quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Paes garante pagamento de FGTS a ex-operários de arenas nesta seman


Durante apresentação da Arena Carioca 1, prefeito garante acordo com ex-operários e diz que não haverá custo extra: "Não vou ficar batendo boca com empreiteiras"




Por
Rio de Janeiro



Eduardo Paes, hortência, janeth, marcel, arena carioca 1, rio 2016  (Foto: Beth Santos)
Eduardo Paes discursa na inauguração 
da Arena Carioca 1, no Parque 
Olímpico do Rio 2016 (Foto: Beth Santos)


Após a Prefeitura do Rio notificar a construtora Ibeg por atrasos nas obras dos centros de tênis e hipismo para as Olimpíadas, em meio a protestos de ex-operários que não foram pagos, Eduardo Paes garantiu na tarde desta terça-feira que o município pagará o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores. Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, o dinheiro será reposto na prestação de contas com a Iberg, descontando o que foi pago pelos cofres do município.

- Acho que o Parque Olímpico não é mais um motivo de preocupação. E Deodoro também não. Em Deodoro, você tem, claramente, um problema oficial, burocrático. A gente está notificando a empresa que está fazendo Deodoro Sul, que é a parte equestre. A gente já teve evento-teste ali, temos pouca coisa para finalizar. Temos outra empresa fazendo os prédios, que é a vila dos tratadores, que era o mais complicado. Está indo muito bem. Então, não é motivo de preocupação. Tem o embate jurídico com essa empresa, a Ibeg, que inclusive apresentou problema essa semana. A Prefeitura fez um acordo hoje (terça-feira) com o Sindicato (da Indústria da Construção Civil). Nós vamos respeitar os trabalhadores e pagar o Fundo de Garantia deles até o fim dessa semana. Depois, descontar da empresa por não ter pago o Fundo de Garantia dos trabalhadores - explicou Paes, durante apresentação da Arena Carioca 1, que receberá evento-teste de basquete de sexta até domingo.

Saiba como estão as obras do Centro de Tênis e do Centro de Hipismo

Sem dinheiro, a construtora Ibeg Engenharia não pagou o último salário, nem a rescisão de contrato e o prêmio por assiduidade dos operários dispensados da primeira construção. A empresa lidera o consórcio ITD, junto com a Tangram e a Damiani, na na obra do Centro de Tênis, no Parque Olímpico na Barra da Tijuca, e opera sozinha na reforma do hipismo, em Deodoro.  Na última segunda-feira, operários do Centro de Tênis voltaram a fechar o trânsito na Avenida Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

- A gente fez esse acordo com os trabalhadores, eles se dedicaram ao estádio de tênis. Estavam tomando um cano da construtora. O que estava me preocupando era isso. Mas consegui resolver isso hoje (terça) pela manhã. Para atender os trabalhadores de forma digna. Não vou ficar batendo boca com empreiteiras. Não é um custo a mais (para a Prefeitura). Você tem coisas a pagar e, dali, obviamente, você vai deixar de pagar. Vai descontar dos próximos pagamentos. Notificamos a empresa para que ela retome o trabalho. Não sei como ficará (de forma burocrática mesmo). Falta pouca coisa. De tênis, falta a arquibancada provisória. Em Deodoro, a mesma coisa. As duas já tiveram evento-teste - completou Eduardo Paes.

Centro de Hipismo Deodoro (Foto: André Motta/Brasil2016.gov.br)
Centro de Hipismo de Deodoro (Foto: 
André Motta/Brasil2016.gov.br)


As duas instalações já receberam eventos-testes para os Jogos mesmo sem ter as obras concluídas. Ambas contam com recursos do governo federal da Caixa Econômica Federal e execução da Prefeitura do Rio. A reforma do Centro de Hipismo, orçada em 157,1 milhões, deveria ter sido concluída no mês passado. O Centro de Tênis tinha como prazo de conclusão setembro do ano passado e o evento-teste foi feito apenas com a quadra central. Com 90% concluída na virada do ano, custa, até agora, R$ 201 milhões, após dois aditivos, fora o da inflação. Mudanças do projeto original motivaram os aditivos, bancados pela prefeitura após o governo federal se negar a pagar. Outro problema enfrentado pela obra foi a paralisação em abril do ano passado por dez dias pelo Ministério do Trabalho, por falta de segurança dos operários. A cobertura da quadra central, que ficaria sobre todos os assentos, ficou restrita apenas aonde ficará a família olímpica (dirigentes e convidados do COI).

Para que o Centro de Hipismo fosse preparado para o evento-teste, em agosto, operários do Centro de Tênis precisaram ser deslocados para reforçar o trabalho em Deodoro.


FONTE
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/01/paes-garante-pagamento-de-fgts-ex-operarios-de-arenas-nesta-semana.html

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