Bicampeão do mundo, ex-zagueiro teve passagem marcante pelo Vasco. Jogou também por São Paulo e Atlético-PR. Ele sofria de Mal de Alzheimer desde 2011
Bellini e o gesto que entrou para a história do
futebol mundial após a conquista da Copa de
1958 (Foto: Agência Estado)
- Na Copa de 58, ele foi um dos jogadores que me deu muitas orientações, porque era um dos mais experientes. Eu tinha 17 anos, era muito jovem e tudo para mim era novidade. É uma perda muito grande para o futebol brasileiro - disse Pelé após receber a notícia.
Hideraldo Luís Bellini foi quem imortalizou o gesto de levantar a taça de campeão sobre a cabeça. Em 1958, na Suécia, ele era um dos líderes da equipe que encantou o mundo e venceu o time da casa na final por 5 a 2. Zagueiro, ele também esteve na conquista do bi, em 1962, no Chile, e no Mundial de 1966, na Inglaterra.
- Um grande amigo, excepcional jogador, líder, grande capitão. Foi o primeiro a erguer a taça de campeão mundial, um gesto que depois todos repetiram no Brasil e no Mundo. Foi um zagueiro de grande vigor físico, excepcional no jogo aéreo, firme por baixo. Não tinha uma técnica apurada, como Mauro Ramos de Oliveira ou Ramos Delgado,mas compensava com vigor fisico extraordinário. Exercia forte liderança. Nasceu para ser capitão, líder e para jogar futebol - afirmou Pepe, também bicampeão mundial em 1958 e 1962.
1958
Brasil conquista a Copa e Bellini faz história
vasco
Livro 'Contos da Colina', exalta beleza de Bellini
dupla
Orlando Peçanha e Bellini brilharam em 58
ídolo no vasco
Bellini
começou sua trajetória no futebol em 1946, na sua cidade natal. Por lá,
ele jogou pela Sociedade Esportiva Itapirense. Três anos depois, o
ex-zagueiro se transferiu para a Esportiva Sanjoanense, time no qual
permaneceu até 1951. Um ano depois, acertou transferência para o Vasco
da Gama.
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No
Gigante da Colina, Bellini ficou por 11 anos e conquistou três títulos
estaduais (1952, 1956 e 1958). A passagem do ex-jogador pelo Vasco foi
tão marcante que até hoje muitos torcedores e especialistas colocam seu
nome entre os maiores jogadores de todos os tempos do clube. Após mais
de uma década no Rio de Janeiro, ele se transferiu para o São Paulo.
- Céu está cada dia mais campeão. O
querido Bellini foi levantar a Taça pra Deus. Descanse em paz. Você é
eterno - escreveu o ex-atacante Dadá Maravilha em uma rede social.
Bellini, Mauro e Carlos Alberto Torres com a
taça da Copa: os capitães dos três primeiros
títulos (Foto: AFP)
sete campeões vivos
Com a morte de Bellini, apenas sete campeões de 1958 estão vivos
atualmente: Zito, Zagallo e Pepe (os três também foram bi em 1962), Pelé (vencedor
ainda em 1962 e 1970) e Dino Sani, Moacir e Mazzola.
Os outros ex-jogadores do primeiro título mundial que já faleceram são Gylmar, Nilton Santos, Castilho, De
Sordi, Djalma Santos, Oreco, Mauro, Orlando, Zózimo, Didi, Dida,
Garrincha, Vavá e Joel.
estátua no maracanã
É
natural até hoje que as pessoas que frequentam o Maracanã, no Rio de
Janeiro, marquem encontro na estátua do Bellini. Ao contrário do que
muitos pensam, no entanto, o monumento não é em homenagem ao ex-zagueiro
do Vasco, mas sim aos campeões mundiais de futebol. O rosto da estátua, por sinal, não tem nada a ver com o do bicampeão do mundo.
A
confusão ocorre porque a imagem representada na estátua está segurando
uma taça acima da cabeça e também uma bola com a outra mão.
Imaginou-se, então, que poderia ser Bellini ali representado. Documentos
da época informam que o rosto da estátua pode ser do cantor Francisco
Alves ou do jornalista Hamilton Sbarra. Mas não há confirmação.
Homenagem aos campeões de 1958 é eternizada
no Maracanã como Estátua do Bellini
(Foto: Ale Silva / Agência Estado)
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