Após começo apagado, meia argentino começa a se soltar na Vila Belmiro, elogia ambiente no clube e vê seu futebol crescer nas últimas partidas
O meia Montillo, em treino no CT do Santos (Foto: Ivan Storti / Divulgação Santos FC)
Destaque nas vitórias contra São Paulo e Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro, e no empate diante do Crac, pela Copa do Brasil, Montillo parece cada vez mais em casa com a camisa branca do Santos. Os quatro gols nas 24 partidas são só um esboço do que argentino pode fazer pelo alvinegro, talvez mais do que fez pelo time azul de Minas, onde foi campeão mineiro e acabou eleito o melhor meia direita do Campeonato Brasileiro.
- Santos é uma cidade boa para morar. Consegui me adaptar rápido - comemora o jogador, cuja principal preocupação era o filho caçula, Santino, que tem Síndrome de Down - e em 2011 passou por uma cirurgia de emergência no coração - e necessita de cuidados especiais.
Santino, Valentin - primogênito - e Melina - a companheira - foram responsáveis pelo renascimento de Montillo com a camisa do Peixe, depois de um início discreto e sem gols. Com o filho mais velho, inclusive, já bateu bola no CT Rei Pelé, onde o elenco santista treina pensando em repetir as façanhas de Zito, Pelé, Pepe, Coutinho e o restante daquela turma que ganhou tudo nos anos 50 e 60.
- O clima no vestiário do Santos é muito bom. Aqui não tem sacanagem - diz o camisa 10.
A pressão e o protagonismo pós-Neymar
Com a condição de contratação mais cara da história do Peixe, Montillo deveria ter chegado e, de cara, mostrado todo o futebol que encantou a torcida do Santos. Mas a adaptação e, principalmente, a presença de Neymar, parecem ter inibido o argentino. Justo Neymar, que tanto lobby fez pela sua contratação. Justo Neymar, que logo após a sua estreia - vitória por 4 a 0 em amistoso com o Barueri -, o rebatizara de "Monti".
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A transferência de Neymar para o Barcelona, porém, elevaram Montillo ao
posto de principal referência técnica dentro do alvinegro. Ele, que no
primeiro treino no novo clube havia dito que "voltava a ser menino" e
que, dias depois, se disse honrado por vestir a 10 de Pelé, mas que
sempre recusou o rótulo de "substituto de Ganso", resolveu concentrar em
si a responsabilidade de carregar o Santos, devidamente resguardado
pelas boas atuações de jovens como Leandrinho e Neilton e de "macacos
velhos" como Edu Dracena, Léo e Cícero.Os 'parças' argentinos
Melina, Valentin - que é a cara do pai! - e Santino não foram os únicos a deixar o argentino se sentindo em casa na Baixada Santista. Embora Neymar tenha feito questão, como bom anfitrião, de receber bem o novo camisa 10, foram seus conterrâneos que providenciaram tudo para que ele se sentisse à vontade vestindo preto e branco.
- Tento me relacionar com todo mundo. Mas tenho uma amizade maior com os outros argentinos do elenco (Patito Rodriguez e Miralles), por serem do mesmo país que eu - conta.
A amizade com Patito sempre ficou mais evidente - talvez porque o meia-atacante de 23 anos use as redes sociais tanto ou mais que Neymar: em pouco mais de um semestre juntos como companheiros de clubes, diversas vezes o ex-jogador do Independiente publicou fotos de churrascos, visitas e brincadeiras com os filhos de Montillo. Nos próximos dias, porém, a dupla deve se separar: Patito foi liberado pela comissão técnica santista e deve acertar com o Atlante, do México. O torcedor do Peixe só deseja uma coisa: que Monti não se separe nunca mais do bom futebol.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2013/07/enfim-adaptado-ao-santos-montillo-diz-aqui-nao-tem-sacanagem.html
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