Sem o time da casa jogando na cidade, arquibancadas do Palatrieste, palco da seleção brasileira na primeira fase da competição italiana, têm ficado vazias
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A pequena e bela cidade portuária de Trieste, localizada no
Nordeste da Itália, parece nem perceber que está recebendo um grande evento
internacional de esporte. Salvo por alguns cartazes colados na vitrine de restaurantes
e lojas da principal área turística da cidade, seria difícil imaginar que a
região é uma das sedes do Mundial feminino de vôlei 2014. As arquibancadas do
ginásio Palatrieste geralmente vazias nos jogos realizados nos três primeiros
dias do torneio indicam o pouco interesse da população local. Enquanto isso, em
Roma, onde o grupo da Itália joga a primeira fase, o cenário tem sido bem diferente.
Ginásio Palatrieste vazio no jogo
Brasil x Camarões no Mundial
feminino de vôlei
(Foto: Lydia Gismondi)
As brasileiras não têm do que reclamar da “casa” da seleção
na primeira fase do Mundial feminino de vôlei. A cidade, que tem apenas cerca
de 200 mil habitantes, é tranquila, não tem problema de trânsito, o clima é
agradável e, além de todas essas facilidades, é muito bonita.
- A
cidade é muito gostosa, muito linda. Está todo mundo gostando muito - disse a
ponteira bicampeã olímpica.
Trieste, cidade portuária localizada
no Nordeste da Itália, é encantadora
(Foto: Lydia Gismondi)
A história da região também chama atenção e desperta
interesse. No século XIII, Trieste era um território de domínio austríaco e, até
hoje, carrega influências dessa mistura. Durante a Segunda Guerra Mundial, fazendo
parte novamente da Itália, o local sofreu invasão nazista e foi campo de
concentração. Hoje, o conjunto de edifícios (Risiera di San Sabba)
utilizado para manter prisioneiros naquela época virou parte da rica história da cidade e, consequentemente, um de
seus principais pontos turísticos.
Loja de sapato com cartaz da competição no meio da vitrine (Foto: Lydia Gismondi)
Nas regiões mais turísticas da cidade é possível notar que o
comércio local se envolveu com o Mundial feminino de vôlei. Algumas lojas e
restaurantes estampam em suas vitrines cartazes oficiais da competição. As
lojas de departamento que vendem lembranças ligadas ao torneio, no entanto,
são raras.
O Mundial vôlei parece ainda não ter conquistado a população
local. Nos primeiros dias de jogos, as arquibancadas do Palatrieste ficaram vazias.
O fato da Itália jogar na primeira fase em outra cidade (Roma) e os horários
dos jogos (10h30, 17h e 20h) dificultam ainda mais o interesse dos torcedores. O
ginásio só não tem ficado mais vazio porque a organização está convidando
escolas para participarem do evento levando os estudantes.
- A gente tem que criar as nossas próprias motivações. A
gente sabe que o time da casa não está nesse grupo. Tive a oportunidade
de ver uma foto da etapa de Roma, onde a Itália está jogando, e estava lotado.
Então, acho que é normal – comentou a ponteira Fernanda Garay.
Restaurante também exibe propaganda do torneio de vôlei em Trieste (Foto: Lydia Gismondi)
Com
três vitórias por 3 sets a 0 em três partidas, o Brasil já garantiu a
classificação matemática para a segunda fase da competição, e os
confrontos restantes servirão apenas para acumular mais pontos e definir
a classificação para a próxima etapa. Depois de um dia de folga, a
seleção volta a jogar neste sábado, contra a Turquia. A partida será às
15h (de Brasília), no Palatrieste, com transmissão ao vivo do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar os lances pelo SporTV Play.
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