segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Marquinhos divide responsabilidades por fase e diz: "Não é hora de morrer"



FIGUEIRENSE


Abalado, treinador começa coletiva calmo e tem discurso inflamado aos poucos após alcançar a sexta partida sem vitórias pelo Figueirense: "Temos que continuar atirando"




Por
Florianópolis




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Marquinhos está há sete jogos no Figueirense, mas conquistou só uma vitória, exatamente na sua estreia contra o Santa Cruz. De lá para cá, acumula quatro derrotas e dois empates, a última delas na noite deste sábado, pela 33ª rodada do Brasileiro. O 0 a 0 contra os reservas do Grêmio, no Orlando Scarpelli, porém, parece ter um peso de derrota para o Alvinegro, que tinha a possibilidade de diminuir a distância para o 16º colocado, mas mantem os cinco pontos de diferença em relação ao Inter.

Calmo no início da coletiva pós-jogo, Marquinhos Santos falou sobre um resultado justo em casa, com chances - poucas - criadas pelos dois times em proporções parecidas. Ainda contido, falou em tom sereno, mas já um pouco abalado, sobre o sentimento após o empate diante de mais de 8 mil torcedores.

- Pelas duas propostas, em um momento que nos lançamos à frente, ficamos exposto, oferecemos contra-ataque para o Grêmio, que teve duas chances claras. e o Gatito foi determinante para não sairmos com resultado negativo. Tivemos oportunidades no primeiro tempo na cabeçada do Rafael (Moura) e que o Grohe defendeu também. É triste, saímos chateados, porque queríamos vencer, uma rodada que todo mundo no bloco de baixo empatou, apenas o Sport venceu, e seria importante para encurtar a distância para o primeiro fora da zona de rebaixamento.

Aos poucos, porém, o treinador mudou o tom e teve o discurso inflamado, assumindo primeiramente responsabilidade pelas últimas decisões, mas dividindo-a pela situação que o Figueirense se encontra antes dele assumir. Escancarou que o cenário era pior antes de sua chegada (apesar de assumir o time a um ponto do 16º e com 35% de aproveitamento, hoje são cinco pontos e ele tem 23%)

Marquinhos Santos Figueirense (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)Marquinhos demonstrou sentir o peso do 
empate em casa contra o Grêmio (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)


- Ainda tem 15 pontos, cinco jogos, e a rodada permaneceu igual. A linha de corte vai diminuir, temos que continuar atirando, não é hora de morrer, de se entregar, de esmorecer, é hora de darmos as mãos. Torcida está certa, tem que cobrar, como presidente fez no vestiário. Ele tem feito de tudo, não dá para jogar responsabilidade em cima dele, todos nós temos que assumir. Culpados não têm, mas responsabilidades... são só sete jogos de 33 (até agora com Marquinhos no comando), não dá para ter o peso todo (sobre mim). Mas temos condições de sair, não da para jogar a toalha.

- É hora de cortar a carne, de sentir. Falei para eles no vestiário: "Agora tem que se doar mais, trabalhar mais, concentrar mais, que é reta final de competição". Quem tiver mais bala para atirar é o que vai terminar fora da zona de rebaixamento.



Os principais trechos da coletivaDESABAFO E COBRANÇAS
Agora são três anos sofrendo, temos que acreditar e mudar esse cenário. Primeiro tem que acreditar até o fim, se foi assim nos últimos anos não vai ser diferente agora. Temos que lutar, lavar a roupa suja sim, ver, apontar, aceitar os erros. Ter a humildade de enxergar os erros para mudar. Peço desculpa ao torcedor, se hoje saímos derrotados a responsabilidade é minha. Os jogadores chegaram com sentimento de derrotados no vestiário. O sentimento é pior que do torcedor. Tem jogador que vive o Figueirense, mas falei para eles, tem que sentir, quem não sentir não merece estar aqui. Mas amanhã tem que juntar os cacos, não dá para desistir, temos jogos ainda pela frente. Se desistir, o Figueirense cai. Não dá para desistir. 

4 DERROTAS, 2 EMPATES E 1 VITÓRIA
 (23% de aproveitamento)
Sentimento é o pior possível. É triste ver o torcedor comparecendo, apoiando, incentivando e torcendo pelo clube, e sou um profissional que não admito derrota, se pegar os números nas outras equipes, dificilmente tenho um aproveitamento tão ruim quanto tenho aqui, isso é fato, mas não deixo de lutar, acreditar.

TIME EVOLUIU DESDE QUE CHEGOU?
Na qualidade, postura e modelo, sim. Me assustei quando cheguei. Houve erro, não adianta tapar o sol com a peneira, e achar que está tudo belo e bem. Mas encarei, tenho minha parcela de responsabilidade, mas quando cheguei, encontrei uma situação que parecia que já havia terminado o ano. Parecia que já tinha gente de férias, e resgatamos isso. Temos um modelo de jogo definido, e o Figueirense hoje joga, não espera só o Rafael Moura, time procura colocar a bola no chão. Não é um sentimento fácil, minhas noites têm sido complicadas, pensando se algo deixou de ser feito. Nossa parte temos feito e muito. Lá atrás teve erro e agora tem erro. Cheguei para melhorar ambiente, vestiário e colocar um padrão de jogo e isso que tem sido feito.

ALGO DIFERENTE
Tem que encontrar, se quisermos buscar algo diferente temos que ser diferentes, na atitude e discurso, não adianta vir aqui com o mesmo discurso. Temos que acreditar sim. Agora é jogar pra cima, é fechar a cara, não é momento de risadinha. Aquele que achar que já está de férias, não pode ser aceito um comportamento desses.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/noticia/2016/10/marquinhos-divide-responsabilidades-por-fase-e-diz-nao-e-hora-de-morrer.html

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