segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Dal Pozzo vê Criciúma “equilibrado” para voltar a vencer em casa

Treinador acredita que equipe reflete sua postura, “sem céu e nem inferno”, para voltar a jogar bem e vencer o Santos por 3 a 0, no Heriberto Hülse


Por Criciúma, SC



Uma atuação impecável do atacante Lucca, do zagueiro Joílson, do volante Rodrigo Souza, autores dos três gols, do goleiro Bruno e também do técnico Gilmar Dal Pozzo, à beira do campo. O treinador conseguiu resgatar o Criciúma que admirou no 3 a 1 sobre o Atlético-MG e viu o time jogador com pegada similar na noite deste domingo. O modelo reaplicado rendeu 3 a 0 sobre o Santos e a perspectiva de sair da zona de rebaixamento. Porém, o comandante do Tigre não atribuiu a ele os méritos pelo triunfo no Heriberto Hülse. (veja os gols no vídeo acima)
Para Dal Pozzo, no máximo a equipe refletiu o que ele transmite. A equipe conseguiu por si encontrar o caminho para a recuperação após a derrota para o Coritiba no meio de semana.


- É o ponto de equilíbrio, não tem céu e nem inferno. Procuramos trabalhar com serenidade e sem desespero. A minha preocupação agora é o desempenho fora. Passamos a confiança e o equilíbrio aos atletas. Como com meninos que vêm da base. O Bruno (goleiro) fez um grande jogo, o Lucca não vinha tendo sequência, o torcedor estava impaciente com ele, e com razão. Agora ele tem confiança e por isso tem feito grandes jogos e sendo determinante – descreveu o técnico.

Gilmar Dal Pozzo Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro/www.criciumaec.com.br)
Gilmar Dal Pozzo vê time equilibrado 
(Foto: Fernando Ribeiro/www.
criciumaec.com.br)


Veja a íntegra da coletiva de Dal Pozzo:

Avaliação do jogo- Valoriza ainda mais a vitória pelo Santos ser o time de melhor campanha no segundo turno, é bem treinado, tem jogada individual. Usamos a estratégia de marcar pressão e com cerca de 20 minutos estava 2 a 0 e poderia ser três, porque tivemos chances. Tivemos merecimento para construir o placar. Depois trouxemos a marcação para trás, porque ninguém consegue ficar 90 minutos com marcação alta. Tivemos alguma dificuldade pela qualidade e movimentação do Santos, que começou a tirar nosso volante da frente da zaga, o Rodrigo (Souza), mas sem dar oportunidade clara ao Santos. Falei no intervalo que tínhamos que voltar não tendo dúvida do que teríamos que fazer. Fizemos pressão e quando cansava trazemos a marcação para o meio para explorar um contra-ataque e ter a ambição de fazer o terceiro. Fizemos e ele determinou a vitória importante. S santos criou situações claras, mas a equipe foi bem. Foi merecida a vitória.


Bola parada
- Dentro de casa temos o controle do jogo, o domínio, fomos melhores em todos os aspectos, os jogadores entenderam a estratégia. As jogadas de bola parada são muito treinadas e repetidas. O Lucca tem boa bola parada, e em jogadas muito repetidas em treinos deram certo. Mas vencemos principalmente pelo modelo de jogo em casa, o sistema com três atacantes dá certo. Temos uma preocupação para a sequência do campeonato, porque o Bruno (Lopes) e o Lucca se desgastam muito fazendo esta função, porque são os que mais participam no jogo. Estão cumprindo bem função, mas têm o desgaste físico muito grande. A postura da equipe vai depender do desgaste dos dois.  


Casa x fora - Nosso desempenho em casa é dentro da normalidade, temos problemas fora. Acho que temos que administrar melhor as vitórias. Na derrota a equipe entra no jogo seguinte mordida, sente na pele, e em casa faz grande jogo. Fora de casa temos que nos preparar a partir desde momento, agora, preparar psicologicamente, para fazer grandes jogos e ter boas atuações, porque é assim que conseguimos o resultado. Jogar em casa é bom. A torcida dá confiança, a equipe conhece melhor o gramado. Isso tem feito diferença e determina o resultado.  

 
Melhor aproveitamento nas finalizações- O desempenho em casa é bom porque temos o controle do jogo e isso nos favorece. Temos três atacantes, tem o Cleber Santana e o João Vitro que chegam bem. Com eles são cinco no campo de ataque e normalmente ainda tem um dos laterais. Com seis, somos agressivos, o time tem tido posse, está mais próximo do gol e criando mais, fazendo pressão. É determinante termos o controle do jogo e termos objetividade.  

  
Substituições- Serginho iria entrar, mas não no lugar do João Vitor, porque ele pediu para sair porque sentiu desconforto, não tinha condição de continuar. O Lucca (entrou Ricardinho) saiu porque estava muito desgastado por jogar ao lado de campo, em que ataca e defende, faz o lado de campo todo, dá piques, e se desgasta mais. O Gustavo (na vaga de Bruno Lopes) foi para ter mais velocidade. Tinha o Paulo Baier, o Rafael Costa e também o Zé Carlos para entrar, mas queria mais recomposição e com velocidade. Ele conseguiu fazer bem isso.  


Problema com Zé Carlos- Porque teria problema com o Zé Carlos? Ele disse que não estava machucado? Ele foi vetado no último jogo (Coritiba) e hoje estava a disposição, mas fiz outra escolha (utilizou Gustavo). Não tenho nada com o Zé, e com nenhum atleta, que fique bem claro. Não adianta criar desconforto que não tem. Quando tiver convicção, vou escolher não pela cor ou a história, a bandeira do clube está sobre nós. 

  
No que melhorar
- Jogamos contra o Santos, de muita qualidade. Em determinado momento não conseguimos encaixar a marcação, com a mesma intensidade do primeiro tempo. No primeiro tempo fomos para decidir e tivemos um desgaste. Depois a marcação foi pra trás. Era para ficar mais compacto e não dar oportunidade para criarem. É o que temos de desafio, temos que melhorar todo dia e enaltecer coisas boas também.


Equipe parecida nos três jogos
- A postura contra o Coritiba foi repetida, a equipe dos últimos jogos. Só troquei o Rafael (Pereira, zagueiro) e coloquei o Rodrigo (Souza) de volante. A ousadia de marcar pressão é a mesma. Tem que mudar atitude para conseguir o resultado fora. Temos que fazer uma semana boa de trabalho, fazer um grande jogo contra o Fluminense (no sábado) e trazer o resultado positivo.

  
Semana de trabalho e jogo contra o Fluminense- Tem que aproveitar bem esse tempo e ter o cuidado com a recuperação de atletas desgastados, para dar carga certa. Vamos aproveitar para trabalhar a questão técnica e tática, quero ver defino a estratégia ainda meio de semana para começar a definir a equipe e trabalhar em cima disso.


FONTE:

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