Atacante do líder
Cruzeiro perde gol impressionante diante do São Paulo. Jogadores do
Alvinegro protagonizam mico e frango do meio de semana
Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
Sozinho, o Botafogo poderia ter dominado o que de melhor e de pior aconteceu na rodada #27, com um belo gol de Seedorf, um frango do goleiro Renan,
um erro da arbitragem ao marcar impedimento inexistente de Rafael
Marques, um mico pago pelo atacante ao chutar a bandeirinha de escanteio
na tentativa de fazer um cruzamento e um gol perdido por ele mesmo ao bater para fora uma bola recebida do lado esquerdo em que ficou pedindo escanteio. E ainda teve uma defesa de Renan com o pé esquerdo após boa jogada de Morales.
Maxi Rodríguez comemora seu gol contra o
Criciúma (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Mas ao fim da rodada, ao colocarmos em votação as opções, alguns desses
lances ficaram fora. Foi tão incrível, que vale o registro. O golaço,
por exemplo, ficou com o gremista Maxi Rodriguez. Além da precisão do
chute, pesou a seu favor ter se livrado de dois adversários enquanto o
holandês estava, inexplicavelmente, completamente livre para bater no
gol.
O gol mais perdido também não tinha como escapar de Willian,
do Cruzeiro, que precisou de muita pontaria para acertar a trave da
forma que fez. Ainda assim, Rafael Marques personifica dois quesitos.
Vamos a eles.
O Botafogo já vencia o Náutico por 2 a 1, e Rafael Marques resolveu
ganhar um tempinho, talvez conquistar uma falta e ganhar um pouco mais.
Fez a parede, protegeu, protegeu e protegeu o máximo que não pode e
quando se deu conta de que a bola ia saindo pela linha de fundo, tentou
aparentemente chutá-la em um dos marcadores. Errou feio, deu um bico na
bandeirinha de escanteio e assegurou sua presença aqui neste nobre
espaço. Os adversários teriam de ser muito criativos para tirar essa
dele. Não perde mais!
Tente cronometrar quanto tempo a bola leva para sair do pé direito de Leandro Damião e chegar às mãos de Felipe
aos 17 minutos do segundo tempo. Não conseguimos chegar a uma
conclusão, e essa dúvida foi definitiva para transformar esta na grande
defesa da rodada. E vale lembrar que não é apenas a bola que vai na
direção de Felipe, mas o goleiro também tem de ir em busca dela, com
muito sucesso, diga-se de passagem. Como o Flamengo venceu por apenas um
gol de diferença, a defesa se tornou ainda mais importante. Acabou
desbancando a ótima intervenção de Klever, do Fluminense, que fez o suficiente para mandar para o travessão o chutaço de Francismar, do Vasco.
Ter patrocinado as peraltices de Neymar tem seu preço. E, felizmente, o
santista Arouca aceitou pagá-lo com muito fair play. Primeiro, o meia Alex,
do Coritiba, partiu para cima dele, levantou a bola e pegou do outro
lado, em um chapelaço de deixar qualquer um atordoado. Mas não parou por
aí. Como estava fácil, Gil aproveitou a distração do adversário e
emendou outro sombrero. Só faltou se virar para a câmera e dizer: "Aí,
pessoal do GE.com. Não esqueçam de mim no Pacotão desta rodada, hein?".
Não precisou. Não tinha a menor possibilidade de deixarmos passar essa
pintura. Aliás, parabéns, Arouca. É preciso ter muito sangue frio para
aceitar isso com tamanha naturalidade.
O problema de ir de manchete para fazer uma defesa é que no vôlei,
normalmente, a bola passa. No futebol, também. E o goleiro Renan, do
Botafogo, descobriu isso da pior maneira possível. Adiantado, quase
sobre a linha da pequena área, o botafoguense viu Maikon Leite receber
com muito espaço e tempo suficientes para ajeitar e bater forte para o
gol. A bola quicou à frente de Renan, que errou o tempo da bola ao
tentar colocar a fora, e o Náutico abriu 1 a 0 no placar. Menos mal para
ele que o Bota virou.
O nome dele é Broney Machado e pelo jeito nem disso ele se lembraria se perguntassem, de tão avoado que estava quando Seedorf
decidiu levantar a bola para a entrada de Rafael Marques. No que será
que o assistente estava pensando para não ver que um adversário dava
plenas condições ao atacante do Botafogo? Seja lá o que passava pela
cabeça dele, fica o registro de um erro sério, que demonstra a falta de
concentração.
O gol estava tão feito, mas tão feito, que em vez de correrem para
tentar um carrinho desesperado na esperança de evitar o gol adversário
quando o placar ainda estava 0 a 0, dois defensores do São Paulo se
limitam a levantar o braço na tentativa de induzir o assistente a um
erro. Willian não percebeu que ninguém mais acreditava que ele pudesse
desperdiçar uma oportunidade tão clara e emendou de primeira. O incrível
é que o gol estava completamente aberto, mas ainda assim ele bateu no
canto, mas tão no canto, que acertou o pé da trave. Será que tropeçou no
bigode grosso?
Quanta velocidade... Tanto física para passar pelo primeiro marcador
quanto de raciocínio para fintar o segundo adversário e perceber que o
caminho havia se aberto para uma finalização cruzada, longe do alcance
do goleiro. Um golaço de Maxi Rodríguez, que tinha de comemorar muito,
mesmo, e no fim foi o que restou de positivo para o Grêmio, que acabou
levando a virada em casa do Criciúma.
Típico lance em que fica difícil saber o que foi pior: D'Alessandro dar
uma tesoura criminosa por trás em Hernane aos 10 minutos do primeiro
tempo ou o árbitro Raphael Claus não punir o argentino nem mesmo com um
cartão amarelo. Não apenas pelo lance em si, desleal e que poderia ter
causado uma séria lesão no atacante do Flamengo, mas para coibir outros
lances similares que pudessem se repetir ao longo da partida.
Felizmente, foi uma exceção no jogo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/10/pacotao-rodada-27-podia-ser-so-do-bota-mas-maxi-e-willian-impediram.html
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