terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nota do Fluminense acaba com clima de cordialidade no arbitral da Ferj

Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, revela que reunião se encaminhava tranquila, até leitura do manifesto tricolor. Representante do Flu evita perguntas


Por
Rio de Janeiro


Antonio Carlos Mantuano e Carlos Eduardo Pereira (Foto: Vicente Seda)Carlos Eduardo Pereira e Mantuano representam o Botafogo na reunião
(Foto: Vicente Seda)


A nota oficial divulgada pelo Fluminense não repercutiu bem no arbitral da Federação de Futebol do Rio de Janeiro. A reunião, que discutia novamente a questão dos ingressos seguia em clima cordial, com cada clube defendendo sua posição, até a leitura do manifesto tricolor. Segundo Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, a "nota não foi feliz."

- Essa nota não repercutiu bem, surpreendeu até o próprio representante do Fluminense. A nota não foi feliz. Tentaram inclusive ridicularizar alguns campeonatos, inclusive um que foi ganho pelo Botafogo em 90, e nos manifestamos contra.

Ainda segundo o mandatário alvinegro, o saldo da reunião foi positivo e esclareceu que o campeonato terá ingressos com valor inteiro, meia-entrada e valor promocional.

- A reunião foi positiva. Foram esclarecidas as dúvidas sobre ingresso promocional. Vamos o iniciar o estadual dentro do previsto, no sábado. Não muda nada até porque as decisões tomadas foram em arbitral e só poderiam ser mudadas pelo próprio arbitral, com unanimidade.

Apenas o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, não esteve presente na reunião, e o Tricolor foi representado pelo vice jurídico Carlos Eduardo Cardoso. Os presidentes Eurico Miranda, Eduardo Bandeira de Mello (que esteve acompanhado do diretor jurídico de futebol Michel Asseff Filho e do diretor executivo Fred Luz) e Carlos Eduardo Pereira (em conjunto com o futebol Antonio Carlos Mantuano) representam Vasco, Flamengo e Botafogo, respectivamente.

Ao deixar o arbitral, Carlos Eduardo Cardoso, representante do Fluminense, fez um breve pronunciamento e não respondeu à perguntas.

- O Fluminense vai acatar as determinações do conselho arbitral. Sobre as questões de preço e consórcio, a nota já diz a posição do clube - encerrou.

Em meio à reunião, o Fluminense divulgou uma nota em seu site oficial ironizando a decisão da Ferj de tirar o jogo de estreia do clube do Maracanã, marcado para domingo, contra o Friburguense. A princípio, a nota estava assinada pelo Tricolor, pelo Flamengo e o Maracanã. 
Horas mais tardes, o nome do estádio e do Rubro-Negro foram retirados da assinatura. Além de repudiar as acusações recebidas, o clube foi firme nas críticas, citando até o ilustre torcedor Chico Buarque.

- Embora a Federação pretenda instaurar o Ato Institucional número 5 no futebol carioca, não será o Fluminense Football Club o “subversivo” desta competição. Não é e nunca será este o nosso papel. Ao Fluminense sempre coube a vanguarda, no melhor sentido da palavra. 
Lembremos Chico Buarque: “Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão” - dizia parte da nota divulgada pelo clube.

Eduardo Bandeira de Mello e Carlos Eduardo Cardoso (Foto: Vicente Seda)
Eduardo Bandeira de Mello conversa com o 
vice jurídico do Flu, Carlos Eduardo 
Cardoso (Foto: Vicente Seda)


A decisão da federação de baratear o preço dos ingressos para o Carioca causou um racha entre os times. De um lado, Vasco, Botafogo e mais 12 clubes pequenos. Do outro, Flamengo, Fluminense - mais o Consórcio Maracanã.   

Após o primeiro arbitral de clubes definir que os ingressos iriam variar entre R$ 5 - para jogos entre clubes pequenos - e R$ 50 - em clássicos, na entrada mais cara -, a dupla Fla-Flu reagiu e entrou com recurso na Ferj. A proposta havia sido feita por Eurico Miranda, presidente do Vasco, e desagradou os rivais por, segundo discurso de flamenguistas e tricolores, trazer prejuízos econômicos para suas partidas, principalmente em função dos programas de sócio-torcedor.


FONTE:
http://glo.bo/1Cw9cQg

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