A CRÔNICA
por
Alexandre Lozetti
A torcida do São Paulo gritou o nome de quatro jogadores no Morumbi: o
ídolo Rogério Ceni, o craque Lucas, o artilheiro Luis Fabiano e o
santista Ganso. Sim, ele ainda nem chegou, deve assinar contrato na
segunda-feira, mas já foi bem-vindo. “Uh, terror, o Ganso é tricolor!”,
festejaram os torcedores, esperançosos de que seu talento possa
consertar parte dos problemas da equipe.
Problemas que voltaram a aparecer, mas não impediram a vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, no Morumbi. Novamente, o talento individual se sobrepôs a uma atuação por muitas vezes atrapalhada e apressada, com exceção de mágicos 15 minutos. Talento principalmente de Lucas, que não fez o seu, mas infernizou os zagueiros e deu gols para Cortez e Luis Fabiano decidirem o jogo.
A Portuguesa mostrou bem menos do que vinha fazendo no Campeonato Brasileiro. Com um time recuado, sem criatividade, só marcou após um erro de Rafael Toloi. Sorte e mérito do incrível Bruno Mineiro, que aproveitou a chance e fez seu nono gol em 11 jogos.
Geninho terá trabalho para consertar sua defesa. Foi muito fácil para o São Paulo se aproximar de sua área. Os três gols poderiam ter sido quatro, cinco, seis... Mesmo sem uma atuação inspirada.
Inspiração que poderá vir com Ganso. Para aquele jogador maduro e genial do início da carreira, há lugar ao lado de Jadson, Lucas e Luis Fabiano. Ney Franco terá de se virar para fazer o time marcar. Mas para o Ganso dos últimos tempos, será complicado se juntar ao trio.
Tricolor começa a mil, mas falha na zaga
Quinze minutos de sonho e 30 de marasmo para o São Paulo. Resumo simples do primeiro tempo. As trocas de passes entre Maicon, Jadson, Lucas, Osvaldo e Luis Fabiano assustaram a Portuguesa. Nos dez primeiros minutos, a equipe criou três grandes chances de abrir o placar. O craque Lucas deitou e rolou, o artilheiro Luis Fabiano perdeu e Osvaldo, “patinho feio” num quarteto em que os outros três estão convocados para a seleção brasileira, colocou o São Paulo na frente, aos 5 minutos.
A Lusa parecia assustada e recuada demais, principalmente com os dribles de Lucas. Pra lá, pra cá, tão rápido que quase chegou ao ponto de driblar a ele mesmo. Mas tudo passa. O susto passou, e aos poucos Bruno Mineiro ganhou companhia no ataque, inclusive na marcação da saída de bola do São Paulo, que teve dificuldade em sair de trás.
Antes de se perder totalmente em campo, o Tricolor ainda criou mais uma
chance. O cruzamento do improvisado lateral-direito Wellington
encontrou a cabeça de Fabuloso, que desperdiçou sua terceira
oportunidade.
Daí pra frente, o sonho inicial se transformou em terror. Mas não o “terror” que a torcida já cantava na arquibancada e vem da Baixada Santista. Um terror proporcionado por um time apressado e que errou demais. A Lusa nem precisou se esforçar muito. Conseguiu trocar mais passes no campo de ataque e aproveitou erro de Rafael Toloi.
O zagueiro, que já havia ficado no chão no gol de cabeça sofrido contra o Atlético-MG, errou o tempo da subida e desviou para trás, nos pés de Bruno Mineiro, que marcou seu nono gol em 11 jogos no Campeonato Brasileiro.
Vitória tricolor vem no segundo tempo
O São Paulo tem Jadson, o maior garçom do Brasileirão com oito passes para gols, e está prestes a ter Ganso. E em determinado momento do segundo tempo, Toloi e Rhodolfo estavam armando, ou tentando armar as jogadas de ataque. Claro que não deu certo, e claro sinal de que a equipe continuou um bom tempo sem atuar bem.
Ao menos a marcação se encaixou melhor e parou de dar liberdade para que Léo Silva, Boquita e Mosiés trocassem passes no meio de campo. A marcação só não foi capaz de impedir o lindo giro de Ananias, que quase acertou o ângulo de Rogério Ceni. Seria um golaço.
Mas com o jogo tão equilibrado e nem tão bem disputado, golaço seria luxo. O importante era balançar as redes. O São Paulo deixou isso claro. Seria um golaço se o chute de Lucas entrasse direto no gol de Dida, mas havia um Cortez no meio do caminho. O lateral-esquerdo, posicionado como centroavante, desviou e não deu chance a Dida.
A vantagem e a chance perdida por Bruno Mineiro foram suficientes para Ney Franco desmontar seu esquema super ofensivo e trocar Osvaldo por Casemiro. Os donos da casa cresceram. Geninho respondeu com Rodriguinho no lugar de Ananias. O problema é que a Lusa já não tinha a mesma organização para sair da defesa para o ataque.
Como se esse fosse o maior problema... O problema mesmo, com letras garrafais, se chamava Lucas. Endiabrado, ele entrou na área como se estivesse chegando em casa, com as portas abertas, e esticou o tapete vermelho para Luis Fabiano fazer seu 12º gol no Brasileirão, isolando-se na artilharia do torneio. Aplausos para a dupla.
Problemas que voltaram a aparecer, mas não impediram a vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, no Morumbi. Novamente, o talento individual se sobrepôs a uma atuação por muitas vezes atrapalhada e apressada, com exceção de mágicos 15 minutos. Talento principalmente de Lucas, que não fez o seu, mas infernizou os zagueiros e deu gols para Cortez e Luis Fabiano decidirem o jogo.
A Portuguesa mostrou bem menos do que vinha fazendo no Campeonato Brasileiro. Com um time recuado, sem criatividade, só marcou após um erro de Rafael Toloi. Sorte e mérito do incrível Bruno Mineiro, que aproveitou a chance e fez seu nono gol em 11 jogos.
Geninho terá trabalho para consertar sua defesa. Foi muito fácil para o São Paulo se aproximar de sua área. Os três gols poderiam ter sido quatro, cinco, seis... Mesmo sem uma atuação inspirada.
Inspiração que poderá vir com Ganso. Para aquele jogador maduro e genial do início da carreira, há lugar ao lado de Jadson, Lucas e Luis Fabiano. Ney Franco terá de se virar para fazer o time marcar. Mas para o Ganso dos últimos tempos, será complicado se juntar ao trio.
saiba mais
Os dois times voltam a jogar pelo Campeonato Brasileiro no próximo fim
de semana. No sábado, às 21h, a Portuguesa encara outro grande paulista,
o Santos, no Pacaembu. Já o São Paulo volta a jogar no Morumbi: recebe o
Cruzeiro, adversário direto por uma vaga na Libertadores, no domingo,
às 16h.
Lucas, do São Paulo, parte pra cima da Portuguesa (Foto: Marcos Bezerra / Futura Press)
Quinze minutos de sonho e 30 de marasmo para o São Paulo. Resumo simples do primeiro tempo. As trocas de passes entre Maicon, Jadson, Lucas, Osvaldo e Luis Fabiano assustaram a Portuguesa. Nos dez primeiros minutos, a equipe criou três grandes chances de abrir o placar. O craque Lucas deitou e rolou, o artilheiro Luis Fabiano perdeu e Osvaldo, “patinho feio” num quarteto em que os outros três estão convocados para a seleção brasileira, colocou o São Paulo na frente, aos 5 minutos.
A Lusa parecia assustada e recuada demais, principalmente com os dribles de Lucas. Pra lá, pra cá, tão rápido que quase chegou ao ponto de driblar a ele mesmo. Mas tudo passa. O susto passou, e aos poucos Bruno Mineiro ganhou companhia no ataque, inclusive na marcação da saída de bola do São Paulo, que teve dificuldade em sair de trás.
Com Dida no chão, Osvaldo abre o placar para
o São Paulo (Foto: Idário Café / VIPCOMM)
o São Paulo (Foto: Idário Café / VIPCOMM)
Daí pra frente, o sonho inicial se transformou em terror. Mas não o “terror” que a torcida já cantava na arquibancada e vem da Baixada Santista. Um terror proporcionado por um time apressado e que errou demais. A Lusa nem precisou se esforçar muito. Conseguiu trocar mais passes no campo de ataque e aproveitou erro de Rafael Toloi.
O zagueiro, que já havia ficado no chão no gol de cabeça sofrido contra o Atlético-MG, errou o tempo da subida e desviou para trás, nos pés de Bruno Mineiro, que marcou seu nono gol em 11 jogos no Campeonato Brasileiro.
Vitória tricolor vem no segundo tempo
O São Paulo tem Jadson, o maior garçom do Brasileirão com oito passes para gols, e está prestes a ter Ganso. E em determinado momento do segundo tempo, Toloi e Rhodolfo estavam armando, ou tentando armar as jogadas de ataque. Claro que não deu certo, e claro sinal de que a equipe continuou um bom tempo sem atuar bem.
Ao menos a marcação se encaixou melhor e parou de dar liberdade para que Léo Silva, Boquita e Mosiés trocassem passes no meio de campo. A marcação só não foi capaz de impedir o lindo giro de Ananias, que quase acertou o ângulo de Rogério Ceni. Seria um golaço.
Mas com o jogo tão equilibrado e nem tão bem disputado, golaço seria luxo. O importante era balançar as redes. O São Paulo deixou isso claro. Seria um golaço se o chute de Lucas entrasse direto no gol de Dida, mas havia um Cortez no meio do caminho. O lateral-esquerdo, posicionado como centroavante, desviou e não deu chance a Dida.
A vantagem e a chance perdida por Bruno Mineiro foram suficientes para Ney Franco desmontar seu esquema super ofensivo e trocar Osvaldo por Casemiro. Os donos da casa cresceram. Geninho respondeu com Rodriguinho no lugar de Ananias. O problema é que a Lusa já não tinha a mesma organização para sair da defesa para o ataque.
Como se esse fosse o maior problema... O problema mesmo, com letras garrafais, se chamava Lucas. Endiabrado, ele entrou na área como se estivesse chegando em casa, com as portas abertas, e esticou o tapete vermelho para Luis Fabiano fazer seu 12º gol no Brasileirão, isolando-se na artilharia do torneio. Aplausos para a dupla.
Luis Fabiano marca e faz graça, ao lado de Casemiro e Lucas (Foto: Idário Café / VIPCOMM)
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