Com 18 anos de carreira no clube paraguaio, atual treinador do Decano detém dois títulos e o recorde de partidas como jogador no torneio: 113
Corre, entre torcedores e boleiros, a versão de que a Taça Libertadores
é a competição da tradição, local ideal para atletas veteranos
desfilarem a longa experiência e times consagrados fazerem pesar suas
camisas. A hipótese ganha mais força se for analisado o caso do Olimpia,
finalista da atual edição. Sem chegar à decisão do torneio há mais de
10 anos, o time paraguaio fará a final contra o Atlético-MG sob o
comando de alguém que pode ser considerado a cara da Libertadores: o
técnico Ever Hugo Almeida.
"Olê, olê, olê, olê, Ever, Ever..." é o grito da torcida para saudar o uruguaio naturalizado paraguaio cujo nome, em inglês, significa "sempre". Parece até que foi combinado. Ever é o recordista em número de jogos no torneio, tendo atuado em 16 edições, somando 113 partidas. Para se ter uma ideia do feito, o segundo atleta com mais jogos, Ántony de Ávila, jogou 94 vezes. Entre os goleiros, Rogério Ceni figura como o vice-recordista, com 82 jogos. Almeida tem espaço na história até mesmo se for para falar de goleiros-artilheiros - o uruguaio foi o primeiro arqueiro a marcar um gol em Libertadores, na edição de 1984, de pênalti, diante do Estudiantes.
Entretanto, foi uma penalidade desperdiçada que mais marcou a história de Ever Hugo Almeida. O goleiro errou uma cobrança na final da Libertadores de 1989, decidida justamente nos pênaltis.
- Foi diante do Nacional de Medellín, em Bogotá, na final da Libertadores de 1989. Higuita caiu para a direita e interceptou a bola, já que eu não consegui levantá-la, como era minha intenção - disse ao site da Conmebol.
Entre tantas participações, Almeida conseguiu chegar à final em quatro
oportunidades, levando dois títulos, em 1979 e 1990. De volta a uma
decisão, dessa vez como treinador, Ever tem a oportunidade de se juntar a
Luis Cubilla, Nery Pumpido, Juan Martín Mujica e José Omar Pastoriza ao
pequeno grupo de vencedores do torneio como jogador e técnico.
Como treinador, é considerado, taticamente, centralizador de jogadas.
- Seus times são muito verticais. Ele aposta muito na pressão na intermediária e, com a bola, é muito vertical. Quase não usa as laterais e busca o homem de área sem esperar muito. Não tem problema em jogar com chutões e nem em se defender, se assim pedir o jogo - opinou o jornalista Nico Benítez, do site "D10", sobre a parte técnica, sem deixar de destacar a importância motivadora do técnico.
Identificação com o Olimpia leva a 'mudança' de nacionalidade
Ever nasceu em Salto, no Uruguai - um mero detalhe perto da trajetória que construiu no Paraguai. O goleiro passou praticamente a carreira inteira no país, majoritariamente no Olimpia. Depois de defender os gols do Cerro (do Uruguai) e do Guarani, vestiu a camisa do Decano de 1973 até 1991, quando encerrou sua carreira. A identificação com o time de Assunção foi tamanha que o jogador se naturalizou paraguaio após dois anos no Olimpia e passou a defender a seleção do país. No clube alvinegro, conquistou o Mundial de Clubes em 1979, além de 10 títulos nacionais.
Quando parou de jogar, já aos 42 anos, Almeida continuou no Paraguai, onde realizou seus cinco primeiros trabalhos como treinador - sendo um deles a seleção paraguaia e outro, naturalmente, o Olimpia, em 1993. O carinho pelo Decano é expressado toda vez que o celular do treinador recebe uma ligação. Segundo o site da Fifa, o toque do aparelho é o tango "Soy de Olimpia", tradicional música de exaltação à equipe.
Ever é considerado um dos grandes ídolos da história do clube e, por isso, recebe homenagens das arquibancadas constantemente.
- Ele é o maior ídolo do time. Foi como jogador e agora com técnico. Por todos os títulos que ganhou, pela mística que transmite ao time e à torcida. É um homem que se fez no Olimpia. Tem um grande valor e pode ganhar a quarta Copa - opinou o jornalista Jorge Emilio Sosa, da rádio "1080 AM".
Ever é tão querido no clube que foi escolhido para fazer parte do mosaico montado contra o Santa Fé, ao lado de William Pats (fundador do clube), Osvaldo Dominguez Dibb (presidente mais vencedor) e Luis Cubilla (técnico campeão do mundo e bi da Libertadores). Se conseguir mais um título, agora como treinador, será carregado nos ombros pela torcida. É esperar para ver.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2013/07/tecnico-e-idolo-do-olimpia-ever-e-quem-mais-tem-jogos-na-libertadores.html
"Olê, olê, olê, olê, Ever, Ever..." é o grito da torcida para saudar o uruguaio naturalizado paraguaio cujo nome, em inglês, significa "sempre". Parece até que foi combinado. Ever é o recordista em número de jogos no torneio, tendo atuado em 16 edições, somando 113 partidas. Para se ter uma ideia do feito, o segundo atleta com mais jogos, Ántony de Ávila, jogou 94 vezes. Entre os goleiros, Rogério Ceni figura como o vice-recordista, com 82 jogos. Almeida tem espaço na história até mesmo se for para falar de goleiros-artilheiros - o uruguaio foi o primeiro arqueiro a marcar um gol em Libertadores, na edição de 1984, de pênalti, diante do Estudiantes.
Entretanto, foi uma penalidade desperdiçada que mais marcou a história de Ever Hugo Almeida. O goleiro errou uma cobrança na final da Libertadores de 1989, decidida justamente nos pênaltis.
- Foi diante do Nacional de Medellín, em Bogotá, na final da Libertadores de 1989. Higuita caiu para a direita e interceptou a bola, já que eu não consegui levantá-la, como era minha intenção - disse ao site da Conmebol.
Reverenciado pela torcida, Ever Hugo Almeida, ídolo do Olimpia, fez 113 partidas na Libertadores (Foto: AFP)
Como treinador, é considerado, taticamente, centralizador de jogadas.
- Seus times são muito verticais. Ele aposta muito na pressão na intermediária e, com a bola, é muito vertical. Quase não usa as laterais e busca o homem de área sem esperar muito. Não tem problema em jogar com chutões e nem em se defender, se assim pedir o jogo - opinou o jornalista Nico Benítez, do site "D10", sobre a parte técnica, sem deixar de destacar a importância motivadora do técnico.
Identificação com o Olimpia leva a 'mudança' de nacionalidade
Ever nasceu em Salto, no Uruguai - um mero detalhe perto da trajetória que construiu no Paraguai. O goleiro passou praticamente a carreira inteira no país, majoritariamente no Olimpia. Depois de defender os gols do Cerro (do Uruguai) e do Guarani, vestiu a camisa do Decano de 1973 até 1991, quando encerrou sua carreira. A identificação com o time de Assunção foi tamanha que o jogador se naturalizou paraguaio após dois anos no Olimpia e passou a defender a seleção do país. No clube alvinegro, conquistou o Mundial de Clubes em 1979, além de 10 títulos nacionais.
Quando parou de jogar, já aos 42 anos, Almeida continuou no Paraguai, onde realizou seus cinco primeiros trabalhos como treinador - sendo um deles a seleção paraguaia e outro, naturalmente, o Olimpia, em 1993. O carinho pelo Decano é expressado toda vez que o celular do treinador recebe uma ligação. Segundo o site da Fifa, o toque do aparelho é o tango "Soy de Olimpia", tradicional música de exaltação à equipe.
Bicampeão pela Libertadores como jogador, Ever Hugo Almeida tem o respeito dos jogadores (Foto: EFE)
- Ele é o maior ídolo do time. Foi como jogador e agora com técnico. Por todos os títulos que ganhou, pela mística que transmite ao time e à torcida. É um homem que se fez no Olimpia. Tem um grande valor e pode ganhar a quarta Copa - opinou o jornalista Jorge Emilio Sosa, da rádio "1080 AM".
Ever é tão querido no clube que foi escolhido para fazer parte do mosaico montado contra o Santa Fé, ao lado de William Pats (fundador do clube), Osvaldo Dominguez Dibb (presidente mais vencedor) e Luis Cubilla (técnico campeão do mundo e bi da Libertadores). Se conseguir mais um título, agora como treinador, será carregado nos ombros pela torcida. É esperar para ver.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2013/07/tecnico-e-idolo-do-olimpia-ever-e-quem-mais-tem-jogos-na-libertadores.html
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