Apesar dos pedidos de paz no clássico, duelo entre Cruzeiro e Atlético-MG foi manchado por um artefato explosivo atirado no campo de jogo por torcedor
A súmula do clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG,
realizada no último domingo, foi divulgada pela Federação Mineira de Futebol
(FMF), na tarde desta segunda-feira. O árbitro da partida, Emerson de Almeida Ferreira,
relatou no documento que ouviu uma explosão “vinda da arquibancada” e que foi
informado que a bomba explodiu nos “arredores do campo de jogo”, com o autor do
lançamento do artefato sendo identificado e apreendido pela Polícia Militar.
Emerson de Almeida Ferreira relatou a explosão
da bomba na súmula do clássico de domingo
(Foto: Reprodução)
- Informo que aos 40 minutos do segundo tempo eu árbitro da
partida, ouvi uma explosão vinda da arquibancada, onde se localizava a torcida
do Cruzeiro Esporte Clube. Naquele momento, nenhum componente da equipe de
arbitragem percebeu o que havia ocorrido. Ao término da partida nos foi
informado pelo Sr.Sub-Tenente Osmar da Policia Militar e pelo Sr. Edson Travassos
Moraes Junior (OAB 123271) que se apresentou como Advogado da Equipe do
Cruzeiro Esporte Clube que aquele barulho ouvido foi proveniente de uma bomba
lançada aos arredores do campo de jogo. Ainda nos foi informado que a policia
identificou e prendeu o autor do lançamento da bomba e que a ocorrência foi
formalizada através de um Boletim de Ocorrência pela autoridade competente –
escreveu o árbitro na súmula.
Torcedor que atirou a bomba foi identificado e preso pela polícia (Foto: Douglas Magno)
Poucos minutos após o gol de empate do Cruzeiro, no segundo
tempo, foi possível escutar um estrondo no Mineirão. Um artefato explosivo foi
atirado no gramado por um torcedor, que estava no anel inferior, na área
reservada aos cruzeirenses. A Polícia identificou Gleidson Gonçalves da Silva
como o responsável. Ele foi conduzido até a delegacia do estádio.
O radialista Christian Mascary, de 39 anos,
da rádio Sucesso, de Divinópolis, passou mal ainda à beira do gramado, por causa dos efeitos da explosão, e
teve que receber cuidados médicos. Ele disse ter escutado um forte barulho,
além de ver fumaça e sentir o impacto da explosão. Christian foi conduzido ao
posto médico do estádio e medicado. Depois, prestou depoimento e fez exame de
corpo e delito.
Responsável pelo policiamento especializado da Polícia
Militar, o Coronel Ricardo Machado explicou que a revista dos torcedores é feita
pela segurança privada da Minas Arena – concessionária que administra o
estádio. No entanto, ele admitiu que alguns artefatos acabam ultrapassando a
barreira. Outras duas ocorrências foram registradas, segundo a PM, relacionados
ao clássico mineiro, que terminou empatado em 1 a 1.
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