segunda-feira, 16 de março de 2015

Para Nasr, boa estreia afasta rótulo de piloto pagante: "Foi uma boa resposta"

Para brasileiro, 5º lugar em sua estreia foi resposta para quem desconfiava que ele havia chegado na categoria apenas em razão do dinheiro dos patrocinadores


Por
Direto de Melbourne, Austrália

 

Agora piloto de Fórmula 1, Felipe Nasr tem um retrospecto de respeito nas categorias de base. Além de diversos títulos no kart, foi campeão da F-BMW europeia em 2009 e da até então renomada F-3 inglesa em 2011. Na GP2, no entanto, apesar de não ter conseguido repetir o mesmo sucesso, disputou a taça até o fim nos últimos anos. 

Felipe Nasr no GP da Austrália (Foto: EFE)Felipe Nasr no GP da Austrália (Foto: EFE)


E mesmo com um currículo de respeito, para chegar à categoria ápice do automobilismo mundial, o brasiliense de 22 anos precisou contar também com a ajuda do aporte financeiro de um de seus patrocinadores, que injetou dinheiro na Sauber. Tal suporte, juntamente com a grande exposição da marca da empresa na pintura do carro, fizeram muitos tacharem o brasileiro com o pejorativo rótulo de “piloto pagante”. Status que Nasr faz questão de rechaçar. E para o jovem piloto, a impressionante performance no GP da Austrália, que lhe rendeu o 5º lugar em sua estreia na F-1, foi uma boa resposta para quem ainda desconfia que ele não esteja na categoria por méritos próprios.

- Com certeza foi uma boa resposta. Mas eu sempre trabalhei para isso, para mostrar os resultados na pista. Não sou um cara que fica dando desculpas. Não sei de onde veio esse rótulo de piloto pagante. Sempre tive pessoas investindo em minha carreira, desde o começo. Nunca precisei colocar qualquer dinheiro da minha família na minha carreira, nunca. Minha família nunca teve dinheiro para isso. Quando eu tinha 16, 17 anos eu já recebia salário para correr. Não sei de onde tiraram que eu era um piloto pagante. Qual é o problema de eu ter um patrocinador no meu carro? É estranho ver as pessoas falarem isso. Eu admiro muito meus apoiadores. Porque sem eles, eu não estaria aqui hoje – desabafou.


Felipe Nasr GP da Austrália 2015 Sauber (Foto: Divulgação)
Felipe Nasr no fim de semana do GP da 
Austrália (Foto: Divulgação)


Nasr é gerenciado pelo respeitado Steve Robertson, também agente de Kimi Raikkonen. O brasileiro fez questão de destacar o empresário, que o descobriu em 2009:

- Não posso esquecer que o Steve Robinson foi o cara que investiu pessoalmente na minha carreira. Ele investiu no Kimi e também em mim por conta própria. Por isso não precisei colocar um centavo do meu bolso para investir.


Steve Robertson parabeniza Kimi Raikkonen pelo título mundial em 2007 (Foto: Getty Images)
Nasr tem carreira gerenciada por Steve Robertson, 
mesmo agente de Kimi Raikkonen 
(Foto: Getty Images)


Ex-integrante do programa de pilotos da RBR, Nasr deixou a academia em 2009 após discordâncias de ideias entre seu staff e a companhia de energéticos. Hoje, o piloto, rodeado de empresas o apoiando, garante não estar nem um pouco arrependido da escolha:

- Qual a diferença de ser apoiado pela RBR e eles pagarem para você correr e ter um patrocinador que quer ficar com você? Prefiro mil vezes ter diversos patrocinadores que querem ficar comigo do que ter só um. Por isso sou feliz de trabalhar com diversas companhia, especialmente as brasileiras. 


Felipe Nasr em ação pela F-BMW em Spa-Francorchamps. Brasileiro fez parte do programa da RBR (Foto: Divulgação / Site Oficial)
Nasr em ação pela F-BMW em Spa. Brasileiro 
fez parte do programa da RBR (Foto: 
Divulgação / Site Oficial)


FONTE:

Nenhum comentário: