Volante arremessou saco de gelo em torcedor que o xingou durante empate com o Galo, e caso foi encerrado com camisa de presente e 'desculpas recíprocas' no juizado
Diguinho sai da delegacia para ir à audiência no
Juizado Especial do Torcedor (Foto: Vicente Seda)
- Eu estava voltando para o vestiário no intervalo do jogo quando o torcedor me xingou e acabei revidando. Não temos sangue de barata e estávamos lutando muito para reverter o placar. O clima estava muito tenso no Maracanã. Comigo não era diferente. A torcida nos apoiou o tempo inteiro e é isso que temos que levar para Salvador na última rodada. Felizmente resolvemos nossas diferenças no Jecrim. Eu pedi desculpas para o torcedor, que também se desculpou. É bola para frente agora - disse o jogador.
De acordo com os fatos narrados por policiais que presenciaram a cena e pelos envolvidos, Diguinho e os demais jogadores do Fluminense deixavam o gramado no intervalo da partida, quando a torcida, em função do resultado e da situação crítica do time na tabela, começou a hostilizar atletas, entre eles, o volante, que sequer entrou em campo. Diguinho ouviu particularmente o xingamento do torcedor Brian Gama e revidou também de forma verbal.
O também volante Valencia, que deixou o campo sentindo dores no primeiro tempo, usava uma bolsa de gelo e, naquele momento, pediu que Diguinho a segurasse. O jogador então a arremessou contra o rosto do torcedor que o xingava. Brian Gama contou que inicialmente ficou assustado e que depois foi orientado pelos seguranças privados e policiais presentes a levar o caso para o Juizado Especial do Torcedor (o antigo Jecrim que teve sua competência ampliada também para causas cíveis).
Fluminense e Atlético-MG empataram em 2 a 2, neste sábado,
no Maracanã (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Tudo foi resolvido de forma satisfatória. O Diguinho sequer estava jogando, foi ofendido de uma maneira completamente despropositada e, naquele momento, teve uma reação humana que foi considerada como algo inteiramente superado. O próprio torcedor se reconciliou, achando que se excedeu, o atleta reconheceu que ficou agastado com o que aconteceu, mas o juiz teve muita sensibilidade, percebendo que no calor da emoção as pessoas podem deixar que os nervos aflorem e que não haveria nenhuma vantagem para quem quer que seja. Os ânimos estão serenados e está tudo resolvido. O caso foi encerrado com desculpas recíprocas - disse Nélio Machado.
Brian Gama, antes de entrar na sala de audiência, também narrou o ocorrido:
- No intervalo do jogo, os jogadores começaram a sair do campo, e a torcida começou a hostilizar o Diguinho, não fui só eu. Mas eu xinguei, ele ouviu, xingou também e jogou a bolsa de gelo no meu rosto. Se fosse uma criança, poderia ter machucado - disse Brian, que estava acompanhado de um amigo e do pai, que é policial militar aposentado.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/12/diguinho-do-flu-sobre-confusao-nao-temos-sangue-de-barata.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário