Representante do atacante afirma que "pechincha" de R$ 5 mil da direção encerrou negociações e crê em sucesso do filho no São Paulo
Alan Kardec deve assinar contrato com o Tricolor na quarta (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação SantosFC)
O pai e representante do atleta, que tem o mesmo nome do filho, rebateu as declarações do dirigente e disse que seu filho não estava esquecido na Europa. Afirmou ainda que, por R$ 5 mil, a renovação com o Palmeiras não aconteceu.
- Somos muito gratos ao Palmeiras por ter dado a oportunidade. Mas o ostracismo é o ponto de vista. Ele saiu do Santos como segundo artilheiro, atrás do Neymar. Saiu como campeão paulista, fazendo dois gols na final. Quem está em uma condições dessa, não é ostracismo. O Benfica tem grandes jogadores, que fizeram ele ser preterido. Não considero isso um ostracismo. Ele poderia ter ido para clubes da Série A, como o Atlético-PR, mas preferiu jogar no Palmeiras, pela grandeza do clube - disse, em entrevista ao GloboEsporte.com.
Alan Kardec pai também abriu os valores da negociação frustrada com o Palmeiras. Segundo ele, o estopim para ouvir outras propostas foi quando ficou acertado que o atleta receberia R$ 220 mil, mais ganhos por produtividade, mas, após consulta a Nobre, o clube tentou diminuir em R$ 5 mil os vencimentos fixos do camisa 14.
- Se tem o culpado, sou eu. Fui eu que declarei na imprensa que estava aberto a propostas, só que eu só vi isso dois meses após estarmos exaustivamente fechando com o Palmeiras. Quando reunimos e falamos em R$ 230 mil, eles falaram em R$ 210 mil. Aí alguém falou que nem R$ 230 mil, nem R$ 210 mil, é R$ 220 mil. Na hora, eu respondi que fechava. Cedemos mais uma vez (o pedido inicial era R$ 270 mil). No dia seguinte, voltaram com R$ 215 mil, eu me irritei e declarei para quem quisesse ouvir que eu estava aberto a ouvir propostas. Eu disse que ele estava à venda, o responsável sou eu - explicou.
- Se eu peço R$ 230 mil, depois de muita negociação, você oferece R$ 210 mil. Existe um impasse, você pergunta se eu topo R$ 220 mil e volta com R$ 215 mil, eu me aborreço e não aceito isso. Quem está errado na história? Isso é fazer tudo para segurar? Nobre me disse no sábado que faria qualquer negócio, e eu disse que não era dinheiro que significava mais. A minha palavra estava em jogo. Os clubes só aceitaram oferecer ao Benfica se eu desse minha palavra. Eu dei minha palavra (ao São Paulo). Eu disse que não voltava atrás na minha palavra, com o coração em pedaços, pela oportunidade que tivemos no Palmeiras - contou.
Outro fator que aborreceu Kardec e seus representantes foi com relação ao prêmio pela assinatura (luvas). Segundo o pai, primeiro o clube ofereceu 60% do valor desejado, para ser pago nos cinco anos de contrato. Após reclamação, a diretoria aceitou pagar em três anos e ainda tentou diminuir o valor, para 50% do valor pretendido pelo jogador.
Por fim, o pai do atacante lamentou a saída do Palmeiras, mas acredita no sucesso do filho no São Paulo.
- Quando você faz as coisas de forma limpa e honesta, transparente, não há porque haver arrependimento. Se eu fico triste porque saiu? Respondo do fundo do coração, que até chorar eu chorei. Quando eu vi que ele não ficaria, eu chorei, fiquei muito triste. Confirmando se ele é do São Paulo, tenho de ficar feliz, porque é um clube grande, tradicional, onde ele vai ter chance de brilhar também. Estou triste pela saída do Palmeiras. Mas acho que ele vai fazer muitos gols no São Paulo e vai conquistar a torcida - completou.
Alan Kardec já tem tudo acertado com o São Paulo. Ele deve fazer exames na próxima quarta-feira e assinar contrato.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2014/04/pai-de-kardec-rebate-nobre-e-abre-valores-da-negociacao-com-verdao.html
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