A CRÔNICA
por
Léo Simonini
Nem parecia que o líder com folgas do Grupo 4 da Libertadores jogava em
casa. Sem inspiração e muito nervoso, o Atlético-MG até saiu na frente
no placar, em pênalti batido por Ronaldinho Gaúcho, que havia
desperdiçado um seis minutos antes. Mas sofreu o empate ainda no
primeiro tempo, em linda cobrança de falta de Riveros. O segundo tempo
foi praticamente um desafio de ataque contra defesa, que levou a melhor
ao segurar o 1 a 1 no Independência.
Apesar do tropeço, o Atlético-MG ainda vive situação tranquila na chave: tem oito pontos e está em primeiro lugar. O surpreendente Nacional-PAR mostrou que a disposição foi capaz de compensar a qualidade técnica inferior por duas vezes seguidas - os times haviam empatado por 2 a 2 no Paraguai, na semana passada. Isolou-se na vice-liderança com cinco pontos, um a mais do que Santa Fé e Zamora. Se tivesse vencido, o Galo abriria seis pontos de vantagem sobre seus três concorrentes.
Ronaldinho, que viu sua mãe, Miguelina, estrear como espectadora em estádios no ano, não teve um desempenho de destaque - assim como seus companheiros, faça-se justiça. Marcou seu primeiro gol nesta temporada e deu alguns bons passes longos. Ele destacou a retranca dos paraguaios e explicou o pênalti perdido:
- O cara (goleiro) me conhece bem, vinha me estudando há muito tempo e acabou defendendo. Bati forte no canto, e ele acertou.
Agora, o Atlético-MG volta suas atenções para o Campeonato Mineiro. No domingo, às 16h (de Brasília), começa a decidir uma vaga na final contra o América-MG, mais uma vez no Independência. Pela Libertadores, só volta a campo no dia 3 de abril, quando visita o Santa Fé, em Bogotá, na Colômbia.
Dois gols em lances de bola parada
A pressão prevista pelo técnico Gustavo Morígino começou cedo: logo no primeiro minuto, Jô quase abriu o placar após cruzamento da esquerda. Era só o prenúncio do que viria pela frente. Empurrado pela torcida, o time tomou conta do campo de ataque, apesar de Torales tentar diminuir o ritmo quando o Nacional-PAR tinha a bola. Apesar da pressão, foi num contragolpe que veio a melhor chance para abrir o placar.
Ronaldinho achou Tardelli em velocidade pela direita, e o camisa 9 foi derrubado na área por Mendoza. R10 cobrou o pênalti rasteiro no canto, e Don defendeu. Não demorou para que o Galo tivesse outra ótima chance. Em cobrança de falta de Ronaldinho, Melgarejo cortou a trajetória da bola com a mão dentro da área. Dessa vez, o craque trocou de canto - e o goleiro também, quase defendendo: 1 a 0, aos 19 minutos.
Atrás no placar, o Nacional mostrava qualidade no passe e passou a
buscar mais o ataque. Exigiu de Victor grande defesa em finalização de
Benítez. O Galo perdeu a velocidade de Fernandinho, substituído aos 35
minutos por Neto Berola - que teve atuação ruim - por causa de uma lesão
muscular. Um minuto depois, Riveros fez bela cobrança de falta,
deixando Victor praticamente estático: 1 a 1. O fim do primeiro tempo
teve um Nacional aproveitando o mau momento do adversário, que viu com
alívio o apito de Omar Ponce.
Transpiração, sem inspiração
A etapa final começou como terminou a primeira. O Galo, normalmente temido em seus domínios, apresentava muito nervosismo diante de um adversário que chegou a Belo Horizonte para tentar um empate. Errava passes, não conseguia controlar o jogo e esbarrava numa marcação adiantada e por pressão no meio-campo. Paulo Autuori trocou Josué por Leandro Donizete e, já no fim, Pierre por Guilherme.
Com o jogo amarrado, as chances ficaram escassas. Satisfeito com o empate, o Nacional não se envergonhava de ficar com os 11 jogadores na intermediária defensiva em alguns momentos. Mesmo sem inspiração, o Galo teve as duas melhores chances: uma com Tardelli, que furou dentro da área, e outra com Berola, após ótima tabela com R10. Jô ainda chegou a colocar uma bola na rede, mas o impedimento foi corretamente marcado, para tristeza dos torcedores que viram o Galo chegar ao terceiro tropeço (dois empates e uma derrota) em dez partidas no Independência neste ano.
saiba mais
Apesar do tropeço, o Atlético-MG ainda vive situação tranquila na chave: tem oito pontos e está em primeiro lugar. O surpreendente Nacional-PAR mostrou que a disposição foi capaz de compensar a qualidade técnica inferior por duas vezes seguidas - os times haviam empatado por 2 a 2 no Paraguai, na semana passada. Isolou-se na vice-liderança com cinco pontos, um a mais do que Santa Fé e Zamora. Se tivesse vencido, o Galo abriria seis pontos de vantagem sobre seus três concorrentes.
Ronaldinho, que viu sua mãe, Miguelina, estrear como espectadora em estádios no ano, não teve um desempenho de destaque - assim como seus companheiros, faça-se justiça. Marcou seu primeiro gol nesta temporada e deu alguns bons passes longos. Ele destacou a retranca dos paraguaios e explicou o pênalti perdido:
- O cara (goleiro) me conhece bem, vinha me estudando há muito tempo e acabou defendendo. Bati forte no canto, e ele acertou.
Agora, o Atlético-MG volta suas atenções para o Campeonato Mineiro. No domingo, às 16h (de Brasília), começa a decidir uma vaga na final contra o América-MG, mais uma vez no Independência. Pela Libertadores, só volta a campo no dia 3 de abril, quando visita o Santa Fé, em Bogotá, na Colômbia.
Dois gols em lances de bola parada
A pressão prevista pelo técnico Gustavo Morígino começou cedo: logo no primeiro minuto, Jô quase abriu o placar após cruzamento da esquerda. Era só o prenúncio do que viria pela frente. Empurrado pela torcida, o time tomou conta do campo de ataque, apesar de Torales tentar diminuir o ritmo quando o Nacional-PAR tinha a bola. Apesar da pressão, foi num contragolpe que veio a melhor chance para abrir o placar.
Ronaldinho achou Tardelli em velocidade pela direita, e o camisa 9 foi derrubado na área por Mendoza. R10 cobrou o pênalti rasteiro no canto, e Don defendeu. Não demorou para que o Galo tivesse outra ótima chance. Em cobrança de falta de Ronaldinho, Melgarejo cortou a trajetória da bola com a mão dentro da área. Dessa vez, o craque trocou de canto - e o goleiro também, quase defendendo: 1 a 0, aos 19 minutos.
Depois de perder o primeiro penâlti, R10
converte a segunda cobrança
(Foto: Reuters)
Transpiração, sem inspiração
A etapa final começou como terminou a primeira. O Galo, normalmente temido em seus domínios, apresentava muito nervosismo diante de um adversário que chegou a Belo Horizonte para tentar um empate. Errava passes, não conseguia controlar o jogo e esbarrava numa marcação adiantada e por pressão no meio-campo. Paulo Autuori trocou Josué por Leandro Donizete e, já no fim, Pierre por Guilherme.
Com o jogo amarrado, as chances ficaram escassas. Satisfeito com o empate, o Nacional não se envergonhava de ficar com os 11 jogadores na intermediária defensiva em alguns momentos. Mesmo sem inspiração, o Galo teve as duas melhores chances: uma com Tardelli, que furou dentro da área, e outra com Berola, após ótima tabela com R10. Jô ainda chegou a colocar uma bola na rede, mas o impedimento foi corretamente marcado, para tristeza dos torcedores que viram o Galo chegar ao terceiro tropeço (dois empates e uma derrota) em dez partidas no Independência neste ano.
Leonardo Silva e Josué brigam pela posse de
bola com Bareiro (Foto: EFE)
FONTE:
Nenhum comentário:
Postar um comentário