A CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
A pequena vantagem tricolor está mantida para o segundo e decisivo jogo
da semifinal do Campeonato Carioca. Depois de muita luta – com e sem a
bola – e equilíbrio na noite desta quinta-feira, Fluminense e Vasco
empataram em 1 a 1 no Maracanã para um público decepcionante diante da
importância do clássico: 9.976 torcedores pagaram ingresso (12.715
presentes), com renda de R$ 413.250. Fred colocou o Tricolor na frente
já no segundo tempo, e Thalles deixou tudo igual 11 minutos após. O
resultado, mesmo placar da partida da fase de classificação, acabou
fazendo justiça a um duelo corrido e com clima quente.
Novo empate no domingo, às 16h, no mesmo palco, garante a classificação
do clube das Laranjeiras para a decisão do estadual contra Flamengo ou
Cabofriense, que fazem o segundo jogo no sábado – o Rubro-Negro venceu o
primeiro e tem grande vantagem (só perde a vaga se for batido por
quatro ou mais gols de diferença - por três, a vaga sairá nos pênaltis).
Para ganhar o direito de decidir o título, o Cruz-Maltino precisa
apenas de uma vitória simples. Não há mais hipótese de cobranças de
pênaltis.
- Os dois times jogaram bem, tiveram chances de ganhar o jogo. Quem errar menos no domingo vai levar a classificação - disse o atacante Thalles, autor do gol do Vasco na partida.
No lado do Flu, Fred, que também marcou, lamentou o fato de o time ter cedido a igualdade.
- A gente sai de campo com a vantagem mínima. Seria melhor se tivéssesmos conseguido uma vitória. A situação continua da mesma forma como entramos - destacou o camisa 9 tricolor.
Etapa muito dividida
Bola na trave, muita velocidade, empenho dobrado e riscos geralmente incomuns em decisões. Mesmo longe de ser um primor técnico, a etapa inicial no Maracanã não mereceu o público pequeno nas arquibancadas. O domínio cruz-maltino foi flagrante no começo – tanto que acertou o poste de Cavalieri após cobrança de falta direita de Douglas. A distribuição ágil dos passes foi a maior virtude da equipe. Não demorou, porém, para que o Tricolor assumisse certo controle e exercesse uma pressão que só parou na má pontaria.
O equilíbrio do clássico foi visto até nas defesas dos goleiros. Martín Silva, em chute de Jean, e Cavalieri, em rebote de Edmílson, apareceram muito bem. Os laterais Carlinhos, de bicicleta, e André Rocha, em bomba de longe, também quase marcaram. Aliás, as jogadas pelas pontas, principalmente do Flu, fizeram a diferença e se transformaram no mapa da mina. As marcações chegavam frequentemente atrasadas.
A luta era tanta que houve vários lances com excesso de força. Marlon levou cartão em disputa ríspida com Bruno e quase causou uma confusão entre os dois times. Nas duas áreas, os puxões e golpes antes das cobranças para a área eram ignorados pela arbitragem, alvo de reclamação de ambos os lados no intervalo. Mas a tensão ainda estava por vir.
Gols saem e clima esquenta
Os técnicos apostaram nas mesmas formações para o segundo tempo. E Renato Gaúcho levou a melhor. Lento e apático, o Vasco retornou com dificuldades, enquanto o Fluminense acertou a marcação e ampliou sua presença ofensiva. Aos dez, Jean arrancou, driblou três, tabelou e serviu a Fred, que, sozinho na área, aproveitou a pane defensiva do adversário para abrir o placar.
Então, Adilson Batista resolveu mexer com urgência. Em cinco minutos, trocou seus dois laterais amarelados (André Rocha também sentiu lesão) e substituiu Reginaldo por Thalles. O efeito foi imediato. Coincidência ou não, exatamente o trio que entrou participou do gol de empate: de Fellipe Bastos para Diego Renan, que da esquerda levantou para Thalles balançar a rede de carrinho. A partir daí, os times passaram a ter cautela, reter a posse de bola, e a partida caiu de ritmo – à exceção de duas sequências de contragolpes.
Os ânimos ficaram novamente exaltados na reta final. Jean, que já tinha cartão amarelo, foi expulso depois de falta em Everton Costa, que levava o Vasco ao ataque. No mesmo lance, Rafinha chutou a bola na cabeça do atacante cruz-maltino, caído no chão, e poderia ter sido expulso. Levou apenas amarelo depois de amplo bate-boca de lado a lado. O apito final só saiu após os 50 minutos de uma verdadeira batalha.
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- Os dois times jogaram bem, tiveram chances de ganhar o jogo. Quem errar menos no domingo vai levar a classificação - disse o atacante Thalles, autor do gol do Vasco na partida.
No lado do Flu, Fred, que também marcou, lamentou o fato de o time ter cedido a igualdade.
- A gente sai de campo com a vantagem mínima. Seria melhor se tivéssesmos conseguido uma vitória. A situação continua da mesma forma como entramos - destacou o camisa 9 tricolor.
Fred tenta conter Rodrigo em discussão
com Diguinho (Foto: Ricardo Ayres /
Photocamera)
Bola na trave, muita velocidade, empenho dobrado e riscos geralmente incomuns em decisões. Mesmo longe de ser um primor técnico, a etapa inicial no Maracanã não mereceu o público pequeno nas arquibancadas. O domínio cruz-maltino foi flagrante no começo – tanto que acertou o poste de Cavalieri após cobrança de falta direita de Douglas. A distribuição ágil dos passes foi a maior virtude da equipe. Não demorou, porém, para que o Tricolor assumisse certo controle e exercesse uma pressão que só parou na má pontaria.
O equilíbrio do clássico foi visto até nas defesas dos goleiros. Martín Silva, em chute de Jean, e Cavalieri, em rebote de Edmílson, apareceram muito bem. Os laterais Carlinhos, de bicicleta, e André Rocha, em bomba de longe, também quase marcaram. Aliás, as jogadas pelas pontas, principalmente do Flu, fizeram a diferença e se transformaram no mapa da mina. As marcações chegavam frequentemente atrasadas.
A luta era tanta que houve vários lances com excesso de força. Marlon levou cartão em disputa ríspida com Bruno e quase causou uma confusão entre os dois times. Nas duas áreas, os puxões e golpes antes das cobranças para a área eram ignorados pela arbitragem, alvo de reclamação de ambos os lados no intervalo. Mas a tensão ainda estava por vir.
Fred comemora com Diguinho a
abertura do placar no Maracanã
(Foto: Ricardo Ayres /
Photocamera)
Os técnicos apostaram nas mesmas formações para o segundo tempo. E Renato Gaúcho levou a melhor. Lento e apático, o Vasco retornou com dificuldades, enquanto o Fluminense acertou a marcação e ampliou sua presença ofensiva. Aos dez, Jean arrancou, driblou três, tabelou e serviu a Fred, que, sozinho na área, aproveitou a pane defensiva do adversário para abrir o placar.
Então, Adilson Batista resolveu mexer com urgência. Em cinco minutos, trocou seus dois laterais amarelados (André Rocha também sentiu lesão) e substituiu Reginaldo por Thalles. O efeito foi imediato. Coincidência ou não, exatamente o trio que entrou participou do gol de empate: de Fellipe Bastos para Diego Renan, que da esquerda levantou para Thalles balançar a rede de carrinho. A partir daí, os times passaram a ter cautela, reter a posse de bola, e a partida caiu de ritmo – à exceção de duas sequências de contragolpes.
Os ânimos ficaram novamente exaltados na reta final. Jean, que já tinha cartão amarelo, foi expulso depois de falta em Everton Costa, que levava o Vasco ao ataque. No mesmo lance, Rafinha chutou a bola na cabeça do atacante cruz-maltino, caído no chão, e poderia ter sido expulso. Levou apenas amarelo depois de amplo bate-boca de lado a lado. O apito final só saiu após os 50 minutos de uma verdadeira batalha.
Thalles marca o gol vascaíno após
cruzamento da esquerda (Foto:
Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
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