Clube evita exposição do meia, dá suporte, mas relatos de vandalismo, perseguição e embriaguez incomodam a diretoria. Punição ao jogador será discutida internamente
Robert ainda está internado e sem previsão de deixar hospital (Foto: Divulgação / Fluminense FC)
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Desde o primeiro momento o Fluminense tomou ciência de tudo que envolveu o acidente e decidiu agir com mais rigor a partir do caso. Ao mesmo tempo, evitou ao máximo a exposição do problema. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado na delegacia de Rio das Ostras, Robert e mais quatro jovens causaram baderna em alguns pontos da cidade e resolveram furtar uma lixeira na orla da Costa Azul. Depois, colidiram com dois carros e atingiram um poste, na Avenida Brasil, no bairro Extensão do Bosque. A pancada foi tão forte que o poste quase desabou sobre o carro, e precisou ser substituído pela concessionária de energia.
Robert não dirigia o veículo e estava no banco traseiro, relata o boletim. Havia ainda duas garrafas de bebida dentro do carro e todos os ocupantes tinham sinais de ingestão de álcool.
A prioridade do Fluminense é a recuperação do jogador, que tem
recebido toda assistência do Tricolor. Robert está internado em um hospital da
patrocinadora do clube, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e não corre
risco de morte, conforme os boletins divulgados até aqui. No entanto, tão logo
ele se recupere providências serão tomadas. Até agora, o único a manifestar a
real posição da direção foi Renato Gaúcho. Na última sexta-feira, quando as
informações divulgadas pela imprensa não eram completas, mas de conhecimento do
clube, o técnico foi duro.
Nesta segunda-feira, a assessoria de imprensa do Fluminense
não divulgou boletim sobre o estado de saúde do jogador. Robert é de uma
família estruturada e surgiu como um dos melhores jogadores de sua geração no
Brasil. Foi campeão sul-americano sub-15 com a Seleção, disputou o
Sul-Americano sub-17 e assinou em 2012 seu primeiro contrato profissional com o
clube, com multa rescisória no valor de R$ 190 milhões. Meia ofensivo, atuou
pelos profissionais no jogo contra o Bahia, pela última rodada do Campeonato
Brasileiro de 2013.
Casos anteriores voltam à tona
Michael voltou a fazer gols pelo Flu após suspensão (André Durão / Globoesporte.com)
Os
episódios são tratados de forma distintas pelo clube, ocorreram com
atletas de perfis diferentes, mas também servem de alerta. Em 2013, o
Fluminense teve de lidar com dois casos graves envolvendo garotos do
clube. Em abril, o atacante Michael, de 20 anos, que hoje começa a se
consolidar no grupo principal, foi flagrado no exame antidoping por uso
de cocaína. Ele admitiu aos dirigentes tricolores o uso da droga,
cumpriu oito meses de suspensão e está em atividade sob condicional.
O
departamento jurídico do
Fluminense conseguiu dar condições de jogo ao atacante depois de ele ter
cumprido metade da suspensão (o total era de 16 meses). O STJD só
liberou o jogador depois que o clube comprovou que o atleta fazia exames
mensais e dava palestras contando a sua
experiência aos meninos das categorias de base do Fluminense. Para
continuar na ativa, Michael ainda precisa realizar exames mensais que
provam que ele não faz uso de qualquer substância proibida. O atacante,
que tem sido importante para o time com gols e boas atuações, reconheceu a dependência.
Gabriel Costa foi morto em 2013
(Foto: Reprodução /
Facebook Oficial)
Se
Michael e Robert têm uma segunda chance, o mesmo não ocorreu com outro
jogador da base tricolor: o volante Gabriel Costa, morto no ano passado
aos 18 anos. Sumido desde 16 de maio de 2013, ele foi assassinado. Em
setembro, a polícia prendeu os responsáveis e informou que o corpo do
jogador teria sido esquartejado e jogado em um rio
que passa atrás da favela Parque São Francisco, em Nova Iguaçu, na
Baixada
Fluminense.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2014/03/gravidade-do-caso-robert-liga-alerta-e-flu-sera-mais-rigoroso-com-jovens.html
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