A CRÔNICA
Na arquibancada do estádio Hernando Siles, um torcedor do Strongest
exibia sua fantasia, registrada pela TV: o lençol branco de fantasma,
cobrindo o corpo, com a inscrição "altura". Nada mais foi do que o
espelho da partida. Na temida altitude de 3.660m de La Paz, o Furacão
sucumbiu ao cheio de fôlego Tigre boliviano, que se fez valer da
velocidade e do maior pulmão para vencer os brasileiros por 2 a 1 e
avançar, na noite desta terça-feira, com 10 pontos ganhos, às oitavas de
final da Libertadores. O time da casa, que completava 106 anos de
existência, assegurou a segunda vaga do Grupo 1 - o Vélez Sarsfield
terminou em primeiro, com 15 pontos, ao vencer em casa o
Universitario-PER por 1 a 0.
O Atlético-PR bem que tentou. Lançou Adriano no ataque desde o começo da partida. Buscava decidir nos contra-ataques aliando a velocidade de Marcelo ao faro de gol e experiência do atacante. E o Imperador, se ainda exibe má condição física, teve estrela ao empatar a partida no fim do primeiro tempo - não marcava um gol havia dois anos. Mas os gols de Manoel (contra) e de Soliz decretaram a vitória dos bolivianos, que no segundo tempo mostraram condição física muito maior.
Adriano marca
O Strongest fez valer a velha cartilha dos bolivianos em La Paz: correria na altitude de 3.600m logo no começo para cansar o adversário. O Furacão cometeu um erro ao tentar entrar no jogo dos anfitriões, ainda que explorando mais os contra-ataques. Até a metade do primeiro tempo, chegou a ter superioridade na partida. Mas depois, não fosse o goleiro Weverton e a estrela de Adriano, poderia ter saído em grande desvantagem, e não com o empate por 1 a 1.
Com Adriano no meio da área, centralizado, pesado, sem condição física de atuar numa partida em que o pulmão fala mais alto, a esperança recaía sobre a velocidade de Marcelo. Era dele que deveria sair o passe decisivo para o Imperador - ou Ederson - apenas escorar. E foi do camisa 7 a primeira boa jogada, quando arrancou pela direita e serviu Ederson, na meia esquerda. O camisa 9 bateu por cima. Faltava ao clube paranaense, no entanto, a boa ligação com o ataque. Mirabaje sumiu. Weverton, por várias vezes, tentava a linha direta buscando Adriano, que nas duas primeiras aparições cabeceou mal, para fora, um centro da esquerda, e foi travado pela zaga boliviana num giro para bater a gol.
Dos 25 minutos em diante, o Strongest passou a fazer a bola girar melhor do meio para as laterais. Pablo Escobar e Reynoso partiam em velocidade. Sorte do Furacão que o camisa 18 não chegou a tempo para mandar de cabeça o centro de Escobar pela esquerda. Depois, pelo mesmo lado, Reynoso serviu Chumacero, travado na hora por Cleberson. Em outra jogada, o atacante recebeu de Escobar, driblou Cleberson e bateu. Weverton, milagrosamente, tocou com a ponta dos dedos para escanteio. E, de novo, fez defesaça em novo tiro de Reynoso. Era a senha. O gol do Strongest se aproximava.
E Weverton, herói até então, se afobou na saída de gol em um escanteio. A bola voltou para a área, e Manoel, de cabeça, fez gol contra, aos 38. Parecia que o Furacão sairia da primeira etapa com uma derrota. Parecia, porque a estrela de Adriano começou a brilhar. Depois de boa cabeçada por cima do gol, o camisa 30 escorou para as redes centro na medida de Marcelo, aos 47 - mais uma vez, o camisa 7 aparecia decisivo. Delírio do Atlético-PR e do Imperador, que não marcava um gol havia mais de dois anos - seu último foi contra o Botafogo-SP, pelo Corinthians, no Paulistão, dia 25/02/12.
Segundo tempo
Adriano saiu de campo trocando camisa com seu marcador, o brasileiro Jefferson Lopez. Mas acabou aí a boa vizinhança. O Strongest voltou com tudo. O técnico MiguelÁngel Portugal mexeu logo aos 8 minutos, tirando Ederson para pôr Zezinho.
O atacante saiu insatisfeito, mas o técnico parecia adivinhar o que estava prestes a acontecer. Aos 10, Soliz avançou nas costas de Natanael e, num meio centro meio chute, fez 2 a 1, desempatando a partida.
O Furacão dava sinais de cansaço. Cleberson tropeçou, e Reynoso só não marcou porque Weverton fechou o ângulo e salvou. Adriano andava em campo, e Miguel Ángel Portugal fez outra alteração, ao trocar o apagado Mirabaje pelo garoto Marcos Guilherme. O Strongest, muito mais inteiro, perdia mais um gol - Pablo Escobar mandou para fora um passe na medida de Reynoso.
Mesmo cansado, o Atlético-PR se animou e foi para cima. Natanael soltou uma bomba que assustou a torcida do Strongest. Aos 39, Crislan entrou no lugar de Paulinho Dias. O Furacão partia para o tudo ou nada. O Strongest fez sua cera. Cristaldo, que havia entrado no lugar de Soliz, caía e rolava no gramado. Escobar perde gol feito aos 47. Ainda havia uma esperança. A partida ia até os 49. Mas a festa foi da torcida do clube aniversariante, que, 20 anos depois, voltou às oitavas.
O Atlético-PR bem que tentou. Lançou Adriano no ataque desde o começo da partida. Buscava decidir nos contra-ataques aliando a velocidade de Marcelo ao faro de gol e experiência do atacante. E o Imperador, se ainda exibe má condição física, teve estrela ao empatar a partida no fim do primeiro tempo - não marcava um gol havia dois anos. Mas os gols de Manoel (contra) e de Soliz decretaram a vitória dos bolivianos, que no segundo tempo mostraram condição física muito maior.
Adriano marca
O Strongest fez valer a velha cartilha dos bolivianos em La Paz: correria na altitude de 3.600m logo no começo para cansar o adversário. O Furacão cometeu um erro ao tentar entrar no jogo dos anfitriões, ainda que explorando mais os contra-ataques. Até a metade do primeiro tempo, chegou a ter superioridade na partida. Mas depois, não fosse o goleiro Weverton e a estrela de Adriano, poderia ter saído em grande desvantagem, e não com o empate por 1 a 1.
Ainda fora de forma, Adriano volta a
marcar, depois de dois anos, mas
Furacão perde (Foto: Reuters)
Com Adriano no meio da área, centralizado, pesado, sem condição física de atuar numa partida em que o pulmão fala mais alto, a esperança recaía sobre a velocidade de Marcelo. Era dele que deveria sair o passe decisivo para o Imperador - ou Ederson - apenas escorar. E foi do camisa 7 a primeira boa jogada, quando arrancou pela direita e serviu Ederson, na meia esquerda. O camisa 9 bateu por cima. Faltava ao clube paranaense, no entanto, a boa ligação com o ataque. Mirabaje sumiu. Weverton, por várias vezes, tentava a linha direta buscando Adriano, que nas duas primeiras aparições cabeceou mal, para fora, um centro da esquerda, e foi travado pela zaga boliviana num giro para bater a gol.
Dos 25 minutos em diante, o Strongest passou a fazer a bola girar melhor do meio para as laterais. Pablo Escobar e Reynoso partiam em velocidade. Sorte do Furacão que o camisa 18 não chegou a tempo para mandar de cabeça o centro de Escobar pela esquerda. Depois, pelo mesmo lado, Reynoso serviu Chumacero, travado na hora por Cleberson. Em outra jogada, o atacante recebeu de Escobar, driblou Cleberson e bateu. Weverton, milagrosamente, tocou com a ponta dos dedos para escanteio. E, de novo, fez defesaça em novo tiro de Reynoso. Era a senha. O gol do Strongest se aproximava.
E Weverton, herói até então, se afobou na saída de gol em um escanteio. A bola voltou para a área, e Manoel, de cabeça, fez gol contra, aos 38. Parecia que o Furacão sairia da primeira etapa com uma derrota. Parecia, porque a estrela de Adriano começou a brilhar. Depois de boa cabeçada por cima do gol, o camisa 30 escorou para as redes centro na medida de Marcelo, aos 47 - mais uma vez, o camisa 7 aparecia decisivo. Delírio do Atlético-PR e do Imperador, que não marcava um gol havia mais de dois anos - seu último foi contra o Botafogo-SP, pelo Corinthians, no Paulistão, dia 25/02/12.
Segundo tempo
Adriano saiu de campo trocando camisa com seu marcador, o brasileiro Jefferson Lopez. Mas acabou aí a boa vizinhança. O Strongest voltou com tudo. O técnico MiguelÁngel Portugal mexeu logo aos 8 minutos, tirando Ederson para pôr Zezinho.
O atacante saiu insatisfeito, mas o técnico parecia adivinhar o que estava prestes a acontecer. Aos 10, Soliz avançou nas costas de Natanael e, num meio centro meio chute, fez 2 a 1, desempatando a partida.
O Furacão dava sinais de cansaço. Cleberson tropeçou, e Reynoso só não marcou porque Weverton fechou o ângulo e salvou. Adriano andava em campo, e Miguel Ángel Portugal fez outra alteração, ao trocar o apagado Mirabaje pelo garoto Marcos Guilherme. O Strongest, muito mais inteiro, perdia mais um gol - Pablo Escobar mandou para fora um passe na medida de Reynoso.
Mesmo cansado, o Atlético-PR se animou e foi para cima. Natanael soltou uma bomba que assustou a torcida do Strongest. Aos 39, Crislan entrou no lugar de Paulinho Dias. O Furacão partia para o tudo ou nada. O Strongest fez sua cera. Cristaldo, que havia entrado no lugar de Soliz, caía e rolava no gramado. Escobar perde gol feito aos 47. Ainda havia uma esperança. A partida ia até os 49. Mas a festa foi da torcida do clube aniversariante, que, 20 anos depois, voltou às oitavas.
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