sábado, 7 de março de 2015

Luxa admite etapa final morna do Fla e diz que vaias a Mugni são injustas

Apesar da vitória sobre Firburguense, treinador reconhece que saídas de Gabriel e Cirino tiraram velocidade da equipe. Jogo com Voltaço é definido como decisão


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Rio de Janeiro

 

Apesar de somente uma combinação de resultados improvável tirar o Flamengo do G-4 ao término da oitava rodada do Campeonato Carioca, o Vanderlei Luxemburgo, após o 2 a 0 sobre o Friburguense (veja melhores momentos acima), projetou a partida contra o Volta Redonda com uma decisão. O Rubro-Negro encara o Voltaço na próxima quarta-feira, no Maracanã. A respeito do duelo deste sábado, o treinador reconheceu que o time caiu após as saídas de Marcelo Cirino e Gabriel, mexidas feitas por precaução, segundo ele, que definiu o segundo tempo como morno. Luxa também reclamou das vaias da torcida a Lucas Mugni.

- Voltar ao G-4 é uma aposta nossa nesse jogo contra o Volta Redonda, que perdeu hoje (domingo), mas é confronto direto. Quarta-feira vamos ter uma decisão. O primeiro tempo foi bem jogado, mas tivemos um segundo tempo um pouco acomodado. Eu tirei totalmente a velocidade do time em função de que o Cirino pediu para sair, já que estava com um incômodo no adutor (de uma da coxas) desde o treino. O Gabriel também tomou uma pancada no primeiro tempo. A meninada que eu coloquei contra o Nacional só estará inscrita na segunda-feira. É esperar isso para completar as vagas e dar velocidade. Quando eu tirei a velocidade, o Friburguense foi pra cima - disse Luxa.

Vanderlei Luxemburgo, Flamengo X Friburguense (Foto: Marcio Alves / Agência O Globo)
Vanderlei Luxemburgo gostou da primeira 
etapa contra o Friburguense (Foto: Marcio 
Alves / Agência O Globo)


Com o resultado, o Fla chegou aos 17 pontos, na segunda posição. Tem dois a menos do que o líder Botafogo. E dois a mais do que o Voltaço, o quinto. Sai do G-4 se Vasco, Fluminense e Macaé o superarem.

As novidades no time do Flamengo deste sábado foram Eduardo da Silva e Lucas Mugni. Sem Everton, Arthur Maia, Paulinho e Nixon - todos entregues à preparação física rubro-negra -, Luxa optou por dar chance ao jovem argentino e ao brasileiro naturalizado croata - este último aparece com mais frequência nos jogos. O ex-camisa 10, porém, ouviu vaias de parte da torcida ao ser substituído por Jonas no segundo tempo. O treinador considerou injusta a atitude dos torcedores.

- Ele foi vaiado injustamente. Se você pegar a performance dele em campo, ele foi muito bem. Eu não posso fazer nada para a torcida, a não ser treiná-lo e dar oportunidades para ele. O Everton está fora, o Arthur está fora. Como que eu não o colocaria para jogar? Ele tinha que jogar e jogou bem. Teve erros que nem os outros jogadores, mas ele teve uma atuação muito boa dentro do conjunto. Com a equipe evoluindo, automaticamente ele vai evoluindo também - afirmou Luxa.


Confira a íntegra da coletiva:

Jogadores lesionados
O departamento médico está trabalhando. O Everton já está treinando, o Paulinho, o Arthur também. O Nixon tem um pouco de dor nos dois tendões, é uma situação complexa, é coisa que vem desde criança, de crescimento. Vai fazer uma ressonância para realmente ver o que será feito. A partir de segunda, veremos a possibilidade de todos esses atletas.


Vê problemas para escalar o time se o Pará se machucar?
Eu tenho dois laterais reservas do Pará, ou três, se contarmos com o Luiz Antonio. Além dele, o Frauches, que é zagueiro e lateral, e mais o Anderson Pico, que também é zagueiro e lateral. Nenhum problema se o Pará tiver alguma coisa. Nós teremos substitutos.


Esquema tático e time titular
Eu tenho um elenco com um esquema tático definido, mas tenho que ter um time titular. Não existe essa coisa de colocar um time cada jogo, tem que ter um time titular, até pela busca de espaço. Vai ter um time titular. O que já temos, é um desenho tático. As mudanças, nós que vamos criar. Mudanças de esquema podem aparecer, mas quero ter uma equipe titular já formada.


Mudança com relação ao clássico contra o Botafogo
Mudança para mim é de comportamento. Hoje, jogamos muito menos do que contra o Botafogo e vencemos. A vitória não pode acobertar erros. O time tem que saber o que está fazendo. Tivemos uma atuação boa contra o Bota, mas não ganhamos. Acho que a coisa toda está caminhando bem, vejo o Flamengo evoluindo a cada jogo, a cada treinamento.


Queda de rendimento no segundo tempo
O time perdeu velocidade. Aí eu tive que mudar. Se não tenho velocidade na frente, tenho que reforçar o meio. Eu não tinha no banco jogadores para dar continuidade à velocidade. O time teve uma queda de rendimento e ficou mais feio, mais quadrado.


Volta de Anderson Pico
O Anderson voltou, mas não voltou do jeito que eu quero. Teve alguns erros no primeiro tempo. Mas errou como outros. Teve um erro do time todo que foi minha cobrança no intervalo. Com todo respeito ao Friburguense, eles não podem ter uma bola na trave e várias chances claras como tiveram no primeiro tempo.


Jogar no Estádio Nilton Santos
Para jogar futebol, problema algum. Campo muito bom, vestiário muito bom. Para jogar bola, funciona muito bem. Está tudo tranquilo. O problema do Engenhão é mais para chegar aqui, para quem vem ver o jogo, a condução. Mas é um campo fantástico para jogar bola.


Mudança de lado do Wallace
Se você analisar alguns erros que aconteceram, você vê que eles terminaram na zaga. Mas será que eles começaram na zaga? Como estava o posicionamento dos meias, dos volantes, dos laterais? É uma série de coisas que nós temos que ver. Faltava marcação dos volantes em alguns lances, que podem dificultar os zagueiros às vezes. É questão de reparos, de acertos. Contra o Botafogo, vimos que tomamos um gol, porque o jogador se aproximou nas costas do nosso volante.


FONTE:
http://glo.bo/1KDetvu

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