Técnico do Bahia diz que time não foi competente para bater Chapecoense, apesar de ter um jogador a mais em campo, e pede tranquilidade para retomar as vitórias
O Bahia não teve um domingo positivo. Nesta tarde, na Arena Fonte Nova, o Tricolor foi derrotado pela Chapecoense por 1 a 0, mesmo com um jogador a mais em campo (assista aos melhores momentos no vídeo acimao). A equipe baiana começou a partida apagada, com um meio de campo lento e sem criatividade. Apenas na segunda etapa, depois que Tiago Luis foi expulso, o Esquadrão ameaçou o adversário. Ainda assim, o resultado não veio.
-
Foi um jogo difícil. A gente conversou na sexta-feira. A Chapecoense é uma
equipe que marca forte, espera o erro. Falei isso para eles, que era importante
sair na frente, porque eles [a Chapecoense] se fecham muito bem. E foi o que
aconteceu. Trabalhamos com dois meias no primeiro tempo. O time deles jogou
mais. Até que não levava perigo... Mas tomamos um gol, tínhamos totais
condições de diminuir o ângulo da bola. Agora temos que tranquilizar. Estávamos
perdendo no meio de campo. Tivemos um homem a mais, e a Chapecoense foi melhor.
Tentamos afunilar, encurralamos, mas não fomos competentes. O futebol é eficiência,
tivemos mais posse de bola, mais cruzamentos, mais finalizações... Mas o
futebol passa pela competência, e não fomos [competentes]. A Chapecoense foi
competente. O resultado é ruim para nós, era um jogo-chave. Vamos ter que
recuperar lá fora – avaliou o técnico Gilson Kleina após o duelo.
Com
dois meses de salários do elenco atrasados, o treinador comentou a situação
delicada por que passa o clube fora dos gramados. Kleina admitiu que a
complicação financeira pode atrapalhar o rendimento em campo, mas garantiu
foco. O técnico destacou que confia na diretoria para que o problema seja
sanado em breve.
"Era um jogo-chave", lamenta técnico do Bahia (Foto: Eric Luis Carvalho)
-
No futebol, você resolve fazendo resultado. Isso que estou passando para eles. Mas
também não vou ser demagogo e dizer que cada situação não mexe com nosso emocional.
Todos nós sabemos a situação. Temos que administrar. Acredito muito nas pessoas
que estão resolvendo a situação. Mas também é inegável: depois dessa reunião, só
se fala nisso. Estamos administrando da melhor maneira possível. Tentamos colocar
para as famílias que as coisas vão acontecer. É ter tranquilidade para voltar às
vitórias. Muitos clubes estão passando por essa situação. Espero que nossos
problemas a gente possa solucionar. Só conseguindo o resultado vamos pegar mais
força. Estou administrando a cabeça deles, para correr pelo Bahia, deixar o Bahia
na Primeira Divisão. É importante a parte financeira, mas quem está dentro do
jogo foca só no objetivo da vitória – disse o comandante.
O
atraso nos salários do Bahia veio à tona na última terça-feira, quando um grupo
de jogadores se reuniu com a diretoria para fazer cobranças. Na ocasião, a
diretoria de futebol deu prazo de cerca de 20 dias para que o problema fosse
resolvido. Na última sexta-feira, o clube pagou algumas premiações que estavam
atrasadas.
Confira
outros trechos da entrevista coletiva de Gilson Kleina
oportunidades para jogadores que estão no banco
avaliação do jogo e atuação do meio de campo
Nenhum comentário:
Postar um comentário