mas que não precisava de tantos sustos assim. O Tricolor é líder do Campeonato Paulista, e isso não significa muita coisa a essa altura da temporada.
saiba mais
O estádio recebeu apenas 7.881 pagantes, número até razoável, dadas a
baixa temperatura, a chuva e a recente derrota são-paulina para o
Arsenal, pela Libertadores. Edson Silva e Rafael Toloi abriram o placar
no primeiro tempo, e Luis Fabiano desencantou no segundo – não comemorou
o gol, nem esboçou um sorriso. Ligger e Wanderson descontaram para o
Oeste.Paulo Henrique Ganso não começou jogando, nem foi utilizado durante partida. Passou o tempo todo no banco e viu a torcida criticar Ney Franco. Além dos gritos de “burro”, faixas com “Cadê o esquema tático?” e “PH Ganso e Cañete no banco?”. Questões que técnico e time não conseguiram responder de forma satisfatória neste domingo.
O resultado levou o Tricolor aos 26 pontos, na liderança do estadual. A Ponte Preta também tem 26, mas com uma vitória a menos que o time do Morumbi (8 a 7). O Oeste permanece com 14, em 12º. O São Paulo volta a campo na próxima quarta-feira, contra o São Bernardo, às 22h (horário de Brasília), no ABC paulista. No mesmo dia, o Oeste recebe o Bragantino, às 19h30, em Itápolis.
Zagueiros marcam, mas sono custa caro
Pressionado, Ney Franco foi questionado antes mesmo da partida começar. Pela torcida, que protestou em frente ao Morumbi, e por todos que queriam entender a escalação do ataque, em formação inédita: Luis Fabiano centralizado, Wallyson aberto pela direita, Ademilson pela esquerda, e Ganso e Aloísio no banco de reservas. Ney queria abrir o jogo pelas pontas e furar a previsível retranca do Oeste.
Nas duas primeiras jogadas, sinais de que o esquema poderia dar certo. Em trocas rápidas de passes, o São Paulo chegou facilmente à meta de Jailson, que salvou o Oeste em finalizações de Wallyson e Rodrigo Caio. Apesar do início animador, o ritmo caiu demais. Com chuva, então, ficou mais difícil. O Tricolor trocou passes com paciência, procurando o melhor momento de superar a defesa rival.
O domínio foi claro, mas o São Paulo precisou de sua zaga para tentar matar o jogo ainda no primeiro tempo. Após jogada inteligente de Ademilson, Edson Silva apareceu sozinho, em posição legal e na pequena área, para fazer 1 a 0, aos 17 minutos. Pouco depois, aos 30, Rafael Toloi ficou com “inveja” do companheiro de defesa e subiu ao ataque para cabecear com perfeição uma falta cobrada por Jadson: 2 a 0.
Mesmo com a vitória parcial, o Tricolor não chegou a inspirar 100% de confiança. Jadson foi bem e criou as principais jogadas. Luis Fabiano quase não foi notado, muito marcado. A torcida percebeu a preguiça em alguns momentos e começou a gritar “Libertadores é obrigação”. O sono teve seu preço: aos 46 minutos, quando o jogo já parecia resolvido, Edson Silva falhou e deixou Ligger sozinho para cabecear após cruzamento vindo da esquerda: um 2 a 1 amargo para o São Paulo administrar.
Sustos, gols e cobranças
A desconfiança da torcida entrou em campo no segundo tempo, com um São Paulo mais retraído e permitindo avanços do fraco Oeste. Os sustos que o time de Ney Franco tomou foram frequentes demais para quem é líder do Paulistão e ainda busca classificação à segunda fase da Libertadores. Um chute de Serginho e outro de Wanderson quase encontraram o caminho do gol. E os protestos começaram.
De novo, o “Libertadores é obrigação”, mostrando que o são-paulino não liga tanto assim para o estadual. Dentro de campo, alguns também pareciam não se importar tanto assim. Um clima estranho, mesmo com o time vencendo.
Tão estranho que Luis Fabiano, enfim, fez seu gol aos 24 minutos, aproveitando passe em profundidade de Douglas e finalizando de pé esquerdo, sem chances para Jaílson. O centroavante não comemorou, sequer esboçou um sorriso. Apenas abraçou os companheiros e continuou jogando.
O gol devolveu a tranquilidade ao São Paulo, mas não ao seu torcedor, que queria ver Ganso em campo. A esperança acabou quando Cañete foi chamado para substituir Jadson, a terceira alteração do time no jogo. Os quase 8 mil tricolores não perdoaram: “burro, burro”. A situação não melhorou quando Rogério Ceni falhou numa reposição de bola, armou o contra-ataque para o Oeste e viu Wanderson diminuir o placar aos 32 minutos: 3 a 2.
Do banco, Ganso se agasalhou após o aquecimento e viu a equipe criar mais chances, mas não ampliar o placar. Uma vitória obrigatória, mas que não precisava de tantos sustos assim. O Tricolor é líder do Campeonato Paulista, e isso não significa muita coisa a essa altura da temporada.
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário