Há quatro meses no programa da Confederação Brasileira, Daniella, de 10 anos, ganha o apoio da central, que está há 18 anos no vôlei, e tem a mesma deficiência
A pequena Daniella se inspira na jogadora do Praia Clube, Natália (Foto: Arquivo pessoal)
Daniella só escuta com o aparelho auditivo e conta com o apoio dos pais, Ézio e Joyce, para se desenvolver no vôlei. Segundo a mãe, a jovem gosta muito de esportes e a adaptação no programa social não poderia ser melhor.
- Nós três caminhamos na praia de Icaraí, em Niterói, e um dia mostrei as crianças do VivaVôlei. Ela se interessou e quis fazer uma aula. Procurei a professora para explicar a situação e a Daniella foi muito bem aceita no programa. Nós ficamos muito felizes. A Daniella adora esporte de um modo geral. Sempre caminha na praia com a gente, pula corda, anda de bicicleta, enfim, gosta de esporte e do vôlei, então, mais ainda. Ela fica empolgada com as aulas e está completamente enturmada e, inclusive, ensina os sinais para as outras meninas. É uma diversão para ela - disse Joyce.
Responsável pela iniciação de Daniella no vôlei, a professora Márcia Neri incentivou a participação da menina desde o início. Para transmitir os exercícios, ela adotou um método especial.
- Quando a mãe me procurou, teve uma preocupação natural, mas não houve nenhum tipo de rejeição por parte das outras crianças. Pelo contrário. Os colegas a receberam muito bem, todos gostam muito dela e é impressionante a rapidez com que ela pega as atividades. A demonstra e ela entende perfeitamente. A Daniella é muito esforçada, olha e observa os movimentos o tempo todo e faz tudo corretamente. Ela participa normalmente das aulas - explicou Márcia Neri.
Natalia Martins, central do Praia Clube, é inspiração para
criança (Foto: Caroline Aleixo/GLOBOESPORTE.COM)
criança (Foto: Caroline Aleixo/GLOBOESPORTE.COM)
Apoio de Natália
Se Daniella conta com apoio dos pais e da professora, a situação não poderia ser diferente em relação a Natália Martins. A central, que completou 29 anos na última quarta-feira, começou no vôlei aos 11. Na atual temporada, ela completa 10 anos de participações em Superligas, de volta a cidade onde deu os primeiros passos, e dá força para a menina seguir adiante.
- A Daniella não pode desistir por causa da deficiência auditiva. Eu enfrentei, sim, algumas dificuldades, mas nunca pensei em desistir e, se ela tem realmente o sonho de seguir adiante no vôlei, tem que persistir. O esporte sempre me deu muitas alegrias, passou a ser a minha vida, e sou muito feliz e realizada no vôlei. Desejo que ela trilhe esse mesmo caminho que eu, sabendo que Deus tem um plano para ela na vida do esporte. É necessário que ela creia e insista até o fim, que a vitória virá - concluiu a central do Praia Clube.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/12/deficiente-auditiva-daniella-se-inspira-no-exemplo-de-natalia-do-praia-clube.html
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