A CRÔNICA
por
Lincoln Chaves
Desfalque há quatro jogos, Montillo voltou para recolocar o Santos na rota das vitórias. Com um gol, após linda jogada de Cícero, e uma assistência, o meia argentino liderou o 2 a 1 aplicado na Ponte Preta, no Pacaembu, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Everton Costa, que foi às redes pela primeira vez defendendo o Alvinegro, inaugurou o marcador de um jogo que teve a Macaca melhor na etapa inicial, mas perdida nos 45 minutos finais.
No primeiro tempo, a Ponte chegou a sufocar o Santos, graças à boa atuação de Rildo, que deu enorme trabalho a Cicinho. O Peixe, porém, chegou ao gol com Everton Costa e conseguiu assumir o controle da partida. A Macaca ainda pressionou no fim, graças ao gol de Rafael Ratão, mas o Alvinegro praiano conseguiu segurar o resultado.
Com a vitória, o Santos ganhou quatro posições, pulando para o sexto lugar, provisoriamente, com 39 pontos. Já a Ponte Preta estaciona nos 26 pontos, vendo o rebaixamento para a Série B cada vez mais próximo.
As duas equipes voltam a campo na quarta-feira, pela 29ª rodada do Brasileirão. Às 19h30m (de Brasília), o Santos encara o Internacional, na Vila Belmiro. A Ponte Preta, por sua vez, terá pela frente o Coritiba, no Moisés Lucarelli, às 21h (de Brasília).
Montillo toca por cima do goleiro da Ponte Preta
(Foto: Evelson de Freitas / Agência Estado)
Macaca pressiona pela esquerda, mas Santos marca pelo alto
Cicinho, que defendeu a Ponte Preta até o início do Brasileirão, sofreu com os antigos companheiros no primeiro tempo. Em especial, Rildo. Desde o começo do embate, era em cima do lateral do Santos que o camisa 7 da Macaca tentava o ataque, levando a melhor na maior parte das vezes, sempre buscando o cruzamento para William – que, ao menos nos 45 minutos iniciais, encontrou pouco espaço entre os zagueiros santistas.
A blitz inicial da Ponte, que mesclou boa presença ofensiva com uma forte marcação no meio-campo, dificultando a transição de bola do Santos, diminuiu o ímpeto à medida que a etapa inicial transcorreu. O que não significou, necessariamente, uma melhora do Peixe. Montillo, de volta após quatro jogos, se via preso entre Ferron e Diego Sacoman e encontrava dificuldades para produzir. Thiago Ribeiro e Everton Costa recuavam para receber a bola, mas, distantes, não conseguiam dar profundidade ao ataque.
Com o jogo truncado pelo chão, as melhores chances vieram por cima, em cabeçadas de Ferron, aos 26 minutos, defendida por Aranha, e de Gustavo Henrique, aos 36, por cima da meta de Roberto. E aos 44, a insistência dos times na bola aérea deu resultado –para o Santos de Claudinei Oliveira. De última hora, o treinador optou pela escalação de Everton Costa, e coube ao camisa 11 desviar para as redes um cruzamento de Montillo e garantir a vantagem parcial para o time praiano.
Ponte erra demais, e Montillo garante vitória
Assim como no primeiro tempo, a etapa final começou com a Ponte Preta se alçando ao ataque. A diferença, porém, é que agora a Macaca não mostrava a mesma organização dos 45 minutos iniciais, tendo os chutes de Fellipe Bastos, nas bolas paradas, como maiores aliados. O Santos, por sua vez, adotou uma postura mais cautelosa, com Thiago Ribeiro e Everton Costa abertos, formando uma linha de três com Cícero, reforçando a marcação no meio, e Montillo mais avançado, por vezes como único homem do ataque.
A aposta santista era o contra-ataque. Ainda mais porque, desesperado pela necessidade de vitória, Jorginho trocou dois armadores (Alef e Elias) por um meia bem ofensivo (Adrianinho) e um atacante (Leonardo). A estratégia do Peixe, no entanto, foi a que deu certo. Primeiro com Cícero, roubando a bola no meio-campo e disparando em velocidade, com direito a um chapéu. Depois com Montillo, que acompanhou o camisa 8 na belíssima jogada, recebeu e com um suave toque por cima de Roberto fez o segundo da vitória.
Se a Ponte já parecia perdida em campo, os erros se acentuaram após o segundo gol do Santos. Vice-artilheiro do Brasileirão, William estava em noite pouco inspirada, e na única chance real que teve, acabou travado por Cicinho, na pequena área, aos 29 minutos. Com o resultado administrado, a torcida santista – em baixo número, fez festa e provocou a da Macaca, com gritos de “Ão, ão, ão, segunda divisão”. Antes do apito final de Marcelo Aparecido de Souza, ainda deu tempo de Cicinho levar o segundo amarelo por cera e ser expulso. Nos minutos finais, Rafael Ratão recebeu bela bola de Leonardo e faz o gol de honra da Macaca.
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