sexta-feira, 16 de maio de 2014

Oswaldo admite oscilação do Santos, mas vê time parelho com os seus rivais

Técnico celebra classificação na Copa do Brasil, enaltece sistema defensivo mesmo com os gols sofridos e destaca Gabriel: "Precisa amadurecer, mas é decisivo"


Por Santos, SP


O técnico Oswaldo de Oliveira, do Santos, ficou satisfeito com a vitória por 4 a 2 sobre o Princesa do Solimões, nesta quinta, na Vila Belmiro, que garantiu o Santos na terceira fase da Copa do Brasil. O treinador admitiu que o time oscilou na partida e poderia ter sido mais eficiente na conclusão das jogadas. Mas, mesmo com os gols sofridos, o técnico fez elogios ao sistema defensivo da equipe.

– Foi um resultado excelente. Conseguimos a classificação. Acho que a nossa equipe oscilou. Poderíamos ter tido um aproveitamento melhor no ataque e evitado os gols que levamos. Por outro lado, ressalto a equipe adversária. É um time rápido, perigoso, que aproveita bem as oportunidades que tem. Lá (em Manaus) também foi assim – analisou.

Oswaldo também falou sobre o atacante Gabriel, autor do primeiro gol santista na partida e que chegou a 13 na temporada, disparando na artilharia do time no ano. O treinador avaliou que ele ainda precisa amadurecer, mas diz não ter dúvidas de que o garoto é decisivo.

– Acho que ele precisa ganhar mais maturidade com alguns lances. Em Londrina, também se precipitou em uma bola. Mas é um jogador decisivo, sempre pronto para finalizar. Acho que a evolução dele, numa função (centroavante) ou na outra (mais recuado), será jogando – disse.

O técnico rechaçou que o Santos esteja atuando em um nível abaixo dos rivais.

– Na primeira rodada (do Campeonato Brasileiro), empatamos com o Sport criando inúmeras oportunidades e os times que venceram naquela ocasião não jogaram melhor do que a gente. Nosso aproveitamento tem sido razoável diante dos problemas. Não vejo o Santos técnica e taticamente muito distante dos outros – afirmou.




<b>Confira, abaixo, a íntegra da entrevista de Oswaldo de Oliveira</b>
Gabriel

- Praticamente não o utilizei na função de origem dele. Quando cheguei, ele jogava pela direita. Conosco estava jogando atrás do centroavante ou como centroavante. Vem rendendo bem nas duas. Fez gols nas duas funções. Acho que ele ainda tem de ganhar mais maturidade com alguns lances decisivos. Em Londrina ele também se precipitou em uma bola. Mas é um jogador decisivo, sempre pronto para finalizar. Acho que a evolução dele, em uma ou outra função, vai acontecer jogando, porque é realmente muito jovem.

Mandar jogo na Arena Pantanal
- O campo de jogo é bom. O problema é viajar para lá. Era um jogo que jogaríamos aqui  (na Vila Belmiro). Essa logística exige muito da equipe. O problema não é a Arena, mas depois jogar em Goiânia, depois no Morumbi, depois em Feira de Santana e depois em São Bernardo. É destrutivo para qualquer equipe. Com certeza, no fim desses cinco jogos teremos uma carga grande e a equipe sofrendo com isso. Acho que o campeonato perde muito em fidedignidade. Não há uma medida técnica correspondente para cada equipe. 

É diferente jogar com o Bahia na Fonte Nova de chegar a Salvador e viajar para um campo (em Feira de Santana) que não sabemos as condições, como aconteceu no domingo passado (em Londrina). São detalhes a serem levados em consideração. Não sou contra jogar em Cuiabá. Sou contra o conjunto da obra.

Chances desperdiçadas
- Eu tenho visto alguns jogos. Eles são diferentes entre si. Botafogo e Criciúma teve muitos gols. Outros nem tantos. Mas não acho que seja algo que desmereça o futebol brasileiro. A crise técnica que tem sido tão badalada passa mais pela organização do nosso futebol, em função da Copa do Mundo. Tem danificado muito o nível técnico. Equipes têm de se esforçar muito mais para contornar essa situação. Esse acúmulo de jogos e essa parada eu acho mais danosos para o futebol do que alguns confrontos mais equilibrados que certamente vamos ter. O Princesa sabia que tinha poucas chances aqui. Então, jogaram de forma muito mais franca, relaxada, para fazer uma boa apresentação, e fizeram mais do que o Sport, que veio aqui de forma mais contida (na primeira rodada do Brasileirão). Nem se fale o Grêmio (terceira rodada). Então, claro que em um campeonato com 38 jogos, você vendo a situação do Sport, decidindo o Pernambucano, e o Grêmio, vindo de eliminação na Libertadores, sobrecarrega qualquer equipe e faz com que essa equipe seja mais defensiva.

Contratação de Damião
- Foi excelente para o Santos. O que aconteceu até agora (má fase e lesão) ninguém poderia prever. Minha expectativa é que ele retorne e dê conta do recado.

Dores de Damião
- Ele nunca externou que tinha dores. Eu achava porque via o comportamento técnico diferente dele. Quando perguntava, ele não se manifestava. É um cara contido, na dele. Eu disse a vocês que ele era muito japonês. Ele não passava apreensão. Sempre muito equilíbrio. Pessoas são diferentes umas das outras. Minha expectativa é que ele se recupere e volte sem dor para render para nós.

Ausências de Cicinho, Jubal e Alison contra Atlético-MG
- Alison e Jubal têm jogado bem, feito partidas excelentes. Os últimos jogos foram excelentes. Claro que perde. Mas, de qualquer forma, é a carreira do jogador. Ele precisa passar por isso (os dois foram convocados para a Seleção sub-21; Cicinho está suspenso).



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2014/05/oswaldo-admite-oscilacao-do-santos-mas-ve-time-parelho-com-os-seus-rivais.html

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