sexta-feira, 12 de junho de 2015

Em seu primeiro jogo desde outubro, Brasil perde amistoso para o Japão

Sem Garay, Jaque, Adenízia e as "cariocas", equipe de Zé Roberto sofre com falta de entrosamento diante das vice-campeãs do Torneio de Montreaux



Por
Saquarema, RJ

 
Era apenas o primeiro jogo do remodelado Brasil após oito meses. A última partida tinha sido disputada no dia 12 de outubro e valeu o bronze do Mundial da Itália contra as donas da casa. Do outro lado da quadra estava o time titular do Japão, vice-campeão do Torneio de Montreaux há 10 dias. Sem Jaqueline, Fernanda Garay, Adenízia e as "cariocas" (Gabi, Natália e Carol), todas presentes em 2014 e acompanhando o primeiro amistoso de preparação para o Grand Prix e Pan-Americano do lado de fora, a equipe de Zé Roberto não resistiu ao melhor entrosamento e volume de jogo das asiáticas e foi batido por 3 sets a 2 (25/23, 28/26, 25/10, 21/25 e 11/15), em 2h18m de duelo no CT de Saquarema, na tarde desta quarta-feira. As últimas parciais foram um trato entre os treinadores para dar mais ritmo.

Brasil x Japão amistoso vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Zé Roberto orienta equipe durante pedido de 
tempo (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


- Foi normal, algo que a gente já esperava. Um time que vem com o ritmo do campeonato jogado em Montreaux e o nosso no primeiro amistoso do ano. Mas 25/23, no primeiro set, e 28/26, no segundo, foram bons. O que foi ruim foi o terceiro (25/10) E depois o quarto e o quintos sets, onde nós ganhamos. O mais importante é o ritmo que vamos adquirindo, a velocidade que vamos nos adaptando. contra o Japão, que será nosso primeiro adversário na Tailândia pelo Grand Prix - declarou Zé Roberto, que não gostou da defesa e do saque brasileiro.

Brasil e Japão voltam a se enfrentar no próximo sábado. O segundo da série de quatro duelos acontecerá na cidade de Campinas, no Ginásio do Taquaral, às 19h (horário de Brasília).

O amistoso

A falta de entrosamento não parecia afetar as meninas do Brasil no começo do jogo (6/4). Titular, Ellen mostrava potência nos ataques. Foi desta maneira que saíram seis de seus sete pontos na parcial. Precisou Saori ir pro saque para que o marcador virasse a favor do Japão (9/6). As visitantes passaram a jogar mais soltas, no estilo asiático de muita defesa e ataques rápidos. Paciência. Elas se mantinham à frente, mas sem abrir grande vantagem. Dois bloqueios do Brasil de Monique e Suelle fizeram o time empatar (22/22). Mas dois ataques errados da ex-jogadora do Sesi-SP e agora no Osasco deram o set às japonesas (25/23).

O Brasil voltou pro segundo set com dificuldades no ataque. Se não era o bloqueio da central Shimamura, era a defesa do Japão que estava bem postada. As asiáticas abriram 5/0. Zé Roberto parou, conversou e suas comandadas voltaram melhor. Com passe na mão, Dani acelerava as bolas e variava jogadas (7/5). Mas o ritmo e volume de jogo das visitantes deram nova vantagem ao Japão (11/6). Uma boa passagem de Suelle pelo saque aproximou mais uma vez as equipes (11/9). Zé colocou Ana Tiemi na vaga de Dani Lins. A levantadora manteve o nível, e as brasileiras levaram o set pro 24 a 24. Mas, justamente, uma levantada mal calculada da atual atleta do Bauru determinou nova derrota canarinho (28/26).


Brasil x Japão amistoso vôlei (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Brasil e Japão em ação no CT de Saquarema 
 (Foto: Alexandre Arruda/CBV)


A terceira parcial foi a pior das comandadas de Zé Roberto. Nada funcionou. Rapidamente, o Japão abriu frente. O desentrosado time brasileiro sentiu o jogo. O bloqueio e a defesa não achavam o ataque asiático. O ataque errava. Zé voltou com Dani Lins, tentou as entradas de Michelle e Mari Paraíba, manteve Joycinha, que entrou bem no set anterior. Mas nada adiantou. Em apenas 20 minutos, as japonesas cravaram 25/10. 

Para dar mais rodagem aos times, as comissões técnicas combinaram de jogar mais dois sets. Dani Lins, Joycinha, Michelle, Mari Paraíba, Bárbara e Léia colocaram o Brasil em pé de igualdade diante das mexidas japonesas, sem algumas de suas principais atletas em quadra. O número de ralis aumentou, e a partida ganhou em emoção, mesmo para um amistoso já definido. Mari foi o destaque tanto em seus potentes ataques quanto na defesa. Uma bolada na cara tirou Bárbara do jogo, e Zé promoveu as entradas de Francyenne e Rosamaria, completando a rotação das 16 brasileiras à sua disposição (25/21).  

Brasil x Japão amistoso vôlei (Foto: Fabio Leme)
Jaque, Adenízia e Garay acompanham o jogo 
(Foto: Fabio Leme)


O mesmo sexteto que terminou a parcial anterior - com Angélica no lugar de Bárbara - iniciou o falso tie-break dominando as ações. Joycinha e Mari Paraíba desciam a mão e complicavam a defesa oriental, Michelle e Léia comandavam a defesa (9/4). A vantagem fez Zé recolocar Francyenne e Rosamaria. O Japão cortou a desvantagem para dois pontos (9/7), mas Rosa, duas vezes, devolveu a tranquilidade (11/7). O técnico Masayoshi Manabe colocou sua maior pontuadora Saori para sacar. Assim como no primeiro set, ela complicou o passe brasileiro (11/11). Mas foi tirá-la do serviço que o Brasil fechou a partida com quatro pontos seguidos (15/11).

Brasil: Dani Lins, Monique, Suelle, Ellen, Bárbara, Mara e Camila Brait (líbero). Entraram: Joycinha, Ana Tiemi, Michelle Pavão, Letícia Hage, Mari Paraíba, Rosamaria, Francyenne e Angélica. Líbero: Léia. Técnico: José Roberto Guimarães



FONTE:
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