quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Criciúma arranca empate no fim e aumenta crise da Portuguesa

Elton marca aos 47 do segundo tempo e mantém Tigre fora da zona da degola; Lusa estreia técnico Guto Ferreira, mas segue sem vencer

A CRÔNICA 
 
por Maria Clara Ciasca

A Portuguesa já comemorava a vitória na estreia do técnico Guto Ferreira quando, aos 47 minutos do segundo tempo, o Criciúma marcou o gol de empate e acabou com a festa no Canindé. Bruno Henrique havia aberto o placar para os donos da casa, mas Elton, aproveitando falha do goleiro Lauro, salvou os catarinenses da derrota no último lance. O resultado de 1 a 1 mantém o Tigre fora da zona do rebaixamento e aumenta a crise da Lusa.

Com oito pontos, a Portuguesa chegou a cinco partidas sem vitória, afundada na zona da degola. Na próxima rodada, o time rubro-verde tentará a recuperação no Barradão, onde enfrenta o Vitória, no domingo. O Criciúma, por sua vez, conquistou seu primeiro ponto como visitante, chegando a 11. No domingo, os catarinenses recebem o Corinthians no Heriberto Hülse.

Bruno Henrique e Sueliton jogo Portuguesa e Criciúma (Foto: Léo Pinheiro / Futura Press) 
Portuguesa e Criciúma fizeram jogo de poucas chances de gol (Foto: Léo Pinheiro / Futura Press)
 
Equilíbrio e poucas chances no primeiro tempo
Disposta a mostrar serviço ao novo comandante, a Portuguesa tratou de tomar as ações do jogo nos primeiros minutos. A equipe de Guto Ferreira abusava de jogadas pelas laterais: na esquerda, com Rogério, mas, principalmente, na direita, com Luis Ricardo, que voltava ao time rubro-verde após duas partidas afastado para tratar de uma possível transferência - que acabou frustrada. Cañete, sobrecarregado devido à ausência do suspenso Souza, não mostrava criatividade e, nas poucas vezes que tentou, acabou errando.

Depois de levar alguns sustos pelo alto, o Criciúma acertou a marcação com três volantes e finalmente entrou no jogo, a partir dos 20 minutos. E usando da mesma arma da Lusa: as jogadas pelas laterais. Rogério era presa fácil para Sueliton, enquanto Marlos levava perigo nos chutes à distância. Por duas vezes, Lauro precisou dar um tapa para escanteio. No intervalo, o goleiro rubro-verde se disse atrapalhado pelos refletores do Canindé.

Conforme o tempo ia passando e o gol não saía, a partida foi ficando mais violenta. Após falta dura cometida por Leandro Brasília, a Portuguesa teve sua melhor chance na cobrança de Correa. Valdomiro desviou de cabeça, e o goleiro Helton Leite só ficou torcendo, enquanto a bola saía tirando tinta da trave. O Criciúma, por sua vez, teve ótima oportunidade de marcar após trapalhada de Lauro, mas tanto Wellington Paulista quanto Cassiano não conseguiram completar para a rede.

Lusa marca e sofre castigo no fim
À exceção de um chute de Luis Ricardo, logo no reinício da partida, o segundo tempo começou dando sono nos espectadores. Para se ter uma ideia, a torcida da Lusa (o público pagante foi de 1.244 pessoas) só foi se agitar aos 19 minutos, quando Guto Ferreira chamou Moisés, que entrou na partida substituindo Correa. Antes disso, o técnico já havia sacado o inoperante Cañete e promovido a entrada de Jean Mota. Vadão também tentou mudar e colocou Lins e Gilson nos lugares de Cassiano e Leandro Brasília, respectivamente.

E foi a Portuguesa quem se deu melhor logo após as alterações. Depois de boa troca de passes entre Moisés e Luis Ricardo, o lateral tocou para a entrada da área, de onde Bruno Henrique soltou a bomba. A bola ainda tocou na trave antes de morrer no fundo da rede, aos 23 minutos.
Para buscar o empate, o Criciúma apostou em Daniel Carvalho, que, mesmo ainda fora de forma, até conseguiu levar perigo nos primeiros minutos em que esteve em campo. O time catarinense lutou até o fim e acabou premiado. Aos 47, após cruzamento de muito longe para a grande área, Lauro saiu mal do gol, bateu cabeça com Moisés Moura e viu Elton se antecipar para marcar o gol de empate. Festa do Criciúma, revolta da torcida da Lusa, inconformada com mais um vacilo em casa.

 
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