sábado, 20 de junho de 2015

Após triunfo com dois a menos, Mancini diz: “Ponto alto foi a entrega”

Vitória faz dois gols em dois minutos e quebra a invencibilidade do ABC como visitante



Por
Salvador

 

Em dois minutos, o Vitória marcou duas vezes e definiu o triunfo sobre o ABC, na tarde deste sábado, no Barradão, em partida válida pela 8ª rodada da Série B – Pedro Ken e Rogério marcaram na primeira etapa. Mas o jogo não foi fácil para os donos da casa. Com Amaral e Ramon expulsos, o Leão terminou com dois jogadores a menos e ainda viu Fernando Miguel defender cobrança de pênalti de Kayke, atacante do time potiguar. 

Por tudo isso, Vagner Mancini acredita que a entrega dos jogadores fez a diferença no jogo. Após a partida, ele concedeu entrevista coletiva e elogiou o time, além de destacar a boa postura defensiva.


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- O Vitória acabou fazendo um jogo hoje bem diferente do que normalmente acontece. Teve uma expulsão no primeiro tempo e outra no segundo, que fez com que defendêssemos 15, 20 minutos, com dois a menos. Mas, por outro lado, essa vitória tem o ponto alto com a entrega dos atletas. E mostrou outro lado, que a equipe com nove não tomou gols, o que não vinha acontecendo. Isso tudo a gente faz questão de dizer aos atletas. Foi em função da entrega dos atletas que tudo isso pôde ser visto no Barradão hoje – diz o treinador. 

Mancini também destacou que, mesmo com dois jogadores a menos, o Vitória conseguiu segurar a bola no campo de ataque nos seis minutos de acréscimos da etapa final.

- Uma coisa interessante da equipe com nove, é que seguramos por seis minutos, o tempo extra, a bola no ataque. Nosso time já estava exausto, vários atletas se arrastando em campo pela dificuldade de segurar o ABC, e, felizmente, a gente viu time ainda raciocinando, mesmo após o cansaço. E segurou a bola por seis minutos finais no campo. Hoje foi a mostra desse Vitória que tem que jogar dentro do Barradão e também fora, de forma muito efetiva, que mostra ao torcedor a intensidade que queremos dentro das partidas – afirma.  

Após vencer e alcançar a 3ª posição, com 16 pontos, o Vitória volta a campo na terça-feira, pela 9ª rodada da Série B. Os baianos vão até Belém para enfrentar o Paysandu, no Mangueirão.


AMARAL
- Sobre Amaral, ele acabou levando amarelo muito cedo. Na hora, ainda pensei e passei a informação de que ele tinha que tomar cuidado. Mexer em atletas que vinham bem era perder a chance de substituir em um momento fatal do jogo. Mas não deu tempo. O que pedi foi que, no início do jogo após a expulsão, fosse feita duas linhas de quatro e, após a expulsão do segundo jogar, nós mantivéssemos a segunda linha de quatro sem ninguém à frente. Curiosamente, foi exatamente uma função que Elton faria. Após a saída do Escudero, era para o Elton jogar do lado esquerdo. Dentro de campo, Elton acabou não indo e, mesmo assim, a equipe se portou bem.


COMO CHAMAR O TORCEDOR?
- Fazer o que fizeram em campo. Independente de ter vencido a partida, de ter sido superior quando tínhamos 11, é mostrar para o torcedor que você ama essa camisa, que, se tiver que suar sangue, vamos suar. O que o torcedor espera é o reconhecimento, primeiro, com a instituição, que ele acha que é o manto sagrado. Nós temos que comprar essa ideia. Se você tem um time determinado e que não se entrega... Hoje chamou a atenção do torcedor que, mesmo tendo dificuldade de chegar, o atleta ia até o fim e voltava rápido, e era chamado pelos outros. Isso acaba identificando. No vestiário, disse a eles: “Fizemos uma grande partida, recuperamos algumas coisas, valores, mas há necessidade de mais. Isso foi o início de uma fase que queremos manter no Vitória”.



CHEIO DE ORGULHO
- Estou muito satisfeito, orgulhoso do que da minha equipe, do que vi do torcedor. Aqui dou meu abraço a todos, porque jogaram junto com o time. Inicia-se uma nova fase. Espero que nosso saldo seja sempre muito superior de vitórias. O futebol, muitas vezes, guarda coisas que a gente não quer ver. Hoje saio satisfeito com a bela atuação do Vitória.


 PRESSÃO DO ABC
- Na verdade, nós até chutamos nos últimos minutos. O que eu pedi aos atletas é que, na nossa volta para o segundo tempo, nossa primeira linha de zaga não se afastasse demais. Porque, senão, o outro time toma conta, roda a bola de um lado para o outro, desgasta, o tempo passa e você sofre o gol. No início do segundo tempo, ainda se viu isso. Depois de 20 minutos, nossa dupla de zaga adiantou a marcação e a primeira linha, e aí facilitou-se um pouco. Mas é necessário dizer que tenho Escudero, Pedro Ken, Flavio, Eltno, que não são jogadores de velocidade e que sofrem muito mais quando têm que defender e atacar. Aquela força que o atleta tem para atacar, ele tem que usar para marcar. Então há muito desgaste. Nas substituições, tentei fazer por atletas de velocidade. E a terceira seria a entrada do David e não do Ednei, para que a gente tivesse exatamente isso. Não somente marcasse, mas agredisse também o ABC.


FONTE:
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