Atletas disputam vaga na equipe atropelando animais e suportando cheiro ruim
Um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, a Lagoa Rodrigo de
Freitas sofre com uma grande mortandade de peixe esta semana. Alguns
dos mais prejudicados com o desastre ambiental na cidade das Olimpíadas
de 2016 são os remadores, que até domingo participam de uma seletina
nacional no local. Apesar da retirada de mais de 65 toneladas de animais
mortos, os atletas ainda reclamam das condições da raia e,
principalmente, do forte cheiro.
- Fiquei muito impressionada com a quantidade de peixes mortos e com o cheiro. Nunca tinha presenciado um fato como esse. Foi a primeira vez. Ontem (quinta), largamos na seletiva em cima dos peixes. Isso preocupa bastante. Como aconteceu agora, na seletiva, podia ter acontecido no Sul-Americano (em abril, no Rio) ou nas Olimpíadas - disse a campeã mundial Fabiana Beltrame, remadora do Flamengo.
Na última terça-feira, o nível de oxigenação das águas da Lagoa Rodrigo
de Freitas chegou a zero, provocando uma severa mortandade de peixes. A
situação continuou ruim até quinta-feira, quando já foi constatado uma
pequena melhora no índice de oxigênio. O estrago, porém, foi grande. Um
mar de peixes mortos tomou conta do local.
A prefeitura refoçou o contingente de funcionários responsáveis pela
limpeza da lagoa. Na manhã desta sexta-feira, a quantidade de peixes
mortos na água era pequena. Ainda assim, os remadores seguem sofrendo
com os efeitos do desastre. O principal problema agora é o forte cheiro,
que eles vão precisar enfrentar até domingo, data marcada para terminar
a seletiva nacional para formar a equipe que disputará o Campeonato
Sul-Americano, em abril.
- Ontem (quinta), nós demos a largada em um tapete de peixes. A água estava muito pesada. O cheiro era insuportável, além das moscas e mosquitos. Estava muito nojento. Hoje, já tinha bem menos peixes, mas o cheiro estava pior do que ontem. Isso prejudica muito a gente – disse
Fernanda Nunes, remadora do Botafogo, que participa da seletiva.
- Fiquei muito impressionada com a quantidade de peixes mortos e com o cheiro. Nunca tinha presenciado um fato como esse. Foi a primeira vez. Ontem (quinta), largamos na seletiva em cima dos peixes. Isso preocupa bastante. Como aconteceu agora, na seletiva, podia ter acontecido no Sul-Americano (em abril, no Rio) ou nas Olimpíadas - disse a campeã mundial Fabiana Beltrame, remadora do Flamengo.
Remadoras participam da seletiva no meio de toneladas de peixes (Foto: Hudson Pontes / Agência O Globo)
Peixes mortos também atraíram muitas moscas e mosquitos (Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo)
- Ontem (quinta), nós demos a largada em um tapete de peixes. A água estava muito pesada. O cheiro era insuportável, além das moscas e mosquitos. Estava muito nojento. Hoje, já tinha bem menos peixes, mas o cheiro estava pior do que ontem. Isso prejudica muito a gente – disse
Fernanda Nunes, remadora do Botafogo, que participa da seletiva.
Já foram retiradas mais de 65 toneladas de peixes mortos (Foto: Hudson Pontes / Agência O Globo)
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