Técnico volta a vencer após três derrotas, discursa com tranquilidade sobre má fase vivida pelo time e comenta triunfo sobre "grande rival" e merecimento do Avaí na elite
Depois de três resultados seguidos negativos e a a primeira aparição na zona de degola ao perder para o Santos de goleado por 5 a 2, a pressão aumentou sobre Gilson Kleina. Mas, com a bela vitória sobre o Inter, neste domingo, pela 21ª rodada, por 3 a 0 (veja os melhores momentos no vídeo acima), a situação parece estabilizar-se. O próprio treinador entende o momento do clube, que vai brigar até o fim para não ser rebaixado, e discursa com tranquilidade sobre possibilidades, mas diz que a má fase do Leão é momentânea e o time tem condições de sair desta situação, como provou na vitória "maiúscula" em cima de um rival de peso.
- Uma coisa que sempre falo, aqui não vou trabalhar pensando em me segurar no contrato, no emprego, mas sim em prol do Avaí. Se for o melhor para o Avaí a minha saída, por ter certeza que a "lisura" vai ser a mesma. Que a gente não vai fazer chantagem. Se a gente não for reagir, tenho que ser homem suficiente de sentar com a diretoria e ver o que é melhor para o clube. Aprendi que se faz assim. Do mesmo jeito, toda avaliação está sendo muito sensata e realista. De que maneira a equipe está perdendo, por que oscilou, qual situação não tivemos uma reposição... - avalia o treinador.
O resultado em casa veio, porém. Uma vitória maiúscula, sobre um grande rival, como diz o próprio treinador, que aposta na Ressacada para manter o Avaí na primeira divisão esse ano, lugar que o clube merece estar, segundo Gilson Kleina. Para isso, espera manter o mesmo desempenho deste triunfo importante sobre o Colorado dentro de casa.
- Hoje a bola entrou, mais do que nunca a bola entrou, o Avaí foi merecedor de construir o resultado - disse no início da entrevista.
- Espero dar continuidade ao trabalho, poder dar alegria ao Avaí, que é merecedor de uma permanência. Podemos ir lá (em Natal) contra o Flamengo, não ter resultado, e voltar na situação ruim mais uma vez, e teremos que fazer de novo o resultado domingo (em casa). Assim vai ser o campeonato todo. Se formos fortes como hoje, como contra o Corinthians (derrota, mas como boa atuação), contra o Fluminense (triunfo por 1 a 0), vai se difícil ganhar do Avaí aqui. A gente tem que entender que restam oito jogos aqui dentro (da Ressacada) e esse é o campeonato. Tudo que vier fora de casa é gordura. Mas aqui dentro tem que sangrar - complementou, após nova pergunta.
Confira os principais trechos da coletiva.
Gilson Kleina, na partida contra o Inter
(Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
Mudanças...
- Todo trabalho que a gente faz, já que a gente faz a escalação, passamos a confiança. Claro que ficamos felizes de ver que a equipe foi segura, mas não posso transferir os erros para um setor, temos que enaltecer as coisas boas, mas no futebol atual a oscilação existe. Então temos que tentar administrar os setores, analisar os erros, para ter o encaixe novamente e poder confiar em todos. Vagner tem dois cartões, se tomar o terceiro o Diego vai atuar, e vai ter que atuar bem como já fez. Infelizmente nos jogos que tomamos gols não passou só por ele.
Volta do Marquinhos
- Sobre o Marquinhos, a presença dele a gente fala... a atmosfera que envolve o atleta junto ao Avaí é mística. Jogador super adaptado, passa confiança aos jogadores. Marquinhos é um jogador que se conseguirmos administrar... a gente sabe que ele está no sacrifício, fez um primeiro tempo, orientou, fez as jogadas, e foi até onde deu... até a forma que o inter jogou, era para desgastar os meias, então não tinha mais motivos para ele ficar em campo.
Gilson Kleina, pouco antes do início do jogo (Foto: Jamira Furlani/Avaí FC)
- Uma média espetacular, dois gols por jogo, se mantiver isso, vamos ficar super felizes... Ele é um cara muito trabalhador, depois dos treinos pede complemento, é um goleador, tanto que o segundo gol que fez, se é outro no lugar dele, não teria a mesma tranquilidade. Goleador passa por isso, espero que possa manter esse nível, porque os gols fazem diferença.
Pressão e confiança no trabalho
- O futebol é pressão. Depois de perder de goleada (para o Santos por 5 a 2), claro que é vergonhoso para todos, começamos o trabalho já em Santos. Claro que era, às vezes, mais fácil fazer a troca de comando para dar resposta. Ali tem que parabenizar a diretoria, que confia no nosso trabalho, que sabemos que não chegamos aqui para perder tempo. Chegamos para fazer a equipe forte. Par amim era mais fácil transferir e colocar os inúmeros problemas. Mas dei a cara para bater, blindei os jogadores, tirei qualquer pressão da diretoria. Temos capacidade, ninguém vai tirar a gente dessa a não ser nós mesmos. Você pode até oxigenar por um, dois jogos, mas os problemas voltam. Temos que acreditar no que fazemos.
Desgaste, mudanças para o próximo jogo...
- Ver que forma vamos fazer a equipe, tem desgaste jogo das 11, perdemos jogadores que normalmente não sentem, como o Nino (Paraíba) e Romulo. Conversamos isso, nessa semana tivemos preocupação de poupar alguns jogadores, como o Adriano, o Tinga teve suspeita de pneumonia. O próprio Nino poupamos, mas o que ele falou na saída foi de mal estar, ja que joga em intensidade alta, acho que a temperatura alta, o momento emocional, de repente exigiu mais do que o normal... Mas ficamos felizes a forma que o Pablo entrou, foi decisivo... Importante os que entraram fazer seu papel também. Já com o Romulo, ele não consegui finalizar uma bola, colocou a mão na coxa, não chegou a romper, mas embolou um pouco. Vamos ver em que situação vamos encontrar os jogadores, mas vamos manter a equipe, a situação de hoje foi de muita competência para poder tentar trazer o resultado positivo contra o Flamengo
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/avai/noticia/2015/08/depois-do-z-4-e-pressao-gilson-kleina-exalta-vitoria-maiuscula-sobre-o-inter.html
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