futebol internacional
Chamado de 'Deigo Suaza' em 'chegada de Pelé' no aeroporto, meia do Al Ittihad sofre para se comunicar. Só é fácil quando fala com vascaínos...
Ao desembarcar no aeroporto de Jeddah sob festa monumental, há pouco mais de um mês, Diego Souza
percebeu o quanto uma estrela do futebol brasileiro pode viver os seus
momentos de Pelé na Arábia Saudita. Conhecido pelos torcedores por seus
belos gols - acessíveis a qualquer um com internet -, ele também viu que
a fama não foi o suficiente para evitar uma pequena gafe. No meio da
multidão, Diego virou "Deigo Suaza" em um cartaz, num erro que ilustra a
dificuldade dos árabes com a nossa língua. Para o jogador do Al Ittihad
e tantos outros brasileiros que por lá se aventuram, o sentimento é
recíproco.
Morando em um condomínio dedicado a estrangeiros - logo, com menos
burocracias -, Diego aguarda a chegada da esposa Luciana e dos filhos
David e Manuela ainda nesta semana. Ao lado do pai Marco Aurélio, ele
tenta se virar como pode, já que o inglês tampouco é solução. Por
enquanto, comunicar-se só com a ajuda do tradutor (o técnico do time é o
espanhol Raúl Caneda). Ou na base da mímica, principalmente para
auxiliar as danças nas comemorações dos gols, como no "Trem Bala da
Colina".
- Pelo menos eles gostam de dançar bastante aqui, até pela cultura. Estão na fase agora do "Ai Se Eu Te Pego". Não sou muito fã, não, e na época do Vasco era o Fellipe Bastos que comandava.
Vasco via Skype
Para Diego, porém, as coisas ficam muito mais fáceis quando toca o
celular e a chamada vem direto do Rio de Janeiro, mais precisamente do
vestiário do Vasco em São Januário. Não são poucos do outro lado da
linha para colocar o papo em dia.
- Alecsandro, Rodolfo, Eduardo Costa, Carlos Alberto, Dedé, Fellipe Bastos... Ainda falo com todos com os caras lá. São 6h de diferença no fuso, às vezes eles estão no treino e eu em casa e me chamam para conversar no skype. É difícil em um ano e meio construir grandes amizades. Tive esse privilégio.
A relação com o Vasco vai além da amizade. Na Arábia, Diego tenta na medida do possível assistir aos jogos e torcer pelo clube que o acolheu desde 2011. Não é das tarefas mais fáceis, ainda mais na recente fase: nos últimos seis jogos
o time cruz-maltino acumulou uma vitória, um empate e quatro derrotas. Ele sabe que faz falta.
- Até hoje eu sofro. Coloco na internet, TV Online, no Globoesporte.com. Como a comunicação é mais fácil eu fico sabendo rápido. O time caiu de rendimento nesse fim de turno e início de returno, mas conseguimos uma vitória importante contra a Portuguesa. Se tudo der certo o Vasco seguirá brigando pelo título.
SAIBA MAIS: Vasco tenta desbloquear quase R$ 6 milhões da venda de Diego Souza
Paixão árabe
Com a camisa 10 do Al Ittihad, Diego Souza já fez gol e também distribuiu assistências. As atuações têm empolgado a torcida que, segundo o próprio, tem lotado até treinamentos - quando abertos, é claro.
- Aqui eles são apaixonados por futebol, fissurados mesmo, amam o clube
de maneira incrível. Vão a todos os jogos, o treino está sempre cheio.
Alguns são liberados e enchem bastante. É totalmente diferente dos
Emirados, onde não tem muito público. Lá eles vão mais a jogo. Aqui é
bem parecido com o Brasil, a torcida canta muito.
O fato de a atmosfera lembrar sua casa não diminui a saudade. Diego ainda sente falta do feijão, da família, da rotina...
- Você abandona a maioria das coisas, tem que abrir mão. Sou do Rio de Janeiro, estou sem minha mãe, minha filha que completou 7 meses no dia 1º e não a vejo desde que viajei. Quando a família estiver aqui tudo vai se normalizar e ficar mais tranquilo. Agora fico na ansiedade. Aqui tem praia, shopping, um restaurante que dizem que é brasileiro (risos). Estou esperando o feijão, macarrão... Vivo num lugar para estrangeiros, mas tenho ficado mais em casa mesmo - contou o jogador, que ainda tem três anos de contrato com o Al Ittihad.
Até lá, Diego espera já ter aprendido a língua local e recebido alguns agrados pelo seu desempenho.
- Ganhar presente é sempre bom. Seria bem-vindo (risos).
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/09/mudinho-na-arabia-diego-souza-curte-vida-nova-sem-esquecer-vasco.html
Diego Souza em sua apresentação no Al Ittihad: gestos para driblar a língua (Foto: Reprodução / Site Oficial)
Brasil Mundial FC
- Estou tranquilo, conseguindo me adaptar, mas a cultura é totalmente
diferente. A dificuldade para falar e se comunicar é imensa. Falo muito
pouco o inglês. Eles, quase nada. E aí tem que falar árabe. O tradutor
do clube me ajuda um pouco nisso, mas é espanhol por conta do treinador. Escrever, então, é pior: escrevem da direita para a esquerda, é ao
contrário. É complicado até para explicar o caminho para o meu
motorista. Tenho internet no celular, mas ele não entende o tradutor.
Falam muito rápido e não param nunca (risos).- Pelo menos eles gostam de dançar bastante aqui, até pela cultura. Estão na fase agora do "Ai Se Eu Te Pego". Não sou muito fã, não, e na época do Vasco era o Fellipe Bastos que comandava.
Vasco via Skype
Alecsandro é um dos grandes amigos de Diego
Souza no Vasco (Marcos Alves / Agência O Globo)
Souza no Vasco (Marcos Alves / Agência O Globo)
- Alecsandro, Rodolfo, Eduardo Costa, Carlos Alberto, Dedé, Fellipe Bastos... Ainda falo com todos com os caras lá. São 6h de diferença no fuso, às vezes eles estão no treino e eu em casa e me chamam para conversar no skype. É difícil em um ano e meio construir grandes amizades. Tive esse privilégio.
A relação com o Vasco vai além da amizade. Na Arábia, Diego tenta na medida do possível assistir aos jogos e torcer pelo clube que o acolheu desde 2011. Não é das tarefas mais fáceis, ainda mais na recente fase: nos últimos seis jogos
o time cruz-maltino acumulou uma vitória, um empate e quatro derrotas. Ele sabe que faz falta.
- Até hoje eu sofro. Coloco na internet, TV Online, no Globoesporte.com. Como a comunicação é mais fácil eu fico sabendo rápido. O time caiu de rendimento nesse fim de turno e início de returno, mas conseguimos uma vitória importante contra a Portuguesa. Se tudo der certo o Vasco seguirá brigando pelo título.
SAIBA MAIS: Vasco tenta desbloquear quase R$ 6 milhões da venda de Diego Souza
Cartazes no aeroporto chamam Diego Souza de 'Deigo Suaza' (Foto: Reprodução / Twitter)
Com a camisa 10 do Al Ittihad, Diego Souza já fez gol e também distribuiu assistências. As atuações têm empolgado a torcida que, segundo o próprio, tem lotado até treinamentos - quando abertos, é claro.
Diego Souza com novos amigos em Jeddah
(Foto: Reprodução / Twitter)
(Foto: Reprodução / Twitter)
O fato de a atmosfera lembrar sua casa não diminui a saudade. Diego ainda sente falta do feijão, da família, da rotina...
- Você abandona a maioria das coisas, tem que abrir mão. Sou do Rio de Janeiro, estou sem minha mãe, minha filha que completou 7 meses no dia 1º e não a vejo desde que viajei. Quando a família estiver aqui tudo vai se normalizar e ficar mais tranquilo. Agora fico na ansiedade. Aqui tem praia, shopping, um restaurante que dizem que é brasileiro (risos). Estou esperando o feijão, macarrão... Vivo num lugar para estrangeiros, mas tenho ficado mais em casa mesmo - contou o jogador, que ainda tem três anos de contrato com o Al Ittihad.
Até lá, Diego espera já ter aprendido a língua local e recebido alguns agrados pelo seu desempenho.
- Ganhar presente é sempre bom. Seria bem-vindo (risos).
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2012/09/mudinho-na-arabia-diego-souza-curte-vida-nova-sem-esquecer-vasco.html
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