sexta-feira, 16 de maio de 2014

Luis Alvaro revela pressão das filhas por renúncia: "Escolhi sobreviver"

Agora ex-presidente do Santos, Laor explica saída do comando alvinegro, quer ficar alheio às eleições do segundo semestre, mas enaltece os títulos conquistados


Por Santos, SP


Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos (Foto: Divulgação/Santos FC)Luis Alvaro renunciou e não é mais presidente do Santos (Foto: Divulgação/Santos FC)

Renascido. É como se sente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro após renunciar à presidência do Santos, da qual estava licenciado desde agosto do ano passado. 

Laor, como é conhecido, enfrenta seguidos problemas de saúde desde 2010, quando assumiu o comando do Alvinegro. Restando três meses para o fim da licença de um ano e com as eleições do clube próximas, o agora ex-dirigente decidiu atender ao pedido das filhas e às orientações dos médicos. Tudo pela própria sobrevivência.

- (A renúncia) Foi um negócio muito pensado. A saúde prevaleceu. A pressão das minhas filhas foi decisiva também. Eu voltaria em agosto e teria mais três meses de mandato em meio à campanha eleitoral. Então, os médicos acharam que eu estaria correndo risco de suicídio, em função da gravidade do que tive no ano passado. Fiquei entre a vida e a paixão. Só que a paixão eu pude usufruir no período que fiquei à frente do Santos, com os títulos e segurando o Neymar. Achei que agora estava na hora de parar. Escolhi sobreviver - explicou, em entrevista por telefone.


Os últimos meses não foram fáceis para Luis Alvaro. Segundo ele, foram dois meses em depressão, sem ler jornal ou assistir à televisão. Até acompanhar os jogos do Santos era difícil.


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- Estava meio desligado do mundo. Saí do (Hospital Albert) Einstein e fiquei 50 dias em casa, indo do quarto ao banheiro, com crise de intestino. Havia uma incompatibilidade dos remédios, um fazendo interferência no outro. Com as modificações que o médico fez nos remédios, estou melhor. Eu me sinto renascido. Não vou precisar ter a obrigação de tomar conta do Santos naquela vida quase infernal dos primeiros dois anos e meio. O sucesso, é verdade, foi absolutamente recompensador. Mas acho que já dei minha contribuição. 
Agora, preciso pensar um pouco na minha saúde - contou.

No segundo semestre, que marcaria o retorno de Luis Alvaro ao Santos, ocorrem as eleições no clube para o triênio 2015-2017. Laor quer ficar alheio ao pleito, mas destacou os dois anos e meio em que esteve integralmente no comando santista, comparando-os com o período em que ficou fora devido às licenças médicas.

- Quero me dar um tempo, não me meter em política. Vamos ver o que acontece. Torço para que repitam o estilo que colocamos no Santos, que nos levou a seis títulos em dois anos e meio, a segurar o Neymar, a ganharmos a Libertadores após 48 anos. Sanamos as finanças do clube até enquanto estive lá. Que sirva de exemplo para que os que vêm por ai - disse.

- Em dois anos e meio eu fui o segundo presidente que mais títulos ganhou no Santos. Só fui superado pelo Athiê (Jorge Cury), que ficou 23 anos no clube e tinha o Pelé. Saio do clube com a sensação de dever cumprido. Acho que fiz o melhor, recoloquei o Santos no cenário internacional. Claro que vai vir a nostalgia, os funcionários que me ajudaram e que, em grande parte, foram demitidos quando saí... Mas isso tudo se resolve - concluiu.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/santos/noticia/2014/05/luis-alvaro-revela-pressao-das-filhas-por-renuncia-escolhi-sobreviver.html

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