domingo, 1 de dezembro de 2013

Criciúma bate São Paulo com pênalti polêmico e respira contra a degola

Tigre faz 1 a 0 com gol no primeiro minuto de jogo e se afasta do Z-4. Tricolor lamenta impedimento não marcado em lance de penalidade

A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM

O Criciúma e os torcedores que lotaram o Heriberto Hulse na tarde deste domingo nada têm a ver com erros de arbitragem. Por isso, a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, dentro de casa, foi tão comemorada pelos catarinenses. Em mais um passo contra o rebaixamento, o Criciúma ficou em situação mais confortável para a última rodada do Campeonato Brasileiro. Sem pretensões na tabela, o Tricolor lamentou o pênalti marcado no primeiro minuto de jogo.

O lance decisivo do jogo ocorreu antes do primeiro minuto, quando o árbitro Francisco Carlos Nascimento marcou pênalti de Lucas Evangelista em Sueliton. Antes, porém, o lateral do Criciúma estava 1,82m impedido, de acordo com o tira-teima da TV Globo. A assistente Katiúscia Berger Mendonça não marcou a posição irregular.

No fim do jogo, um susto. Um torcedor passou mal nas arquibancadas e teve de ser atendido em campo. Rapidamente, foi levado para a ambulância.

O resultado levou o Criciúma aos 46 pontos, precisando apenas de um empate na última rodada, contra o Botafogo, domingo que vem, no Maracanã, para se livrar do rebaixamento. Sonolento, o Tricolor se manteve com 50 pontos, e encerra sua participação contra o Coritiba, em Itu, no próximo domingo.

Wellington Paulista gol Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado) 
Wellington Paulista comanda festa do Criciúma 
(Foto: Fernando Ribeiro / Ag. Estado)
 
Erro abre placar, e Tricolor não reage

A escalação alternativa proposta por Muricy teve seu preço cobrado logo aos 30 segundos de jogo – após um erro grave da arbitragem. Improvisado na lateral esquerda, Lucas Evangelista errou na marcação e não conseguiu perceber Sueliton entrando às suas costas. O lateral do Criciúma, no entanto, estava adiantado quando invadiu a área e sofreu pênalti de Lucas.

O gol de Wellington Paulista antes do primeiro minuto incendiou o já quente Heriberto Hulse, mais uma vez lotado para apoiar o Tigre. A equipe treinada por Argel Fucks teve o que faltou ao Tricolor: objetividade. Comandado por Lins, o ataque catarinense confundiu a defesa são-paulina nos primeiros 20 minutos.

Depois disso, o São Paulo teve maior posse de bola - no fim do primeiro tempo, a vantagem chegou aos 72% contra 28% doTigre. Os passes trocados pelos zagueiros e na linha intermediária, porém, pouco ajudaram. Com Ganso tímido, o trio formado por Osvaldo, Welliton e Luis Fabiano mal apareceu. Os atacantes tiveram de se movimentar mais, e só assim o Tricolor criou algumas chances. Mas nada que assustasse o goleiro Galatto.

Posse não ganha jogo
A diferença de espírito entre Criciúma e São Paulo foi clara no segundo tempo. Os catarinenses se resguardaram na defesa, mas foram incisivos a cada oportunidade de contra-ataque.


Principalmente depois que Lins, com uma torção no joelho esquerdo, foi substituído pelo rápido Fabinho. Pelo lado esquerdo do ataque, ele deu trabalho aos perdidos Douglas e Rodrigo Caio.
O Tricolor, mais uma vez, controlou a posse de bola e a teve por aproximadamente 70% do tempo. Mesmo assim, não houve criação. Quando Ganso saiu para a entrada do volante João Schmidt, nada melhorou. Isolados, Osvaldo, Luis Fabiano e Aloísio (que substituiu Welliton) tocavam, tocavam, e não saíam da marcação dos defensores do Tigre.

A entrada de Ademilson, normalmente titular, também não ajudou. Sem qualquer capacidade de quebrar a marcação do Criciúma, o Tricolor terminou o jogo tocando a bola de um lado para outro. Melhor para o Tigre, que venceu mais uma batalha contra a degola e está a um passo de garantir a permanência na Série A.

 
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