Treinador gosta da “parte tática, técnica, física e emocional” do Tigre na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG e elege atuação com a melhor da equipe em seu comando
Havia
motivo para que Gilmar Dal Pozzo estivesse exultante na sala de
imprensa do Heriberto Hülse após a vitória por 3 a 1 sobre o
Atlético-MG. Porém, o treinador não tirou a seriedade do rosto e deu
poucos sorrisos na entrevista coletiva após a partida na noite deste
sábado. É que sabe que a situação da equipe na tabela não permite ao
Tigre se animar com um mero triunfo – ainda que tenha sido o primeiro
com dois gols de diferença em todo o Campeonato Brasileiro.
Ele
poderia estar mais animado por ter visto a equipe em sua melhor atuação
desde que chegou ao Tigre. Porém, nem isso o comoveu. Diante disso,
seria natural que não reivindicasse ou louros da vitória.
-
Não é do Gilmar, é de todos. A vitória dá confiança, mas já falei que
não pode haver euforia, até porque tem outro jogo difícil na quarta. Mas
esta partida mostrou o caminho, tem que jogar assim. Enfrentamos uma
equipe que tem qualidade, que está brigando pelo título, e talvez tenha
os melhores jogadores do campeonato. Fiquei satisfeito com a produção e o
envolvimento, o nosso volume de jogo foi muito bom. Não tenho pretensão
de atribuir a vitória à minha pessoa. Tenho que falar de todos os
atletas, até os que ficaram de fora. Temos um vestiário forte e focado
no jogo.
Confira a entrevista de Gilmar Dal Pozzo
Vitória da semana sem jogos
- Foi o melhor jogo pela parte tática, técnica, física e emocional. As quatro porque foi a primeira semana de trabalha que tive, em que pude implantar meu método. Antes estávamos jogando e recuperando, sem tempo de trabalho. Comemorei a semana para trabalhar e formar a ideia do jogo. Teve a questão tática repetida nesta semana, o primeiro gol foi trabalhado em bola parada em treino. Havia pegado o trabalho andando e sem chance de fazer treino tático. Aproveitamos bem a semana, repetindo a questão técnica e tática, marcando pressão alta e trazendo atrás para jogar em velocidade. Era uma estratégia que deu para treinar. A diretoria também ajudou e trouxe os atletas a tempo. O Rafael (Pereira) veio para nos ajudar como volante, embora seja zagueiro de origem, faz as duas posições. É interessante seu comprometimento, ele veio na quarta-feira, chegou aqui e foi direto para o treino, deu mostra disso, de que quer vestir a camisa. Fomos superiores e mais equilibrados. Estivemos melhor e depois o Atlético-MG teve mais domínio, mais posse de bola, e mantivemos a marcação forte no meio e sendo agressivos, retomando a bola na frente. Tivemos duas bolas na trave e uma boa chance com o Cleber Santana. Mesmo com eles na frente criamos situações mais claras.
- Foi o melhor jogo pela parte tática, técnica, física e emocional. As quatro porque foi a primeira semana de trabalha que tive, em que pude implantar meu método. Antes estávamos jogando e recuperando, sem tempo de trabalho. Comemorei a semana para trabalhar e formar a ideia do jogo. Teve a questão tática repetida nesta semana, o primeiro gol foi trabalhado em bola parada em treino. Havia pegado o trabalho andando e sem chance de fazer treino tático. Aproveitamos bem a semana, repetindo a questão técnica e tática, marcando pressão alta e trazendo atrás para jogar em velocidade. Era uma estratégia que deu para treinar. A diretoria também ajudou e trouxe os atletas a tempo. O Rafael (Pereira) veio para nos ajudar como volante, embora seja zagueiro de origem, faz as duas posições. É interessante seu comprometimento, ele veio na quarta-feira, chegou aqui e foi direto para o treino, deu mostra disso, de que quer vestir a camisa. Fomos superiores e mais equilibrados. Estivemos melhor e depois o Atlético-MG teve mais domínio, mais posse de bola, e mantivemos a marcação forte no meio e sendo agressivos, retomando a bola na frente. Tivemos duas bolas na trave e uma boa chance com o Cleber Santana. Mesmo com eles na frente criamos situações mais claras.
Souza
- É
interessante quando está fisicamente inteiro. Ele tem boa finalização,
um homem gol e trabalha muito em prol da equipe, porque ajuda a
desafogar, tem a aproximação com o meio e ajuda na infiltração jogadores
de lado. Além dos gols, teve a participação de fazer o pivô com a bola
na frente. Foi determinante para a equipe.
Gilmar Dal Pozzo fala que vitória dá confiança, mas
não quer euforia (Foto: Fernando Ribeiro
/criciumaec.com.br)
Luta por vaga na equipe
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Boa atuação de atleta não resulta em zona de conforto. Hoje o Luís
(Felipe, que virou reserva) entrou bem de novo, temos o Zé Carlos também
pela competitividade. Têm que me dar opção e não deixar quem joga no
conforto. Temos dois atletas em alto nível por posição. Quem está fora
eu quero que busque estar bem porque o momento vai chegar e o técnico
não avisa. É o caso do Bruno (Lopes). Teve jogo que nem viajou, chegou a
fazer uma partida com a base porque naquela semana não trabalhou bem.
Hoje ele ajudou um monte. Com a competitividade entre eles, o Criciúma
ganha e o técnico também. Depois, no calma e com luz, eu tomo uma
decisão.
Joílson
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Ele vinha treinando bem, me chamou atenção quando cheguei. Tem
imposição, o que gosto num zagueiro, marcação curta e boa bola área. É
um menino do bem, que trabalha focado. Soube esperar e vou dizer: com
sequência de jogos, maturidade e tempo vai ser uma grata surpresa ao
Criciúma. A tendência é evoluir. Não sei se ele e o Ronaldo Alves havia
jogado juntos (apenas uma vez, na estreia do Catarinense, o empate em 1 a
1 com o Joinville, fora). Um complementa o outro, o Joílson pelo
enfrentamento e o Ronaldo mais técnico, características complementares.
Lesão de Roger aos oito e entrada de Bruno Lopes
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Na coletiva ontem (sexta), disse que tinha a dúvida entre o Bruno e o
Roger, tinha treinado com os dois. O Bruno entrou bem porque no meio da
semana vinha como titular. O Roger tem características diferentes, se
preparou bem. O Bruno não lamentou perder a posição e passei confiança a
ele, disse que iria precisar dele e se preparou.
Estreias de Roger Gaúcho e Rafael Pereira
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A lesão do Roger é prematura, ainda precisa de avaliação medica. Ele
sentiu o adutor (da coxa esquerda), vai ser reavaliado, fazer exames. O
Rafael foi bem. Tinha perdido o Rodrigo Souza e o Serginho para a
primeira função no meio. Por isso o contratamos, porque é zagueiro e
também faz essa função. Ele veio comprometido, ainda no primeiro treino
se ambientou e eu tinha ideia colocá-lo para dar maior proteção à
defesa. No plantel temos jogadores para a segunda função, mas ficamos
sem um primeiro homem não tínhamos. O Rafael é um belo jogador e
profissional.
Erros de arbitragem
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Deixo para eles reclamarem. Temos uma sequencia difícil, temos outros
problemas para resolver. Vamos comemorar vitória, mas sem ficarmos
emocionados. Tem outro confronto difícil na quarta, temos que fazer um
grande jogo e conquistar um resultado positivo.
Projeção da formação para o jogo de quarta
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Vamos primar pela manutenção do sistema, sim, ou povoando o meio (três
volantes) ou com três atacantes. Não vou adiantar quem entra, quero
saborear esta vitória. Falei ao departamento de futebol que depois da
vitória sobre o Fluminense (10ª rodada), por ter vencido um candidato
ao título, a equipe parece ter entrado em zona de confiança e relaxou.
Esta vitória nos dá confiança, mas eu como comandante tenho que
administrar. Estamos na zona ainda, e tem muito trabalho para fazer.
Pela maneira que jogo hoje, como essa atitude, podemos ganhar muitos
jogos ainda, em casa e fora, com apoio do torcedor e demais envolvidos.
Quero pegar como exemplo este jogo.
FONTE:
http://glo.bo/1uLxN15
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