A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
O Pacaembu não estava lotado, nada perto daquele clima contagiante
encontrado em jogos decisivos. Mesmo assim, o Corinthians ouviu o apoio
das arquibancadas, incendiou-se e voltou a se impor dentro de sua casa
na vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio, nesta quarta-feira, pelo Campeonato
Brasileiro. Já eram três jogos sem ganhar, sem sequer fazer um gol
dentro de casa. Do outro lado, o Tricolor gaúcho passa a pensar no
Gre-Nal com maior preocupação.
A vitória leva o Corinthians aos 14 pontos, já sonhando com uma arrancada e a caça aos líderes. A noite foi bastante produtiva para o time e seu ataque. Os gols foram de Emerson e Paulo André. Com oito gols na competição, o Timão não tem mais o pior ataque (o posto agora é do Náutico, com sete).
O Grêmio permanece com 15 pontos e perde a chance de encostar nos primeiros colocados. O ataque formado por Kleber e Barcos não jogou bem, mas a equipe de Renato Gaúcho levou perigo no início do segundo tempo. A notícia mais grave é a possível perda de Zé Roberto para o clássico de domingo – ele saiu lesionado aos 19 minutos de jogo.
O Corinthians volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Criciúma, às 16h (horário de Brasília), em Santa Catarina. Na mesma data e horário, o Grêmio tem um clássico decisivo em sua Arena, contra o Internacional.
Timão interessado; Grêmio sem maestro
Tite parecia saber exatamente o que queria ao dar uma última chance ao quarteto de ataque formado por Danilo, Romarinho, Guerrero e Emerson. Com tanta gente boa no banco, casos de Renato Augusto, Douglas e Alexandre Pato, todo mundo entrou mais ligado na missão de tirar do Corinthians o incômodo posto de pior ataque do Brasileirão.
A marcação implacável e adiantada, com os atacantes quase na mesma linha dos zagueiros, não era vista há muito tempo. E com o Timão, essa tática costuma dar certo. Os erros causados pela pressão deram origem às chances de gols – com Emerson, com Guerrero, até com Ralf. Nada que ainda levasse perigo ao goleiro Dida.
Com Kleber e Barcos no ataque, o Grêmio de Renato Gaúcho sabia agredir e
dar trabalho à defesa corintiana, melhor do campeonato. O problema é
que o principal jogador da equipe saiu machucado logo aos 19 minutos:
sem Zé Roberto, o Tricolor perdeu força no meio-campo e cedeu terreno ao
Corinthians. O garoto Guilherme Biteco foi o substituto do capitão
gremista.
Com mais campo para jogar, o Timão abusou das triangulações, mostrando os movimentos quase automáticos que levaram a equipe de Tite aos grandes títulos dos últimos anos. Na jogada típica, saiu o gol. Aos 33, Romarinho rolou para Guerrero, que chutou e viu Dida rebater. Emerson pegou a sobra e não desperdiçou: 1 a 0.
O gol encerrou um jejum de mais de 300 minutos do Corinthians no Pacaembu – contando apenas jogos do Campeonato Brasileiro. Foram três partidas inteiras sem balançar as redes, contra Portuguesa, Atlético-MG e São Paulo. A torcida, claro, foi para o intervalo mais aliviada.
Paulo André encerra pressão tricolor
O Timão continuou bem, mas o segundo tempo foi mais aberto, já que o Grêmio entrou com uma proposta ofensiva em busca do empate. O esboço de pressão até deu certo, com vários sustos em uma noite insegura do goleiro Cássio – ele fez a torcida prender a respiração em algumas saídas para cortar cruzamentos na área. Uma delas resultou em bola no travessão de Riveros. Em compensação, fez boa defesa em chute de Alex Telles.
Pelo lado alvinegro, só os contra-ataques levaram perigo. E Guerrero, em fase nada boa, perdeu gols que não perderia em dezembro passado, época do Mundial de Clubes. Tite tentou mudar o panorama com as entradas de Renato Augusto e Alexandre Pato, mas as jogadas ofensivas foram cada vez mais raras.
Renato Gaúcho lançou o chileno Vargas no lugar de Biteco, mas nem o maior poder no ataque foi capaz de levar o Grêmio ao empate. Aos 35, uma cobrança de escanteio confusa decidiu o jogo: Paulo André cabeceou, a bola bateu num gremista, relou em Alexandre Pato e entrou - o gol, porém, foi mesmo creditado ao zagueiro. A vitória por 2 a 0 encerrou a pressão gremista e fez o Corinthians encontrar maior tranquilidade para a sequência da competição.
A vitória leva o Corinthians aos 14 pontos, já sonhando com uma arrancada e a caça aos líderes. A noite foi bastante produtiva para o time e seu ataque. Os gols foram de Emerson e Paulo André. Com oito gols na competição, o Timão não tem mais o pior ataque (o posto agora é do Náutico, com sete).
O Grêmio permanece com 15 pontos e perde a chance de encostar nos primeiros colocados. O ataque formado por Kleber e Barcos não jogou bem, mas a equipe de Renato Gaúcho levou perigo no início do segundo tempo. A notícia mais grave é a possível perda de Zé Roberto para o clássico de domingo – ele saiu lesionado aos 19 minutos de jogo.
O Corinthians volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Criciúma, às 16h (horário de Brasília), em Santa Catarina. Na mesma data e horário, o Grêmio tem um clássico decisivo em sua Arena, contra o Internacional.
Danilo cabeceia, observado por Pará (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Tite parecia saber exatamente o que queria ao dar uma última chance ao quarteto de ataque formado por Danilo, Romarinho, Guerrero e Emerson. Com tanta gente boa no banco, casos de Renato Augusto, Douglas e Alexandre Pato, todo mundo entrou mais ligado na missão de tirar do Corinthians o incômodo posto de pior ataque do Brasileirão.
A marcação implacável e adiantada, com os atacantes quase na mesma linha dos zagueiros, não era vista há muito tempo. E com o Timão, essa tática costuma dar certo. Os erros causados pela pressão deram origem às chances de gols – com Emerson, com Guerrero, até com Ralf. Nada que ainda levasse perigo ao goleiro Dida.
Barcos se enrola com a bola, diante de Guilherme e Igor (Foto: Marcos Ribolli)
Com mais campo para jogar, o Timão abusou das triangulações, mostrando os movimentos quase automáticos que levaram a equipe de Tite aos grandes títulos dos últimos anos. Na jogada típica, saiu o gol. Aos 33, Romarinho rolou para Guerrero, que chutou e viu Dida rebater. Emerson pegou a sobra e não desperdiçou: 1 a 0.
O gol encerrou um jejum de mais de 300 minutos do Corinthians no Pacaembu – contando apenas jogos do Campeonato Brasileiro. Foram três partidas inteiras sem balançar as redes, contra Portuguesa, Atlético-MG e São Paulo. A torcida, claro, foi para o intervalo mais aliviada.
Emerson Sheik é abraçado pelos colegas após gol (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O Timão continuou bem, mas o segundo tempo foi mais aberto, já que o Grêmio entrou com uma proposta ofensiva em busca do empate. O esboço de pressão até deu certo, com vários sustos em uma noite insegura do goleiro Cássio – ele fez a torcida prender a respiração em algumas saídas para cortar cruzamentos na área. Uma delas resultou em bola no travessão de Riveros. Em compensação, fez boa defesa em chute de Alex Telles.
Pelo lado alvinegro, só os contra-ataques levaram perigo. E Guerrero, em fase nada boa, perdeu gols que não perderia em dezembro passado, época do Mundial de Clubes. Tite tentou mudar o panorama com as entradas de Renato Augusto e Alexandre Pato, mas as jogadas ofensivas foram cada vez mais raras.
Renato Gaúcho lançou o chileno Vargas no lugar de Biteco, mas nem o maior poder no ataque foi capaz de levar o Grêmio ao empate. Aos 35, uma cobrança de escanteio confusa decidiu o jogo: Paulo André cabeceou, a bola bateu num gremista, relou em Alexandre Pato e entrou - o gol, porém, foi mesmo creditado ao zagueiro. A vitória por 2 a 0 encerrou a pressão gremista e fez o Corinthians encontrar maior tranquilidade para a sequência da competição.
Paulo André cabeceou, Pato tocou, mas o juiz deu gol para o zagueiro (Foto: Marcos Ribolli)
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