De top e raquete: brasileiras são as melhores do mundo no beach tennis

Pela primeira vez, Joana Cortez e Samantha Barijan tiram italianas do topo do ranking da modalidade. Elas são as primeiras não-italianas a chegar na liderança

Por Thiago CorreiaRio de Janeiro

A tradição brasileira em esportes disputados na praia vem de longa data. O país disputa em alto nível no vôlei de praia, futebol de areia e agora também no tênis praticado à beira-mar. Joana Cortez e Samantha Barijan são as responsáveis por tirar pela primeira vez as italianas do topo do ranking do beach tennis mundial. Após vencerem em julho o campeonato mundial na Rússia e o Pan-Americano, em setembro, no Brasil, as duas consolidaram a posição no topo após a segunda colocação no ITF Divi Beach Tennis Aruba, no país caribenho. (clique no vídeo e confira a entrevista)

De volta ao Brasil, as duas vão curtir o ano novo na primeira colocação do ranking mundial.. Samantha e Joana dividem a primeira colocação com 980 pontos. No encalço das brasileiras, estão a italiana Flaminia Daina (810), a brasileira Flavia Muniz (770) e as também italianas Giulia Spazzoli (755) e Sofia Cimatti(750).

- Ninguém esperava que o Brasil iria chegar assim tão rápido ao topo. Nós focamos em um calendário bem feito, ganhamos um mundial duríssimo contra a Itália, e também o Pan-americano, em Aruba. Agora nós acreditamos que podemos trazer mais pessoas para o esporte e se mais atletas acreditarem em brasileiros vamos tirar esse domínio italiano e começar a dominar o beach tennis também - afirmou Joana.

Joana Cortez foi (Foto: Reprodução )

 

O beach tennis surgiu 30 anos atrás, nas areias da Itália, e só chegou por aqui em 2008. Ex-tenista duas vezes medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos (Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003), Joana foi convidada para participar do mundial na casa dos inventores da modalidade e se apaixonou.

- É bem diferente do frescobol. O beach tennis é bem dinâmico, a quadra é menor e você joga muito mais no voleio, com ponto de contato um pouco mais alto do que o tênis de quadra.  A principal dificuldade que os tenistas têm quando chegam na praia é a movimentação na areia - explicou Joana.

Um ano mais tarde de Joana foi a vez de a paulista Samantha Barijan se aventurar nas areias. Juntas, as duas superaram a falta de incentivos e também o rótulo de diversão que perseguiu a modalidade nos primeiros anos de existência no Brasil.

samanta barijan beach tenis (Foto: Reprodução )

 

Além disso, Samantha ralou para se adaptar ao esporte. A paulista, desacostumada com a vida perto do mar, teve dificuldades para se acostumar com a areia da praia, principalmente quando tinha que fazer os "peixinhos" característicos da modalidade. Mas a adaptação foi até rápida e com apenas quatro anos de prática chegou ao topo do ranking mundial do esporte.
- Eu tinha muita dificuldade de me jogar na areia, de sentar na areia. E com o beach tennis eu fui forçada a perder esse nervoso - disse Samantha.

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O nervosismo causado pela areia foi superado com a ajuda da parceira. A dupla hoje em dia ministra aulas para jovens e adultos interessados em aprender o esporte. O objetivo é fortalecer a modalidade e, talvez, encontrar os talentos da próxima geração.

- O Brasil, por todo o seu litoral e pelo clima, é considerado realmente uma potência. Só estava faltando alguém chegar ali - encerrou Samantha.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/outros-esportes/noticia/2013/12/de-top-e-raquete-brasileiras-sao-melhores-do-mundo-no-beach-tennis.html