Escutas mostram que ele tinha ligação com chefe da quadrilha, segundo MPF. Ex-atleta é investigado na Operação Desventura, deflagrada na sexta-feira
Edílson é investigado na Operação Desventura (Foto: Extra)
O ex-jogador da seleção
brasileira Edílson, suspeito de ter ligação com uma quadrilha especializada em
fraudar pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF),
presta depoimento na sede da Polícia Federal na tarde desta segunda-feira, em
Goiânia. Edílson é um dos investigados na
Operação Desventura, deflagrada na última sexta-feira (11), para desmantelar o
esquema em Goiás, no Distrito Federal e mais quatro estados. Segundo a PF, mais
de R$ 60 milhões foram desviados.
A assessoria da PF informou que foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-jogador, na Bahia. Mesmo assim, o próprio Edílson se dispôs a prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal em Goiás, estado que comanda a investigação.
Advogado de Edílson, Thiago Phileto informou nesta tarde que o ex-jogador desembarcou em Goiânia no início da manhã para prestar depoimento. Ele adiantou que seu cliente iria negar em depoimento qualquer ligação com as fraudes.
- Eu vou levá-lo amanhã (terça) ou quarta-feira na PF de Salvador para ser interrogado. Vamos levar extrato de movimentação financeira e outros documentos pra provar que ele não tem nada a ver com isso - afirmou o advogado.
Nesta segunda-feira, o procurador do Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO), Hélio Telho, afirmou que Edílson tinha “relacionamento próximo” com um dos chefes da quadrilha e recebia instruções sobre como deveria proceder para aliciar os gerentes de banco. O MPF chegou a pedir a prisão do ex-jogador, mas a Justiça Federal negou.
Operação Desventura
O ex-jogador está entre os investigados pela Polícia Federal na Operação Desventura, deflagrada na última sexta-feira (11). Agentes da PF estiveram na residência do ex-jogador para cumprir mandado de busca e apreensão e apreenderam discos rígidos e computadores. Edílson negou qualquer envolvimento.
No total, foram expedidos 54 mandados judiciais contra o grupo em Goiás, na Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Segundo assessoria de imprensa da PF, 13 destes mandados eram para prisões preventivas e temporárias, sendo seis em Goiás. No total, 10 pessoas já foram detidas, incluindo três no estado. Já do total de 22 mandados de conduções coercitivas, 19 foram cumpridos. Os 19 de busca e apreensão foram todos realizados.
Segundo a corporação, a investigação, iniciada em outubro do ano passado, apontou que o esquema criminoso contava com a ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, que eram escolhidos pela quadrilha por movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam os responsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.
Ainda segundo a PF, quando os criminosos estavam de posse de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/go/noticia/2015/09/ex-jogador-edilson-depoe-na-sede-da-pf-em-goias-sobre-fraude-em-loterias.html
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