Primeiro jogo da NBA no Brasil encanta o público, que não perdoa a relação distante de Nenê com a seleção e ovaciona presença do Mão Santa
Nenê tenta parar o rinal no jogo entre Bulls x Wizards
(Foto: Marcelo Carnaval / Ag. O Globo)
O dilema de Nenê, que recusou a última convocação para a seleção brasileira que passou vexame na Copa América, começou antes mesmo de a partida começar. Chamado para agradecer a presença do público, ele foi vaiado. E ficou sem graça. Ao contrário do francês Joaquim Noah, que arranhou o português com um "obrigado" e foi aplaudido.
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No outro extremo estava Oscar. O maior jogador brasileiro de todos os
tempos foi reverenciado ao surgir no ginásio. Antes do fim do primeiro
quarto, ele se dirigiu ao centro da quadra para ser homenageado pelo
público. Aplausos de pé, nome gritado e muita emoção. No fim, o tradicional desabafo contra os jogadores que se recusam jogar pela seleção brasileira por causa da NBA.- É muito bom ser reconhecido pelo público. É emocionante. Só precisamos fazer uma seleção brasileira melhor, como parecia que estávamos fazendo. Mas infelizmente se os NBA não jogam, nós não ganhamos de ninguém. Não ganha nem da Jamaica - comentou Oscar.
Oscar é aplaudido de pé pelo público durante o jogo da NBA entre Bulls e Wizards
(Foto: Thiago Lavinas)
Derrick Rose e Joakim Noah, os dois principais jogadores do Chicago Bulls, não entrariam em quadra. Primeira escolha do draft em 2008, calouro do ano em 2009 e MVP (jogador mais valioso da temporada em 2011), Rose foi poupado já que volta de uma lesão no joelho que o tirou de toda a última temporada da NBA. Já Noah, que treinou toda a semana, está com um problema muscular.
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Mas o público logo esqueceu as ausências. E começou a torcer no "estilo
NBA". Era o momento do "showtime". Gritos de "defense", palmas no ritmo
da música. O placar pouco parecia importar. Os fãs queriam ver jogadas
bonitas e aquelas gravadas que tanto encantavam pela TV. Carlos Boozer
enterrou. Nazr Mohammed, também. E o público ia ao delírio. Martell
Webster arrancou e fez uma cesta daquelas plásticas. Mais aplausos. Em
uma disputa de bola, Luol Deng se enrolou e caiu em cima dos torcedores que pagaram R$ 2 mil para sentar-se na primeira fileira, uma cena comum nos jogos da NBA. Risada geral.
Taj Gibson enterra a bola durante a vitória dos Bulls
(Foto: Marcelo Carnaval / Ag. O Globo)
(Foto: Marcelo Carnaval / Ag. O Globo)
A bola subiu novamente e o cenário não mudou. Os Bulls dominavam o placar, e o público se divertia. Na plateia, Scottie Pippen, astro do Chicago na década de 90 e seis vezes campeão da NBA, distribuia autógrafos para crianças a cada intervalo. John Paxson e Horace Grant também eram reconhecidos pelos fãs dos Bulls. Camisas eram jogadas para os torcedores. Em quadra, o desconhecido pivô Serafim enterrava para os Wizards. Comemoração. E quando Bradley Beal fez uma falta em Taj Gibson, enquanto ele corria livre para a cesta, veio o protesto. Afinal, os fãs queriam festa. E o terceiro quarto terminava com os Bulls mantendo a vantagem: 73 a 62.
Benny, o mascote dos Bulls (Foto: Thiago Lavinas)
cheerleaders dançando durante a partida entre Bulls e Wizards
(Foto: Marcelo Carnaval / Ag. O Globo)
O jogo ficou equilibrado até os segundos finais, com os dois times se alternando à frente no placar. Mas Taj Gibson chamou a responsabilidade e decidiu para os Bulls ao acertar dois lances livres, pegar um rebote defensivo e dar um toco, tudo no último minuto. O ala, que terminou a partida como o cestinha com 18 pontos, fez os dois últimos pontos do duelo: 83 a 81. Agora é esperar que a NBA volte em breve ao Brasil como prometeu Adam Silver, o futuro chefão da liga americana de basquete.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2013/10/bulls-vencem-em-dia-de-vaias-para-o-anfitriao-nene-e-aplausos-para-oscar.html
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