Atacante, que só não atuou pelo São Paulo quando estava na Seleção, recebe elogios de fisioterapeuta e busca título para encerrar ano brilhante
Lucas atuou por mais de cinco mil minutos em
2012 (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
2012 (Foto: Alexandre Lozetti / Globoesporte.com)
Nem ele sabe explicar como suportou tantas pancadas dos zagueiros adversários sem ter de desfalcar o time. Os números mostram evolução tanto física quanto mental, já que em 2011 ele ficou fora de partidas importantes por problemas médicos, como por exemplo a reta final do Campeonato Paulista, em que chorou e foi consolado pelos companheiros quando soube que não iria jogar. Lucas também perdeu clássicos por receber cartões amarelos, a maioria sem necessidade. Problemas que ficaram para trás.
- Eu tenho que receber as faltas, não fazer. Sou o jogador que dribla, vai pra cima, então as faltas eu deixo para os zagueiros e volantes, que gostam de bater. Tenho que criar as jogadas e fazer os gols - afirmou o atacante.
A marca chama atenção principalmente pela maneira de Lucas atuar. Além de sofrer muitas faltas em razão do estilo driblador, de lances individuais, o camisa 7 corre muito durante todo o jogo. Ele se destaca também pelo auxílio na marcação, que o desgasta demais. O cansaço da temporada só apareceu em alguns jogos em que seu rendimento foi abaixo da média, como diante do Fluminense, pelo segundo turno do Brasileirão.
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As constantes viagens pela Seleção também afetaram sua parte física.
Lucas não era dos preferidos de Mano Menezes, mas esteve sempre nas
convocações e participou também das Olimpíadas de Londres. Embora não
tenha participado tanto das partidas, encarou longas maratonas. Já com a
camisa do São Paulo, foram 5.058 minutos de futebol em 2012.- Graças a Deus não fiquei fora por lesões. Talvez seja pelo meu organismo, biotipo, idade... E eu me cuido bastante, cuido do meu corpo. Faço muita academia para aguentar as pancadas.
Na opinião da comissão técnica, o profissionalismo de Lucas é tão importante quanto sua genética para impedir que ele se machuque. E era notório desde que o garoto subiu das categorias de base, em 2010. Na época, o fisioterapeuta Luiz Rosan, que também trabalhava na Seleção, teve uma conversa de cerca de duas horas com o atleta no estacionamento do CT.
Conhecido pelo rigor com os atletas, Rosan é fã confesso de Lucas e deixa isso claro nos adjetivos: diferenciado, extraordinário e raro.
- É um jogador diferenciado, isso é nítido. Seu porte físico colabora muito para que o trabalho de prevenção contra lesões seja aceito. Mas, ao mesmo tempo, é um profissional extraordinário, desses raros. Está focado na profissão, se dedica a ela com alma e físico, e direciona sua carreira com objetivos. O sucesso de um cara desse não é por acaso, ele cumpre à risca os planos de trabalho estabelecidos. A chance de dar errado é muito pequena - elogiou o fisioterapeuta, que usou o exemplo de Rogério Ceni para compará-lo.
- Ele reúne agilidade, velocidade e resistência a essa velocidade. Conclui movimentos e deslocamentos com precisão. Mas outros também têm o talento, é necessário ter requisitos fundamentais, que você vê nele, no Rogério, mas não vê em outros.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2012/12/lucas-fecha-ano-de-76-partidas-sem-lesoes-ou-suspensoes-diferenciado.html
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