Bacca marca dois gols e dá assistência em 3 a 2 sobre os ucranianos, em Varsóvia. Espanhóis superam Juventus, Inter de Milão e Liverpool como maiores campeões
Festa espanhola com sotaque colombiano na Polônia.
Coadjuvante de Falcao Garcia e James Rodriguéz em seu país, Carlos Bacca chamou
para si protagonismo na decisão da Liga Europa, nesta quarta-feira, no Estádio
Nacional de Varsóvia. Com dois gols e uma assistência, o atacante foi o herói
do tetracampeonato do Sevilla, que fez 3 a 2 no Dnipro e, de quebra, ficou com
uma vaga na Liga dos Campões. Jogando em seu país, Krychowiak marcou o primeiro
para os campeões, enquanto Kalinic e Rotan descontaram para os ucranianos.
Recorde: Sevilla levanta o troféu de campeão
da Liga Europa pela quarta vez em dez
temporadas (Foto: Reuters)
A consagração em Varsóvia é a recompensa para o colombiano
que termina a temporada com 28 gols, atrás apenas de Cristiano Ronaldo, Messi e
Neymar entre os jogadores que defendem clubes espanhóis. Com o troféu, o
Sevilla se torna o primeiro clube quatro vezes campeão da Liga Europa - tinha
vencido em 2006, 2007 e 2014 -, deixando Juventus, Inter de Milão e Liverpool
para trás. A nota triste da partida foi a lesão do brasileiro Matheus, do
Dnipro, que deixou o gramado de maca após choque de cabeça com o Trémoulinas.
Primeiro tempo acelerado
Rotan e Reyes disputam a bola em primeiro tempo igual (Foto: AP Photo/Czarek Sokolowski)
O favoritismo do Sevilla na decisão durou somente seis
minutos. Esse foi o tempo que o Dnipro precisou para aproveitar um
contra-ataque bem armado, abrir o placar e deixar claro par ao tricampeão da
Liga Europa que não ia deixar passar fácil a primeira oportunidade de sua
história de conquistar um título continental. Kalinic desviou chutão da defesa
e fez valer o entrosamento com o brasileiro Matheus para receber na área e
escorar de cabeça: 1 a 0.
A melhor qualidade técnica dos espanhóis, no entanto, era
evidente. Maior posse de bola, maior consciência do que fazer com a bola nos
pés. Falta a tranquilidade do último passe. Faltava acionar mais Reyes. Quando
isso aconteceu, a virada não demorou para acontecer. Depois de uma série de
escanteios, a bola sobrou para Bacca, que fez o pivô e viu o polonês Krychowiak
empatar diante dos compatriotas, aos 27.
Quatro minutos depois, Reyes descolou lindo passe cortando a
zaga e encontrou Carlos Bacca nas costas de Douglas. Livre na frente de Boyko,
o colombiano não vacilou, driblou o goleiro e colocou o Sevilla em vantagem. A
esta altura, os espanhóis eram senhores do jogo, permaneciam no campo ofensivo,
mas pareciam perder fôlego com o passar do tempo. Na base da vontade e da
força, o Dnipro se soltou, enumerou cruzamentos sem direção, até que, aos 43,
Rotan mostrou categoria. Em falta na entrada da área, bateu colocado e decretou
o 2 a 2 na descida para o intervalo.
Bacca decide e chora
Brasileiro Matheus deixa gramado de maca após pancada no fim (Foto: AP Photo/Michael Sohn)
Ao contrário do que foi hábito na campanha até a
finalíssima, o Dnipro voltou para o segundo tempo em ritmo acelerado e partiu
para o ataque. Konoplyanka comandava as ações ofensivas e ia bem nas
arrancadas. Os chutes, porém, eram quase sempre sem direção. Paciente, o
Sevilla suportou a pressão inicial e recuperou as rédeas do jogo. Quase todo no
campo de ataque, os espanhóis eram muito perigosos em cruzamentos laterais e
escanteios, mas não conseguiam superar Boyko.
Aos 27 minutos, o goleiro ucraniano não teve o que fazer.
Léo Matos deu um chutão para o alto para afastar o perigo e provocou um bate e
rebate na frente da área. Vitolo foi mais esperto do que Kankava e, com um
simples biquinho, deixou Bacca em excelente condição. Sem dar tempo para zaga se
recuperar, o colombiano emendou forte de primeira e fez a festa. Dali para
frente, o Dnipro sequer teve forças para reagir. Entre um lançamento aéreo e
outro, viu o brasileiro Matheus chocar a cabeça com Trémoulinas e deixar o
campo de maca. O que era desespero pelo empate, virou preocupação com o
companheiro, e acabou com frustração pela perda do título.
A esta altura, Carlos Bacca já tinha sido substituído e
estava aos prantos no banco de reservas. Sabia que era o herói, sabia que
estava na história do Sevilla. Um Sevilla que deixa Varsóvia como o maior da
Liga Europa.
Carlos Bacca comemora o gol decisivo no
segundo tempo, que garantiu o título do
Sevilla (Foto: AP Photo/Alik Keplicz)
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