A CRÔNICA
por
Marcelo Hazan
Uma Bélgica relaxada pela classificação antecipada, em campo com seu
time B contra uma Coreia do Sul desesperada atrás de um milagre. A
teoria sugeria os europeus fechados, mas a prática foi diferente. Mesmo
sem sete titulares (Kompany, Vermaelen, Hazard, Lukaku, De Bruyne,
Alderweireld e Witsel) e com Defour expulso exageradamente pelo árbitro
Benjamin Williams aos 44 minutos do primeiro tempo, os belgas venceram
por 1 a 0, nesta quinta-feira, na Arena Corinthians, com gol do capitão
Vertonghen, diante de 61.397 pessoas.
Mirallas e Mertens comandaram os belgas na etapa inicial, e Vertonghen acabou eleito o melhor em campo, mas o grande destaque do jogo foi Origi. Saindo do banco de reservas, o atacante entrou no segundo tempo e mudou o panorama: com habilidade, colocou fogo no jogo, além de participar decisivamente do gol do capitão belga.
Agora, a promissora geração belga encara os Estados Unidos nas oitavas
de final, na próxima terça-feira, às 17h (de Brasília), na Arena Fonte
Nova, em Salvador. A Coreia do Sul, por sua vez, retorna para casa com o
técnico Hong Myung Bo pressionado e sem repetir a boa campanha de 2010,
quando se classificou para as oitavas e caiu diante do Uruguai.
Chance de ouro perdida, expulsão com excesso de rigor
A "ola" na Arena Corinthians animou mais nos 15 minutos iniciais do que o futebol apresentado por belgas e sul-coreanos. Estes ainda fizeram o árbitro Benjamin Williams ser o homem mais acionado em campo, graças às sucessivas simulações de pênaltis. Muito mais sob os olhares de brasileiros, turistas e curiosos do que torcedores das duas seleções, o duelo começou a ficar interessante quando Mertens perdeu, na risca da pequena área, uma chances daquelas que até a sua avó faria. Com a bola pingando à frente do goleiro Kim Seung Gyu, que não esboçava reação alguma, o meia belga isolou por cima do gol.
A reação de espanto da torcida e do próprio jogador com o replay do
lance no telão evidenciou o tamanho da chance desperdiçada. Do lado da
Coreia do Sul, mesmo pressionando com chutes de fora da área e
cruzamentos, faltou qualidade para abrir o placar. Mas a esperança pela
classificação se renovou quando Defour deu uma solada em Kim Shin Wook,
aos 44 minutos. A jogada forte rendeu um cartão vermelho considerado
exagerado até pelos torcedores, que vaiaram a decisão do árbitro – num
apupo considerável das 61.397 vozes no estádio.
Reservas belgas mantêm os 100% na fase de classificação
A lógica sugeria um segundo tempo cheio de opções na Arena Corinthians, com a Coreia do Sul atrás do gol a qualquer custo, e a Bélgica atuando nos contra-ataques. Foi isso mesmo, mas os belgas jogando de igual para igual mesmo com um a menos. Com as duas seleções dispostas a atuar ofensivamente, o torcedor viu o jogo melhorar demais e ainda crescer após a entrada de atletas reservas das duas seleções. O meia Lee Keung Ho e o atacante Origi foram os principais responsáveis por isso.
Desorganizada, a inocente equipe asiática não aproveitava a vantagem
numérica, mostrando falta de qualidade nas finalizações. Também viu os
belgas chegarem em várias oportunidades em superioridade nos bons
contra-ataques. De tanto abrir espaço, os coreanos saíram castigados aos
32 minutos: Origi finalizou de fora da área, o goleiro Kim Seung Gyu
deu rebote, e o capitão Vertonghen, eleito o melhor jogador da partida,
só teve o trabalho de empurrar para as redes.
No fim, ainda houve tempo para o astro Hazard entrar em campo e levantar gritos de "olé" na Arena Corinthains, diante dos sul-coreanos que, na correria, tentavam ao menos um gol de honra para se despedir. Vitória da promissora geração belga, que chega com 100% de aproveitamento na primeira fase e cheia de moral para o mata-mata. E no fim, o reconhecimento aos torcedores na Arena Corinthians: de mãos dadas, os jogadores de ambas as seleções foram saudar as arquibancadas.
Mirallas e Mertens comandaram os belgas na etapa inicial, e Vertonghen acabou eleito o melhor em campo, mas o grande destaque do jogo foi Origi. Saindo do banco de reservas, o atacante entrou no segundo tempo e mudou o panorama: com habilidade, colocou fogo no jogo, além de participar decisivamente do gol do capitão belga.
Jogadores da Bélgica agradecem aos
torcedores pelo apoio em São Paulo
(Foto: Marcos Ribolli)
Chance de ouro perdida, expulsão com excesso de rigor
A "ola" na Arena Corinthians animou mais nos 15 minutos iniciais do que o futebol apresentado por belgas e sul-coreanos. Estes ainda fizeram o árbitro Benjamin Williams ser o homem mais acionado em campo, graças às sucessivas simulações de pênaltis. Muito mais sob os olhares de brasileiros, turistas e curiosos do que torcedores das duas seleções, o duelo começou a ficar interessante quando Mertens perdeu, na risca da pequena área, uma chances daquelas que até a sua avó faria. Com a bola pingando à frente do goleiro Kim Seung Gyu, que não esboçava reação alguma, o meia belga isolou por cima do gol.
Mais cedo para o chuveiro: Defour surpreso
com expulsão que a torcida não gostou
(Foto: Reuters)
Reservas belgas mantêm os 100% na fase de classificação
A lógica sugeria um segundo tempo cheio de opções na Arena Corinthians, com a Coreia do Sul atrás do gol a qualquer custo, e a Bélgica atuando nos contra-ataques. Foi isso mesmo, mas os belgas jogando de igual para igual mesmo com um a menos. Com as duas seleções dispostas a atuar ofensivamente, o torcedor viu o jogo melhorar demais e ainda crescer após a entrada de atletas reservas das duas seleções. O meia Lee Keung Ho e o atacante Origi foram os principais responsáveis por isso.
Vertonghen corre para a galera, literalmente,
após marcar o gol da vitória Belgica x Coreia
(Foto: Reuters)
No fim, ainda houve tempo para o astro Hazard entrar em campo e levantar gritos de "olé" na Arena Corinthains, diante dos sul-coreanos que, na correria, tentavam ao menos um gol de honra para se despedir. Vitória da promissora geração belga, que chega com 100% de aproveitamento na primeira fase e cheia de moral para o mata-mata. E no fim, o reconhecimento aos torcedores na Arena Corinthians: de mãos dadas, os jogadores de ambas as seleções foram saudar as arquibancadas.
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