domingo, 30 de agosto de 2015

Depois do Z-4 e pressão, Kleina exalta Avaí merecedor em "vitória maiúscula"

Técnico volta a vencer após três derrotas, discursa com tranquilidade sobre má fase vivida pelo time e comenta triunfo sobre "grande rival" e merecimento do Avaí na elite



Por
Florianópolis




Depois de três resultados seguidos negativos e a a primeira aparição na zona de degola ao perder para o Santos de goleado por 5 a 2, a pressão aumentou sobre Gilson Kleina. Mas, com a bela vitória sobre o Inter, neste domingo, pela 21ª rodada, por 3 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo acima), a situação parece estabilizar-se. O próprio treinador entende o momento do clube, que vai brigar até o fim para não ser rebaixado, e discursa com tranquilidade sobre possibilidades, mas diz que a má fase do Leão é momentânea e o time tem condições de sair desta situação, como provou na vitória "maiúscula" em cima de um rival de peso. 

- Uma coisa que sempre falo, aqui não vou trabalhar pensando em me segurar no contrato, no emprego, mas sim em prol do Avaí. Se for o melhor para o Avaí a minha saída, por ter certeza que a "lisura" vai ser a mesma. Que a gente não vai fazer chantagem. Se a gente não for reagir, tenho que ser homem suficiente de sentar com a diretoria e ver o que é melhor para o clube. Aprendi que se faz assim. Do mesmo jeito, toda avaliação está sendo muito sensata e realista. De que maneira a equipe está perdendo, por que oscilou, qual situação não tivemos uma reposição... - avalia o treinador.

O resultado em casa veio, porém. Uma vitória maiúscula, sobre um grande rival, como diz o próprio treinador, que aposta na Ressacada para manter o Avaí na primeira divisão esse ano, lugar que o clube merece estar, segundo Gilson Kleina. Para isso, espera manter o mesmo desempenho deste triunfo importante sobre o Colorado dentro de casa. 

- Hoje a bola entrou, mais do que nunca a bola entrou, o Avaí foi merecedor de construir o resultado - disse no início da entrevista.

- Espero dar continuidade ao trabalho, poder dar alegria ao Avaí, que é merecedor de uma permanência. Podemos ir lá (em Natal) contra o Flamengo, não ter resultado, e voltar na situação ruim mais uma vez, e teremos que fazer de novo o resultado domingo (em casa). Assim vai ser o campeonato todo. Se formos fortes como hoje, como contra o Corinthians (derrota, mas como boa atuação), contra o Fluminense (triunfo por 1 a 0), vai se difícil ganhar do Avaí aqui.  A gente tem que entender que restam oito jogos aqui dentro (da Ressacada) e esse é o campeonato. Tudo que vier fora de casa é gordura. Mas aqui dentro tem que sangrar - complementou, após nova pergunta.

Confira os principais trechos da coletiva.   

Gilson Kleina Avaí (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Gilson Kleina, na partida contra o Inter 
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)


Jogo, vitória, merecimento- Hoje a bola entrou, mais do que nunca a bola entrou, o Avaí foi merecedor de construir o resultado. Trabalhamos de uma maneira no primeiro tempo, no segundo foi uma outra situação. Na duas, os jogadores foram competentes, equipe foi aguerrida, conseguiu neutralizar pontos importantes do adversário, que tem muita movimentação sem um homem de referência (centroavante). Depois de um começo com dificuldades, o Avaí cresceu, fez os gols, e terminou de uma forma justa, muito feliz, alegre para todos avaianos, para os jogadores... Claro que era de suma importância a vitória para sair da zona incômoda, espero que os resultados possam nos ajudar, fizemos nossa parte.

Mudanças...
- Todo trabalho que a gente faz, já que a gente faz a escalação, passamos a confiança. Claro que ficamos felizes de ver que a equipe foi segura, mas não posso transferir os erros para um setor, temos que enaltecer as coisas boas, mas no futebol atual a oscilação existe. Então temos que tentar administrar os setores, analisar os erros, para ter o encaixe novamente e poder confiar em todos. Vagner tem dois cartões, se tomar o terceiro o Diego vai atuar, e vai ter que atuar bem como já fez. Infelizmente nos jogos que tomamos gols não passou só por ele.

Volta do Marquinhos
- Sobre o Marquinhos, a presença dele a gente fala... a atmosfera que envolve o atleta junto ao Avaí é mística. Jogador super adaptado, passa confiança aos jogadores. Marquinhos é um jogador que se conseguirmos administrar... a gente sabe que ele está no sacrifício, fez um primeiro tempo, orientou, fez as jogadas, e foi até onde deu... até a forma que o inter jogou, era para desgastar os meias, então não tinha mais motivos para ele ficar em campo.

Gilson Kleina Avaí (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)Gilson Kleina, pouco antes do início do jogo (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)


Gols do Gamalho
- Uma média espetacular, dois gols por jogo, se mantiver isso, vamos ficar super felizes... Ele é um cara muito trabalhador, depois dos treinos pede complemento, é um goleador, tanto que o segundo gol que fez, se é outro no lugar dele,  não teria a mesma tranquilidade. Goleador passa por isso, espero que possa manter esse nível, porque os gols fazem diferença.

Pressão e confiança no trabalho
- O futebol é pressão. Depois de perder de goleada (para o Santos por 5 a 2), claro que é vergonhoso para todos, começamos o trabalho já em Santos. Claro que era, às vezes, mais fácil fazer a troca de comando para dar resposta. Ali tem que parabenizar a diretoria, que confia no nosso trabalho, que sabemos que não chegamos aqui para perder tempo. Chegamos para fazer a equipe forte. Par amim era mais fácil transferir e colocar os inúmeros problemas. Mas dei a cara para bater, blindei os jogadores, tirei qualquer pressão da diretoria. Temos capacidade, ninguém vai tirar a gente dessa a não ser nós mesmos. Você pode até oxigenar por um, dois jogos, mas os problemas voltam. Temos que acreditar no que fazemos.

Desgaste, mudanças para o próximo jogo...
- Ver que forma vamos fazer a equipe, tem desgaste jogo das 11, perdemos jogadores que normalmente não sentem, como o Nino (Paraíba) e Romulo. Conversamos isso, nessa semana tivemos preocupação de poupar alguns jogadores, como o Adriano, o Tinga teve suspeita de pneumonia. O próprio Nino poupamos, mas o que ele falou na saída foi de mal estar, ja que joga em intensidade alta, acho que a temperatura alta, o momento emocional, de repente exigiu mais do que o normal... Mas ficamos felizes a forma que o Pablo entrou, foi decisivo... Importante os que entraram fazer seu papel também. Já com o Romulo, ele não consegui finalizar uma bola, colocou a mão na coxa, não chegou a romper, mas embolou um pouco. Vamos ver em que situação vamos encontrar os jogadores, mas  vamos manter a equipe, a situação de hoje foi de muita competência para poder tentar trazer o resultado positivo contra o Flamengo


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/avai/noticia/2015/08/depois-do-z-4-e-pressao-gilson-kleina-exalta-vitoria-maiuscula-sobre-o-inter.html

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