domingo, 18 de maio de 2014

Ganso comanda com show e gols, e São Paulo bate Fla na estreia de Ney

Meia são-paulino é o grande destaque dos 2 a 0 e leva o time ao grupo de cima da tabela. Fla ganha a ira da torcida e começa a entrar em desespero


 A CRÔNICA


por GLOBOESPORTE.COM


Na saída de campo, Rogério Ceni, jogador que mais vestiu a camisa do São Paulo, falou com autoridade: "O Ganso, quando é competitivo, não há jogador que faça o que ele faz. A bola corre mais fácil, ele faz coisas que os outros não fazem. Ele só tem que ficar ligado os 90 minutos." Poucos resumiriam bem a partida deste domingo, no Maracanã. Não que o São Paulo, vencedor do clássico com o Flamengo por 2 a 0, tenha sido só o camisa 10. Mais organizado que o adversário nos 90 minutos, mostrou, no entanto, que fica mais fácil para um time sair com os três pontos quando tem o pensador, o criador, o homem para chamar a responsabilidade e dar o espetáculo. O meia foi o velho garçom nos tempos que tinha Neymar como parceiro e saiu de campo como o artilheiro da partida, com os dois gols da vitória.

Mas é bom salientar que Ganso esteve também em boa companhia. Alexandre Pato, de volta à equipe, foi outro gigante, com bons deslocamentos, o costumeiro e certeiro toque de bola. E o que falar de Osvaldo e Luis Fabiano? Bons deslocamentos, eficiência na troca de passes. Um quarteto que tem tudo para despontar no Brasileirão e já leva o Tricolor Paulista para a briga no grupo de cima da tabela, com 9 pontos ganhos.

O Flamengo, ao contrário, começa a viver um desespero precoce. Na quinta rodada, pode terminar na zona de rebaixamento e não viu qualquer melhora na troca de treinador. Ney Franco não arrumou o time, o que mostra ser o elenco a grande deficiência, e não Jayme de Almeida, seu antecessor demitido na última segunda-feira. Tanto que a torcida vaiou a equipe e voltou a gritar o nome do antigo técnico. Com quatro pontos ganhos, sem um meia eficiente na criação, sem gols - ainda por cima, Hernane, de volta à equipe, saiu com contusão no tornozelo que pode ser séria -, mostra laterais veteranos sem fôlego para apoiar e defesa com falhas na marcação.

Ganso comemoração jogo Flamengo x São Paulo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ganso corre para a comemoração e 
deixa o Fla já em desespero (Foto: 
André Durão / Globoesporte.com)
 
O primeiro tempo teve um São Paulo bem mais organizado e merecedor da vitória. Depois de um começo morno, com as duas equipes se estudando e lentas para sair ao ataque, Tricolor Paulista passou a encaixar melhor o seu jogo. O quarteto  Ganso-Pato-Luis Fabiano-Oswaldo passou a comandar as ações e encontrar espaços. A defesa rubro-negra se complicou na marcação. Na primeira jogada perigosa, Oswaldo tentou deixar Pato livre, mas errou o passe e poderia até ter batido para o gol. Depois, Pato, se deslocando bastante, sofreu falta que Ceni cobrou. Felipe fez a defesa.

O gol do São Paulo amadurecia e saiu aos 22, num belo passe de Oswaldo para Ganso, que tocou com categoria. O show do camisa 10 seguiu com bons passes, dribles de efeito e jogada de fora da área que quase encobriu Felipe .Merecia entrar. O Fla, com Alecsandro e Hernane na área e sem talento para criar no meio, só levou perigo numa cabeçade de Wallace e chute de Luiz Antônio de fora da área que Ceni espalmou. Ainda por cima, Hernane saiu contundido. Time ficou devendo muito para o segundo tempo.

Logo no começo da segunda etapa, o Flamengo finalmente acertou uma jogada. De Elano para Alecsandro, que rolou para Evertoh explodir a trave.
Foi um domínio de 15 minutos, com outra bola do camisa 22, obrigando Ceni a boa defesa. Mas foi só o tempo passar para voltarem os velhos problemas. 
Nem com Mugni nem com Negueba, que ainda entraram, o time solucionou falhas na criação e nas jogadas de ataque. O São Paulo cansou, é verdade, tanto que Pato e Osvaldo saíram. Mas Ganso continuou em campo. E Ganso, como bem disse Ceni, quando está ligado... Mesmo cansado, foi ele o grande condutor da equipe à vitória. Belos passes, bons dribles. E neste domingo, no Maracanã, o camisa 10 voltou a ser o dos tempos de Santos. Foi também o artilheiro da partida. Aos 46, mais uma boa jogada de Luis Fabiano, sempre caindo bem pelos lados. Dessa vez, pelo lado de Léo Moura, encontrou o meia livre. Felipe, que errara reposição de bola que lhe rendeu vaias da torcida, tentou se redimir. Mas deu o rebote que o camisa 10 não perdoou. Era justa, justíssima a vitória que deixa o Tricolora com nove pontos ganhos e na briga de cima. O Fla continua no drama de baixo.




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