Religião com maior número de seguidores na Ásia prega: a vitória só vem para quem treina
Bandeira do Corinthians decora templo budista em
São Paulo (Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)
São Paulo (Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)
Enfático no discurso de que sorte não traz títulos, e sim trabalho, o técnico Tite pode contar com os ensinamentos do budismo – religião com maior número de seguidores no continente asiático – para motivar ainda mais seus atletas no Japão. E com a torcida dos próprios budistas no Brasil, até mesmo os não-alvinegros.
Palmeirense e seguidor da religião há quase 30 anos, Maurício Ghigonetto aguarda ansiosamente sua própria viagem ao Japão, em maio, para tornar-se oficialmente um monge budista. Em dezembro, no entanto, ele e outros seguidores do Templo Nambei Honganji, na Zona Sul de São Paulo, prometem se reunir para torcer pelo Timão no Mundial. Ao lado do monge Imai, são-paulino, Maurício aponta algumas formas em que o budismo pode ajudar a fortalecer o Corinthians no Japão na busca pelo título.
– Somos todos humanos no budismo, cada um tem seu time e torce. Mas é sempre um motivo de festa. Os monges são festeiros. Quando podemos, nos reunimos para ver uma luta de sumô ou um jogo de futebol. Temos de tudo no Templo: palmeirenses, corintianos, são-paulinos, sempre em clima de festa. Tudo é motivo para se reunir, tomar uma cerveja junto. No Mundial, o Corinthians será o Brasil, vou torcer – afirmou Maurício, que vê semelhanças na filosofia de Tite com a budista.
– O budismo diz que tudo depende de você mesmo: se treinar, dedicar-se, você vai colher resultado. Se você for preguiçoso, vai colher coisas negativas. A religião trabalha com o Karma: toda ação tem uma reação. A vitória seria consequência de treino, dedicação, disciplina, vontade e trabalho em equipe, vem de acordo com essas variáveis. Não é meta, é uma consequência. A meta é treinar bem, se dedicar... Não adianta apelar para nada: nem para Buda, nem para nenhum outro santo – completou.
Monge Imai e Mauricio Ghigonetto no templo budista em São Paulo (Daniel Romeu/Globoesporte.com)
– O jogador tem que olhar para o seu time. O budismo prega que você não está sozinho em campo. O time depende de você, e você depende do seu time. Ninguém pode achar que é uma estrela sozinho. O atacante depende do time. Nem o goleiro age sozinho, porque precisa da zaga para ajudar na defesa. O budismo diz que os 11 jogadores são interdependentes, trabalham em equipe. Todos juntos podem chegar ao objetivo, que é o título do Mundial – explicou Maurício.
– Nossa mente prega peças. Entrar num estádio pensar “estou aqui pelo maior título da história”, ver o estádio lotado, pode gerar medo na cabeça do jogador. O principal obstáculo é vencer o próprio nervosismo, ter a sensação do que vai acontecer. Se confiar no seu treinamento, em tudo que você se dedicou, você terá cada vez menos obstáculos Com a mente tranquila, é mais fácil pensar rapidamente numa estratégia para superar as adversidades que aparecerem durante a partida – disse.
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Budistas dão dicas para o Corinthians no Mundial de Clubes (Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)
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